segunda-feira, 27 de junho de 2016

GOVERNO QUER CANDIDATO DE CONSENSO PARA SUBSTITUIR EDUARDO CUNHA


Palácio do Planalto articula uma candidatura única da base, com mandato tampão até 1º de fevereiro de 2017, para a sucessão de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Presidência da Câmara. A disputa entre a bancada do PMDB, o chamado “centrão” e a antiga oposição (PSDB, DEM e PPS) pelo comando da Casa seria adiada para o próximo ano para não atrapalhar a aprovação do impeachment no Senado, nem a votação das medidas do ajuste fiscal. O confuso Waldir Maranhão (PP-MA), presidente interino da Câmara, tornou-se um estorvo para o governo porque não tem a menor condição de conduzir os trabalhos da Casa, até porque a maioria dos deputados se recusa a participar de sessões presididas por ele.

Ontem, Maranhão anunciou que haverá sessão da Câmara somente na terça-feira por causa das festas juninas no Nordeste. Na semana passada, Maranhão havia anunciado que não haveria sessões nesta semana. Depois, voltou atrás por causa da repercussão negativa da decisão e convocou sessões para segunda e terça-feira, mas novamente recuou. Muitos interpretaram as idas e vindas como manobra para retardar o afastamento de Cunha, mas não é o caso. Ao contrário do Conselho de Ética, onde os prazos são contados por sessões, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), à qual o presidente afastado da Câmara recorreu do pedido de cassação por quebra de decoro, os prazos são contabilizados por dias corridos. Ou seja, com sessão em plenário ou sem, na quinta-feira, o relatório terá de ser apresentado no colegiado

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