quinta-feira, 1 de setembro de 2016

NOVO PRESIDENTE ENDURECE E TRAÇA RUMO DO SEU GOVERNO

Iano Andrade/AFP

A espera de nove meses de Michel Temer, desde que o processo de impeachment foi aceito pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), terminou às 16h41 de ontem. Em uma sessão rápida, no plenário do Senado, Temer tomou posse e prestou juramento oficialmente como presidente da República para um mandato que se encerrará em 31 de dezembro de 2018. Deixar de ser interino, contudo, trará as angústias e dificuldades da efetividade. O país continua afundado na crise econômica, a base está dividida politicamente, o PT anunciou oposição dura e o peemedebista não é, nem de longe, um presidente popular.

A passagem de interino para efetivo marca — mais que a consolidação do afastamento de Dilma Rousseff — a concretização de um novo governo. Além de mudanças pontuais que deve fazer em ministérios, agora, Temer encampará de fato reformas consideradas duras, mas necessárias.

Tão logo tomou posse como presidente efetivo, Temer foi para o Planalto fazer a primeira reunião ministerial com a caneta oficialmente cheia. Depois da cerimônia relâmpago no Senado, o peemedebista reuniu todos os 23 ministros colocados em seu governo interino. Em sua fala, de cerca de 20 minutos, avisou a aliados que não vai admitir infidelidades e se queixou dos votos que integrantes da base governista, particularmente de seu partido, o PMDB, deram na votação que manteve os direitos políticos da ex-presidente Dilma Rousseff. Nesse caso, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), se alinhou aos aliados da petista

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