sábado, 11 de maio de 2013

VEREADOR DE SÃO PAULO ACUSA CORONEL USTRA DE TORTURA.


'Fui um dos torturados pelo coronel Ustra', diz vereador de SP
Ustra negou torturas| Foto:Wilson Dias/ABr
“Sou um brasileiro de bem. O senhor é que é terrorista. Eu fui torturado pelo coronel Ustra”, disse o vereador de São Paulo Gilberto Natalini (PV) ao ouvir o ex-coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra negar ter cometido o ato. Apoiadores do coronel, que foi comandante do Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna do 2º Exército em São Paulo (DOI-Codi-SP), entre 1970 e 1974, protestaram. O tumulto, segundo informações da Agência Brasil, interrompeu a sessão durante a qual Ustra negou, dentre outras coisas, que tenha havido tortura, sequestro, ocultação de cadáveres e mortes durante sua passagem pelo órgão de repressão da ditadura. Em seu depoimento, Natali disse que “Ustra sempre foi muito presente nas sessões de tortura”. Estudante de medicina e integrante do centro acadêmico à época, Natalini narrou um episódio no qual o foi colocado por Ustra nu em cima de uma poça d'água com fios de choque atados ao corpo. “Ele chamou a tropa para que eu fizesse uma sessão de poesia. Durante horas ele ficou me batendo com uma vara. Outros vinham e me davam telefone (tapa com as mãos nos ouvidos) e muito eletrochoque”, disse o vereador. Em outra ocasião, Ustra já havia negado publicamente a sessão de tortura, tendo escrito, em setembro de 2012, uma carta aberta em que questiona as afirmações de Natalini.

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