terça-feira, 31 de julho de 2018

AUDIÊNCIA BATE RECORD NO RODA VIDA COM BOLSONARO.


Nitidamente nervoso, o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, evidenciou todos os esforços para deixar claro um discurso voltado à economia no Roda Viva desta segunda-feira (30). Enquanto repetia todas as posições controversas em relação a mulheres, racismo e fazia ataque à esquerda e ampla defesa da ditadura, Bolsonaro tentava encaixar uma sinalização positiva ao mercado financeiro.
O tom do discurso iniciou com foco no público que ele quer agradar: o mercado. Já na primeira pergunta, disse que o país que ele quer é o de economia liberal. E finalizou em direção ao público que ele já tem: o que elegeu a esquerda como principal vilão. A entrevista terminou com a informação de que o livro de cabeceira do candidato é Verdade Sufocada, de Carlos Alberto Brilhante Ustra.
O coronel Ustra chefiou o DOI-Codi no período em que foram registrados mais de 500 casos de tortura órgão de repressão da ditadura militar. Foi ao coronel a quem Bolsonaro dedicou o seu voto favorável ao impeachment de Dilma Rousseff.
Com gancho da ditadura, Bolsonaro mirou contra a esquerda, e atacou bandeiras como a política de cotas e a redução da maioridade penal. Ao mercado, defendeu a reforma da Previdência e criticou a burocracia para o empreendedor.

PROCURADORIA GERAL RECORRE E ZÉ DIRCEU PODE VOLTAR PARA CADEIA.


A Procuradoria Geral da República (PGR) apresentou recurso na tarde de segunda-feira (30) contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que concedeu liberdade ao ex-ministro José Dirceu.
No texto, segundo o portal G1, a procuradora-geral Raquel Dodge afirma que houve obscuridade e contradição na decisão que o libertou, em junho deste ano, para aguardar o restante do julgamento em liberdade.
Dirceu cumpria pena no presídio da Papuda, em Brasília, desde maio. Ele foi condenado a 30 anos e 9 meses em regime fechado por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa na Operação Lava Jato.
O petista é acusado de ter recebido propina para favorecer empresas terceirizadas em contratos com a Petrobras.
O ex-ministro também cumpriu parte da sentença entre 2015 e 2017 no Complexo Médico Penal, em Curitiba, onde ficam detidos outros presos da Lava Jato. Ele deixou a prisão em maio passado após conseguir um habeas corpus junto ao STF para aguardar em liberdade o julgamento dos recursos restantes.

CENTRÃO PODE ATRAPALHAR ALCKMIN NAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS


