sábado, 1 de abril de 2017

LULA FALA PARA MULTIDÃO NA PARAÍBA

Lula
"Peçam a Deus que não seja candidato. Se eu for, é para ganhar", diz Lula

I
dealizada pela primeira vez em 1847, quando o imperador dom Pedro II tinha apenas 22 anos, a transposição do Rio São Francisco demorou quase dois séculos para sair do papel. Com a recente inauguração de trechos em Pernambuco e na Paraíba, iniciou-se uma disputa pela guarda do rebento. Moreira Franco, secretário-geral da Presidência, quis reivindicar a paternidade após um período ínfimo de cuidados, inferior ao de uma gestação. “Em seis anos, Dilma (Rousseff) não conseguiu entregar as obras”, disse. “Nós entregamos em seis meses.”
O oportunismo do atual governo não parece ter surtido efeito no Nordeste. Em 10 de março, Michel Temer inaugurou um trecho da obra no sertão da Paraíba em um evento fechado para convidados. A solenidade chegou a ser interrompida por gritos de manifestantes do lado de fora, impedidos de participar da festa. O peemedebista tampouco se dispôs a visitar o centro da cidade paraibana de Monteiro, próximo da divisa com Pernambuco, o que gerou ressentimento na população local.
No domingo 19, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi recebido em Monteiro por uma multidão de seguidores. Caravanas de oito estados peregrinaram para a “inauguração popular” da obra, quando Lula e Dilma discursaram para mais de 70 mil participantes, segundo estimativas da Polícia Militar do estado, em uma cidade cuja população é de 33 mil.
 “Vejam a cara de pau: disseram que uma obra do tamanho dessa transposição podia ser resolvida em seis meses”, afirmou a presidenta deposta, convidada por Lula para integrar a comitiva, como coautora do projeto. “A cara de pau é a mesma das mentiras que levaram a meu impeachment.

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