sexta-feira, 10 de maio de 2013

GOVERNADOR DIZ QUE PETROBRÁS TRAVA PROGRESSO EM SALVADOR;



Wagner afirmou que terá uma reunião com o presidente do Tribunal de Justiça, Mário Alberto Simões Hirs, para tratar do assunto.
Em meio a assuntos polêmicos, o governador Jaques Wagner deixou de lado nessa quarta-feira (8/5) o seu conhecido estilo pacífico e não poupou nem mesmo a Petrobras. Sem esconder a insatisfação com o novo o impasse, agora com a estatal que se nega a retirar seus postos de combustíveis do canteiro de obras da Avenida Paralela, decisão que pode adiar ainda mais a inauguração do metrô, cuja população já espera há nada menos que 13 anos, o governador classificou a postura da empresa “amiga” como “intransigente”.
Em entrevista à rádio Tudo FM, o chefe do Executivo estadual afirmou que terá uma reunião com o presidente do Tribunal de Justiça, Mário Alberto Simões Hirs, para tratar do assunto. Segundo ele, levando em conta que a concessão venceu em setembro do ano passado, o governo tem buscado o entendimento com a Petrobras a fim de retirar os postos de gasolina, para que no local seja implantada a linha 2 do metrô, que ligará Lauro de Freitas à Avenida Bonocô. No posto 1, conforme ele, também será instalado o canteiro de obras para construção do Complexo Viário do Imbuí, com a implantação de viadutos para melhorar o fluxo de veículos na via.
Contudo, a Petrobras, segundo Wagner, vem se mantendo intransigente quanto à saída dos postos da área. “A Petrobras é uma empresa amiga, temos a melhor relação com a direção da Petrobras. É uma empresa poderosa, mas não é maior que o Estado, não é maior do que o interesse público. A Petrobras está criando problemas”, afirmou Wagner, complementando: “Eu não vou prejudicar a população para garantir um posto de gasolina da Petrobras. A empresa já está contratada, já quer montar o canteiro de obra, e vai ser montado ali no Posto 1. Eu já dialoguei, Rui Costa já dialogou, são vias novas que vão aparecer, então a gente pode fazer a concessão, a licitação para ver onde instalar [os postos]”.
Por fim, o governador ressaltou que a questão acabou na Justiça contra a sua vontade. “O canteiro central da Paralela é nosso, é do poder público. Os postos estão ali por concessão. E os contratos já estão vencidos, não foram renovados exatamente porque vai passar o metrô e, a menos que se ache uma solução de convivência, não tem como ter um atual posto na Paralela. Eu não vou prejudicar a população para garantir o posto de gasolina da Petrobras. Podia ser de qualquer um”, enfatizou.
Wagner citou o exemplo da Via Expressa, que ligará a BR-324 ao Porto de Salvador, onde foram realizadas 650 desapropriações de imóveis, a maior parte dela por meio de diálogo e entendimento com os proprietários, resultando em uma obra que será inaugurada em agosto e com reflexos positivos já visíveis no trânsito da capital. “É de direito do poder público desapropriar qualquer área para interesse maior”, concluiu.
Ele frisou ainda que o Memorial ao Deputado Luis Eduardo Magalhães, que fica no mesmo percurso dos postos, também será removido e transferido para outro local ainda não definido, explicou. “O monumento, assim como os postos, terá que ser deslocado, evidentemente que tem que fazer uma adequação para não afrontar ninguém e também para não afrontar o interesse público”.
Quando o assunto foi a sucessão estadual, onde o grande número de possíveis candidatos na sua base de sustentação tem aguçado os ânimos, Wagner reforçou não concordar com a antecipação do debate e que somente em novembro ou dezembro o martelo será batido. Mas, fez questão de afirmar que se trata de um privilégio não apenas do PT, como do PSB, PSD e PDT – todos da base – , o honrar com tantos bons nomes para a sua sucessão.
Na sua lista estão: os secretários Rui Costa e José Carlos Gabrielli, bem como Luiz Caetano e o senador Walter Pinheiro, ambos do PT; o vice-governador Otto Alencar (PSD), a senadora Lídice da Mata (PSB) e Marcelo Nilo (PDT).

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