O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, marcou um gol em termos pragmáticos ao obter o apoio do “centrão”. Com uma só tacada, o tucano conseguiu sepultar a candidatura de Rodrigo Maia (DEM), que disputaria com ele o mesmo eleitorado, e juntou a seu tempo de televisão segundos preciosos que poderão fazer a diferença na disputa por uma das vagas no segundo turno. Por outro lado, ficou mais difícil para Alckmin articular duas ideias que parecem centrais em sua campanha.
A primeira delas é a tese de que Alckmin não é uma continuação do governo de Michel Temer (MDB).
De fato, o tucano manteve uma espécie de “cordão sanitário” diante do impopular presidente e procurou em seus últimos meses de governo se apresentar como uma alternativa ao atual mandatário, fazendo críticas discretas e apontando diferenças entre os dois.
O problema para Alckmin é que seu partido, o PSDB, deteve por muito tempo o maior número de ministérios na gestão atual. Fundamental no impeachment de Dilma, os tucanos aderiram rapidamente ao governo após sua derrubada.
O apoio do “centrão” atrapalha ainda mais a estratégia de se afastar de Temer porque o grupo formado por partidos como DEM, PR, PP e PRB foi essencial para sustentar o governo, tanto para impedir o andamento das ações judiciais contra Temer quanto para aprovar projetos.
Em troca, o centrão desfrutou da única coisa que lhe interessa, os cargos e verbas que o Planalto pode distribuir. Uma busca no Google por “centrão, Temer, ministérios” mostra como o atual presidente loteou cargos para esse grupo.
O fato de Henrique Meirelles ser o candidato do MDB e, portanto, oficialmente o nome da continuidade, não deve ajudar muito Alckmin a explicar a proximidade de seu partido e de muitos aliados com o rejeitado Temer.
Outra ideia relevante na campanha de Alckmin que fica prejudicada com a adesão do “centrão” a sua candidatura é a suposição de que ele seria um candidato de “centro”. Como abordado neste espaço em outras ocasiões, a tese nasce de uma tentativa de apontar o ex-presidente Lula (PT) e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) como os dois polos do sistema político brasileiro.
Poucas concepções são mais fantasiosas do que esta. Bolsonaro certamente é um extremista de direita, mas Lula está bem longe de ser um candidato da extrema-esquerda. Esse pedaço do espectro político talvez seja ocupado pelo irrelevante PSTU, mas apenas para ficar em candidatos mais viáveis pode-se apontar para Guilherme Boulos, do PSOL, como um nome mais à esquerda do que Lula.
Para além das nomenclaturas ideológicas, qualquer análise sobre a política brasileira deve levar em conta a realidade. E, ainda que Alckmin esteja mal nas pesquisas, PT e PSDB continuam a ser os polos do nosso sistema, um mais à esquerda e outro mais à direita, mas ambos tentando atrair o centro.
O centrão, apesar de seu apelido, é um bloco de centro-direita, com mais afinidades ideológicas com o PSDB do que com o PT. Devido a sua natureza fisiológica, e à frouxidão moral petista, centrão e PT estiveram por muito tempo aliados em uma associação que culminou no escândalo do “mensalão”.
Da mesma forma, é preciso dar a Bolsonaro sua colocação real na política. A força que ele demonstra atualmente é fruto de vários fatores, o maior deles o desgaste da política tradicional, mas também do antipetismo, um fenômeno que se consolidou na última década. O antipetismo costumava render dividendos eleitorais ao PSDB, mas agora, pela mudança na conjuntura e pela personalidade de Bolsonaro, pende para o deputado.
A própria lógica que permeia os debates de muitos apoiadores de Bolsonaro ajuda a demonstrar que Alckmin ser de centro é uma construção artificial. Para muitos potenciais eleitores do deputado federal, PT e PSDB são “farinha do mesmo saco”. Em linhas gerais, essa turma não deixa de ter razão e tal impressão, em maior ou menor medida, pode ser referendada inclusive por muitos eleitores que têm ojeriza a Bolsonaro.

RAQUEL DODGE VAI IMPUGNAR A EVENTUAL CANDIDATURA DE LULA.

 - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, indicou em entrevista coletiva nesta sexta-feira, que vai pedir a impugnação com base na Lei da Ficha Limpa da eventual candidatura à Presidência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder das pesquisas de intenção de voto e que, mesmo preso desde abril, já anunciou que pretende concorrer.
Perguntada sobre a impugnação de Lula, Dodge disse, sem citar nominalmente o petista, que a orientação do Ministério Público Eleitoral é dar "tratamento uniforme" a todas essas questões, "qualquer que seja o cargo disputado".
"Tomaremos evidentemente todas as medidas necessárias para que aqueles que não são elegíveis tenham resposta pronta da Justiça Eleitoral", destacou ela, ao apontar que essa atitude também será tomada em eventuais casos de candidatos a presidente da República.
Lula foi condenado pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do tríplex do Guarujá (SP).
Dodge --que também é chefe do Ministério Público Eleitoral-- afirmou que no momento não há candidaturas registradas e a atuação do órgão vai ocorrer somente neste momento. Somente após o registro de candidaturas, cujo prazo final é no dia 15 de agosto, é que o Ministério Público poderá se manifestar.
A chefe do Ministério Público anunciou, após se reunir com procuradores que atuam na área eleitoral nos Estados nesta sexta, uma instrução para que os integrantes do MP que atuam nessa área ajuízem ações para enquadrar na Lei da Ficha Limpa condenados por órgão colegiado ou que cujo processo tenha transitado em julgado, quando não há mais possibilidade de recorrer.

NÃO HOUVE GOLPE MILITAR EM 1964.


