quinta-feira, 29 de junho de 2017

PRIMEIRA MULHER A SER PROCURADORA GERAL DA REPÚBLICA NO BRASIL

Raquel Dodge, então subprocuradora-geral da República. Em segundo lugar na lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), ela foi nomeada procuradora-geral da República pelo presidente Michel Temer. (Foto: ANDRE COELHO / Agencia O Globo)
O presidente Michel Temer escolheu nesta quarta-feira (28) a subprocuradora-geral Raquel Dodge para o cargo de procuradora-geral da República. Dodge será a primeira mulher a comandar a instituição e havia ficado em segundo lugar na lista tríplice montada por meio de votação entre os procuradores de todo o Brasil. Ela teve 587 votos, atrás de Nicolao Dino, com 621, e à frente de Mario Bonsaglia, com 564. Ainda precisava ser aprovada em sabatina no Senado para assumir o mandato de dois anos, que começa em setembro.

Temer fez um movimento estratégico. O resultado da eleição saiu ontem, terça-feira (27), e o presidente teria tempo para pensar. Decidiu agir rápido para escolher quem vai suceder ao atual procurador-geral, Rodrigo Janot, com quem vive às turras pela denúncia de corrupção passiva enviada ao Supremo Tribunal Federal. Na guerra contra Janot, Temer escolheu justamente a candidata que fez oposição ao procurador. Temer quebrou uma tradição. Desde 2003, quando o sistema passou a valer, o presidente sempre escolheu o primeiro da lista. Temer, o primeiro presidente denunciado no cargo por crime comum, mudou esta escrita. 

Raquel Dodge já havia concorrido ao cargo em 2015 e ficado em terceiro lugar na lista tríplice, com 402 votos. Com atuação na área criminal, ela fez mestrado na Universidade Harvard, nos Estados Unidos, e ingressou no Ministério Público Federal em 1987. Entre os integrantes da lista tríplice, Raquel foi quem se articulou melhor politicamente. Aliados já haviam dito que Temer não apontaria, de forma alguma, Nicolao Dino. Vice-procurador-geral, Dino defendeu a cassação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

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