quinta-feira, 23 de junho de 2016

P.F. TENTA DELAÇÃO PREMIADA NA OPERAÇÃO TURBULÊNCIA


Movimentação na sede da Polícia Federal em Curitiba
PF apura quem são os políticos e empresários por trás do esquema de lavagem de dinheiro descoberto na Operação Turbulência (Vagner Rosário/VEJA.com)
A Polícia Federal já sinalizou aos quatro presos da Operação Turbulência que, para chegar ao nome de eventuais políticos e demais beneficiários do esquema criminoso, aceitaria fechar acordos de colaboração premiada - o quinto deles, Paulo César de Barros Morato, que estava foragido da Justiça,foi encontrado morto na noite desta quarta-feira num quarto de motel em Olinda (PE) em circunstâncias ainda não claras, embora principal suspeita seja o suicídio ou infarto.
"Vamos partir agora para identificar de onde vinha esse dinheiro e a descentralização desses recursos para empresários e políticos", disse o delegado Marcello Diniz Cordeiro, superintendente da PF em Pernambuco.
O interesse da PF é que os operadores do esquema de lavagem de dinheiro, responsável por movimentar 600 milhões de reais desde 2010, tragam aos autos provas e depoimentos que levem à identificação dos beneficiários finais e também ás origens dos recursos. Em contrapartida, poderiam obter redução ou até o perdão da pena.
De início, todos se negaram a prestar esclarecimentos nas oitivas e rechaçaram a abordagem com a oferta para a delação premiada. Estão presos preventivamente no Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel) os supostos empresários João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite, Apolo Santana Vieira e Arthur Roberto Lapa Rosal.
A PF acredita, porém, que eles possam mudar de ideia depois de refletirem com o isolamento na cadeia. Os policias federais esperam que, com a morte de Paulo César Morato, eventuais habeas corpus das defesas ao Tribunal Regional Federal não prosperem. O site de VEJA tentou contato com os advogados, mas não conseguiu retorno.

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