O jurista Miguel Reale Júnior e o advogado Geral da União, José Eduardo Cardozo, foram os primeiros a discursar na manhã desta sexta-feira (15), durante a abertura da Sessão da Câmara dos Deputados que vai discutir o processo de impeachment da Presidente Dilma Rousseff.
>>O primeiro dia de sessão da votação do impeachment de Dilma
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Em defesa do governo, Cardozo afirmou que o processo de impeachment está viciado. Segundo ele, a denúncia de Reale Júnior foi aceita pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, como um ato de retaliação contra a presidente – uma resposta porque Dilma e o governo não evitaram que fosse aberto um inquérito contra Cunha no conselho de ética da Câmara. “Esse processo teve início num ato viciado, num ato nulo”. Cardozo foi categórico: “Me permitam usar uma palavra que é da ciência política – isso é golpe.Para que o povo entenda – isso é uma subtração do direito ao voto”, afirmou Cardozo. “A história jamais perdoará aqueles que romperem com a democracia”. Segundo ele, não há base jurídica para o impeachment. “Não existe fato nenhum imputado contra a presidente da república capaz de afastar os 55 milhões de votos que ela recebeu”.
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