segunda-feira, 1 de agosto de 2016

LIBERAÇÃO DO JOGO NO BRASIL VAI INCENTIVAR O CRIME ORGANIZADO


Acho sempre encantadoras esses teses que pretendem botar ordem no bordel. Remetem, sei lá, ao livro “Filosofia na Alcova”, de Marquês de Sade. A sacanagem do livro é da pesada, mas o autor é de um rigor burocrático que chega a ser enfadonho. Cada safadeza é devidamente detalhada, com regras de decoro. Não pensem que é só tirar a roupa e enfiar o pé na jaca! Nada disso! Há que seguir uma espécie de manual.
Por que essa introdução heterodoxa? Tramita no Senado a proposta de legalização do jogo, de qualquer jogo. O relator é Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), que deve aquiescer com ela, mas sugerindo mudanças: a fiscalização, por exemplo, não seria feita pelos Estados, como está no projeto original, mas pela União, por intermédio da Caixa Econômica Federal. Bezerra Coelho deve sugerir também que parte da arrecadação dos impostos seja dirigida à modernização da Polícia Federal.
Sou contra a legalização da jogatina, ainda que eu saiba que existem mesas clandestinas de jogos em operação e que muitos brasileiros saiam de vez em quando do país para jogar logo adiante, no Uruguai, por exemplo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário