sábado, 8 de julho de 2017

RODRIGO MAIA SERÁ O SUCESSOR DE MICHEL TEMER?

Rodrigo Maia e Michel Temer
Maia e Temer: Eu sou você amanhã?

Quando o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ)foi eleito presidente da Câmara, em julho de 2016, seu nome era visto com simpatia pelo Palácio do Planalto. Michel Temer e seu círculo íntimo de apoiadores tinham trabalhado pela vitória de Rogério Rosso (PSD-DF), um integrante do "centrão", o grupo outrora liderado por Eduardo Cunha(PMDB-RJ), mas o nome de Maia era aceitável. Naquele momento, a eleição do deputado servia para firmar a parceria entre o centrão, articulado ao redor de Temer, e a antiga oposição ao PT, comandada pelo PSDB e integrada pelo DEM de Maia.
Com o agravamento da crise provocado pelas denúncias de corrupção contra Temer e diversos de seus auxiliares, a separação entre o centrão e a antiga oposição ao PT vai ficando evidente. E Maia se torna rapidamente o pivô da derrubada de Temer, papel que Temer executou sem galhardia alguma a partir de dezembro de 2015, quando "vazou" uma famigerada carta do então vice-presidente para Dilma Rousseff, na qual ele choramingava o desprestígio direcionado ele pela petista.
O nome de Maia vinha sendo propalado aos poucos. Em maio,  contou que a eleição indireta de Rodrigo Maia agradava uma fatia razoável da base governista, majoritária na Câmara. PSDB e DEM topavam e o “centrão” simpatiza. Se o próximo presidente for um nome da Câmara, e não de fora, tudo certo, contava a reportagem. Por quê? “Para continuar o serviço do Michel”, disse um parlamentar. Tradução: tentar enterrar a Lava Jato.
Na quinta-feira 7, o presidente em exercício do PSDB, o senador Tasso Jereissati (CE), falou abertamente sobre sua ascensão ao Planalto. O substituto de Temer, disse o tucano ao jornal O Estado de S.Paulo"tem que ser alguém que dê governabilidade" para o País até a eleição de 2018. "Isso não é algo difícil de se encontrar", afirmou.
Jereissati trabalha com a hipótese de Temer ser afastado pela Câmara por seis meses, o que ocorrerá caso 342 deputados deem sinal verde para o Supremo Tribunal Federal (STF) analisar a denúncia por corrupção passiva contra Temer apresentada pela Procuradoria-Geral da República.
"Na travessia, se vier, tem várias opções. Se vier um afastamento pela Câmara, ele [Maia] é presidente por seis meses. Se Temer renunciasse já seria diferente, mas, se passar a licença para a denúncia, aí ele [Maia] é presidente por seis meses e tem condições de fazer, até pelo cargo que possui na Câmara, de juntar os partidos ao redor com um mínimo de estabilidade para o País", disse.
Outro tucano que jogou Temer aos leões e defendeu a ascensão de Maia foi o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB). Em fala a um grupo de investidores na quinta-feira 6, o tucano afirmou, segundo a Folha de S.Paulo, que "o governo caiu" e que se depender do processo na Câmara, “dentro de 15 dias o País terá um novo presidente”.
Na manhã desta sexta-feira 7, Cunha Lima continuou atirando contra Temer e insistiu no desembarque do PSDB do governo. "Existem vozes que defendem permanecer no governo Temer mas essas vozes são cada vez menos representativas dentro do PSDB", afirmou em entrevista ao programa Atualidade, da Rádio Gaúcha
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