segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

A DISPUTA NA ESCOLHA DA CCJ DO SENADO FEDERAL

Ueslei Marcelino/Reuters - 15/1/13 , Ed Alves/CB/D.A Press - 7/10/15 e Evaristo Sa/AFP - 25/4/16


A dificuldade de se chegar a um acordo sobre o futuro presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado pode adiar a escolha do futuro ministro do Supremo Tribunal Federal, inicialmente prevista para hoje. O motivo é que o presidente Michel Temer não quer que o escolhido fique sujeito a virar objeto de desgaste por uns dias, enquanto aguarda a definição do comandante da CCJ, encarregada de sabatinar o indicado. E, até aqui, a notícia que se tem dos bastidores do Senado é a de que não há acordo no PMDB e o nome pode ser escolhido no voto, conforme antecipou o Correio no sábado.

Se depender da cúpula do PMDB capitaneada por Renan Calheiros (AL), o contemplado será o ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão (MA). Ligado ao ex-presidente José Sarney, Lobão teve um pedido de investigação arquivado a pedido do Ministério Público por falta de provas. O tempo de janela no Senado e na política dá aos pares a segurança de que não jogará contra os seus e resistirá a pressões da opinião pública.

Os dois outros candidatos do partido, Raimundo Lira (PB) e Marta Suplicy (SP) são considerados mais independentes. Lira, que foi presidente da comissão do impeachment de Dilma Rousseff, tem o apoio do presidente da Casa, Eunício Oliveira, mas não é considerado da “turma” peemedebista. E Marta Suplicy, dizem os peemedebistas, ninguém controla. Tanto é que, na semana passada, ela telefonou a alguns senadores para pedir votos na disputa para presidente da CCJ. Oficialmente, a razão que os peemedebistas alegarão para não fazer dela a presidente da Comissão será o fato de ser nova na legenda (Marta ingressou no PMDB em 2015 para concorrer à prefeitura de São Paulo). Lira e Lobão têm mais tempo de partido

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