sexta-feira, 1 de junho de 2018

MICHEL TEMER DIZ QUE NÃO HÁ RISCO DE INTERVENÇÃO MILITAR

 - O presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira que não há risco de intervenção militar em decorrência da paralisação de caminhoneiros, apesar de alguns manifestantes defenderem um golpe militar para derrubar o governo.
Em entrevista a um pequeno grupo de jornalistas estrangeiros em fórum de investimentos em São Paulo, Temer disse ainda que a redução do preço do óleo diesel anunciada pelo governo como parte das medidas para tentar acabar com a greve não irá reverter as reformas realizadas pela Petrobras para garantir a independência da estatal.
Temer também afirmou que o governo irá ingressar com ação junto ao Judiciário para que seja declarada ilegal a greve convocada por petroleiros para quarta-feira.
A paralisação dos caminhoneiros, que entrou no nono dia nesta terça, esvaziou estradas e deixou grandes cidades desabastecidas de alimentos, combustíveis e suprimentos médicos. O movimento permaneceu mesmo após o governo fazer concessões em quase todos os pontos reivindicados pelos caminhoneiros.
Alguns manifestantes têm pedido uma intervenção militar no país, assunto que tem sido constante nas redes sociais, e o pedido também tem aparecido em diferentes protestos contra o governos nos últimos anos.
"Em primeiro lugar, eu dou nota zero à possibilidade de intervenção militar", disse Temer na entrevista.
"Até porque eu tenho conversado com todos os setores do governo, naturalmente com o Ministério da Defesa, onde estão as Forças Armadas e, ao contrário, o que eu vejo é o repúdio absoluto, dentro do Ministério da Defesa e das Forças Militares, de qualquer tentativa de tentar impor a intervenção militar."
Pesquisas mostram que Temer é o presidente mais impopular desde o fim do regime militar (1964 e 1985). Ele foi alvo de duas denúncias criminais da Procuradoria-Geral da República, que tiveram seus andamentos barrados pela Câmara dos Deputados, e ainda responde a inquéritos junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) que podem levar a novas denúncias

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