sábado, 16 de abril de 2016

OPOSIÇÃO VAI COBRAR PRESENÇA DE DEPUTADOS NA VOTAÇÃO DO IMPEACHMENT


O segundo dia de debates na Câmara dos Deputados sobre o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff começa neste sábado após virar a madrugada em mais de 24 horas de discursos. Até agora, dezessete partidos já usaram o seu tempo para fazer explanações sobre o afastamento de Dilma. E a expectativa é que seja mais uma longa maratona de debates. Diante do avanço das negociações do Planalto para conter a debandada da base aliada, a oposição decidiu centrar os ataques nos indecisos e nos que pretendem faltar à sessão neste domingo. "Ai dos faltosos, aqueles que não têm coragem de mostrar o seu rosto amanhã. A história jamais os esquecerão. E para os indecisos, está na hora de verificar o que pensa o povo", afirmou o deputado Átila Lins (PSD-AM), falando pela liderança do seu partido.
Na fala das lideranças, oposicionistas reforçaram a gravidade das pedaladas fiscais para saúde das contas públicas. "Não gastaram pouco. Se vermos as curvas de gasto, é coisa de 1 a 2 bilhões para 40, 50 bilhões de reais. Não há país que se sustente. Os programas sociais são muito mais baratos do que a roubalheira que tivemos", afirmou o deputado Carlos Melles (DEM-MG). Ele ainda destacou que a sucessão de CPIs instauradas no Congresso é a prova de que as ilegalidades no governo Dilma alcançaram um outro nível. "Que vergonha. Nunca tivemos tantas. Quandos se instala uma CPI aqui é porque as coisas já desandaram há muito tempo".
O deputado Marcelo Aro (PHS-MG) recorreu à filosofia grega para criticar a presidente. Citou o Mito da Caverna, de Platão, que conta a história de prisioneiros que vivem iludidos em uma gruta, enquanto a realidade está do lado de fora. "O que o PT fez foi nos aprisionar em um caverna e projetar sombras na parede que são meras ilusões. Se quisermos sair dessa caverna. É preciso que rompamos as algemas. E essas algemas tem nome: Dilma Rousseff", exclamou o parlamentar. Único dos oito deputados do PHS a declarar voto contrário ao impeachment, o líder do partido na Câmara, Givaldo Carimbão (AL), afirmou que é um crime contra a democracia tentar destituir a presidente. Na tribuna, ele narrou encontros na última semana com Dilma e Michel Temer, mas negou que os dois tenham lhe oferecido cargos pelo voto

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