domingo, 3 de junho de 2018

HENRIQUE MEIRELLES DE MINISTRO A CANDIDATO.


O ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, foi oficializado na terça-feira (22) como o pré-candidato do MDB à Presidência da República. A nomeação se deu após o presidente Michel Temer e seu círculo íntimo perceberem a inviabilidade de sua candidatura diante da atual conjuntura política e judicial. Para Meirelles, a eventual disputa pelo Palácio do Planalto parece ser a realização de uma aspiração antiga, mas é custoso crer que seu nome tenha alguma chance real.
Meirelles está levando a sério a possibilidade de concorrer. Ainda na tarde de terça, recebeu em sua casa o jornalista Gerson Camarotti, da GloboNews, para dar uma pequena entrevista exclusiva a respeito da disputa. No dia seguinte, divulgou um bem produzido vídeo de campanha – a peça, fica evidente, estava pronta antes de seu nome ser anunciado.
Não é surpresa que o ex-ministro esteja investindo em sua imagem. Nas eleições de 2002, foi o deputado federal mais votado em Goiás (pelo PSDB) após gastar quase um milhão de reais em uma campanha cara, que tinha equipe de televisão própria. Há meses, colunas de bastidores indicam o ímpeto de Meirelles pela candidatura, o que o fez, inclusive, trocar o PSD pelo MDB.
O vídeo indica para onde Meirelles deseja caminhar. Ele quer se colocar como um “salvador da pátria”, não na linha de Jair Bolsonaro (PSL), cujos focos são a segurança pública e a corrupção, mas na seara econômica. O vídeo apresenta Meirelles como “esse cara” e indica que ele é um resolvedor de problemas na economia. “Se tinha alguma crise econômica, lá estava o Meirelles para encontrar a solução”, afirma o narrador.
Luiz Inácio Lula da Silva, que convidou Meirelles para comandar o Banco Central em 2002, não é citado – é somente o “presidente da época”, que convidou o ministro para resgatar a economia na conturbada transição entre Fernando Henrique Cardoso e a era petista. Temer, que colocou Meirelles na Fazenda em 2016, também não aparece na propaganda. O ex-ministro, por sua vez, surge sorridente e convocado “para tirar o país da lama” após a crise legada pelo processo de impeachment.

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