segunda-feira, 4 de junho de 2018

FIÉIS SENTEM FALTA DE BOLSONARO NA MARCHA PARA JESUS

- Na véspera da Marcha para Jesus, seu idealizador, o apóstolo Estevam Hernandes, disse à reportagem que a caminhada não é palanque. "Mas oramos por todos."
E por lá não faltou político para ganhar bênção em ano eleitoral: dos rivais João Doria (PSDB) e Márcio França (PSB), que disputam o Palácio dos Bandeirantes, a Jair Bolsonaro (PSL), que disse ter enviado uma "cartinha de amor" a seu "vice dos sonhos", o senador Magno Malta (PR).
O ato desta quinta (31) de Corpus Christi seguiu seu percurso tradicional, indo do centro à zona norte da capital paulista. A organização calculou 2 milhões de presentes -A PM não fez estimativas.
O ex-prefeito de São Paulo foi à marcha com Flavio Rocha (PRB), presidenciável do partido que, um dia antes, tinha selado apoio a sua candidatura para o governo de SP.
Estranhamento com o palanque duplo no estado, já que o ex-governador e padrinho Geraldo Alckmin, tucano como ele, também mira o Planalto?
Nenhum, disse Doria à reportagem, minutos após tirar uma selfie com Rocha, o prefeito Bruno Covas e o vereador João Jorge num café próximo ao evento -a imagem foi prontamente divulgada pela assessoria do pré-candidato do PRB.
"O que há é convergência por um Brasil unido em torno de candidaturas em defesa do Brasil. Nem esquerda nem direita, é o palanque do Brasil", afirmou o tucano. Aliados lembraram que também Alckmin faz "jogo duplo" em sua terra natal, ao acenar para Doria e o atual governador.
"Tem o palanque que o partido te obriga a fazer e o palanque de coração", afirmou França ao chegar na marcha, onde dali a minutos seria abençoado, de joelhos, no palco.
Doria e Rocha também ajoelharam -só que no trio elétrico batizado Bordoada, enquanto a multidão orava sob o comando do apóstolo Estevam, presidente da marcha e fundador da igreja que a organiza, a Renascer em Cristo.
O ex-prefeito teve sua vez no microfone. "Queeeeem ama sua família? Queeeeem ama Jesus? Queeeeem ama Deus? E o estado de São Paulo?"
À reportagem Estevam reforçou o caráter "totalmente apolítico" da marcha. "Agora, temos liberdade. João pediu para falar uma palavra cristã. Qualquer outro que viesse falaria."
Na edição de 2017, o apóstolo criticou Alckmin por cancelar sua ida em cima da hora. "Ele não julga [a marcha] importante", disse então

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