O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, afirmou que os atos cometidos pelos militares durante a ditadura no Brasil se justificavam pelo “clima de época, de guerra fria”, e que teria agido da mesma forma se estivesse no lugar deles. As declarações foram dadas na noite desta segunda-feira, no programa Roda Viva, da TV Cultura.
“Não houve golpe militar em 1964. Quem declarou vago o cargo do presidente na época foi o Parlamento. Era a regra em vigor […] “Não foi golpe, golpe é quando é pé na porta”, disse Bolsonaro. Ele ainda defendeu as atuações dos militares em casos de tortura e também a figura do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, a quem homenageou em seu voto durante o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Abominamos a tortura, mas naquele momento vivíamos na guerra fria”, justificou. Ustra foi o chefe do DOI-Codi, um dos principais centros de tortura do período.
O presidenciável ainda reclamou que a imprensa só fala sobre casos que afetaram militantes de esquerda. “Vocês só falam sobre casos da esquerda. Por que não falam sobre o atentado do aeroporto de Guararapes, em que morreu o Edson Regis”, questionou, referindo-se a um atentado a bomba no Recife em 1966. “Um dos militantes da AP, não digo que estava lá, era o José Serra. Vamos botar o Serra no banco dos réus, então”.
Questionado a falar sobre a abertura dos arquivos da ditadura militar, Bolsonaro disse duvidar que eles ainda existam. “Não vou abrir nada. Esquece isso aí, vamos pensar daqui pra frente”, desconversou.
“Não foi golpe, golpe é quando é pé na porta”, disse o candidato, com o argumento de que o presidente derrubado, João Goulart, abandonou o país e que seu cargo foi declarado vago pelo Congresso da época.

AÉCIO FALTA À CONVENÇÃO DO PARTIDO E NÃO ANUNCIA CANDIDATURA.

Aécio Neves- O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) lança sua candidatura ao governo de Minas em convenção neste sábado (28), em Belo Horizonte, sem a presença de seu padrinho político, o também senador Aécio Neves (PSDB-MG).
O esforço para descolar Aécio de Anastasia tem o objetivo de preservar a campanha ao governo de Minas das denúncias de corrupção contra Aécio. Acuado pela delação do empresário Joesley Batista, ele não esteve presente em nenhum evento da pré-campanha de Anastasia.
Para não estar na chapa de Anastasia, Aécio não se candidatará à reeleição e deve concorrer a uma vaga na Câmara Federal.
Em nota, a assessoria do Senador informou que ele decidirá na próxima semana qual cargo disputará.
Há quatro anos, Aécio concorria à Presidência. Em Minas, porém, em 2014, ele perdeu para a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) que disputará uma vaga ao Senado no estado.
Na corrida ao governo, também prevalece a polarização entre PT e PSDB, com o governador Fernando Pimentel tentando a reeleição e tendo como principal adversário o ex-governador tucano.
A convenção deste sábado formaliza a aliança entre PSDB, PTB, PSD, PSC, PPS, PMN e Solidariedade na chapa majoritária, o que pode dar a Anastasia o maior tempo de TV em Minas.
As vagas ao Senado devem ser ocupadas por Dinis Pinheiro (Solidariedade) e Carlos Viana (PHS) --com os postos preenchidos, não há lugar para Aécio. O vice de Anastasia é o deputado federal Marcos Montes (PSD)

segunda-feira, 30 de julho de 2018

BOLSONARO DISCUTE A VICE COM JANAÍNA PASCOAL.


Líder nas pesquisas nos cenários em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não aparece, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) será sabatinado nesta segunda-feira no programa “Roda Viva”, da TV Cultura.
Ainda sem vice, como a maioria dos candidatos mais bem colocados, Bolsonaro deve se reunir em São Paulo com a advogada Janaína Paschoal para saber se ela aceita ou não o desafio. Janaína é uma das autoras do pedido de impeachment que levou à saída de Dilma Rousseff da Presidência.
Ela resiste em aceitar o posto, especialmente por questões pessoais. A advogada se preocupa com a mudança da família para Brasília. Por isso, o PSL já considerou um astronauta e até um príncipe para a vaga.
A aparição na TV será importante para o candidato, cujo partido deve ficar com menos de dez segundos da fatia do horário eleitoral, que começará no dia 31 de agosto.

RAQUEL DODGE VAI PEDIR A IMPUGNAÇÃO DA CANDIDATURA DE LULA.


NÃO ME ARREPENDI AO DISCUTIR COM GILMAR MENDES.

Não me arrependi, diz Barroso sobre bate-boca com Gilmar Mendes
 - Logo ele, um sujeito que medita, não se reconheceu ao ver a TV. Assim o ministro Luís Roberto Barroso narrou como se sentiu após a desavença que teve com o colega do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes, a quem acusou de ter "pitadas de psicopatia" em março.
"Não vou explorar esse assunto. Quando vi na TV pensei, 'essa pessoa não sou eu, eu sou um sujeito que medita todos os dias, vivo de bem com a vida'", disse o ministro em debate na Casa Época/Voque, neste sábado (28), durante a Flip (Festa Literária Internacional de Paraty).
A plateia gargalhou quando Barroso logo emendou: "Não me arrependi, não".
Referia-se ao bate-boca que teve na corte, cinco meses atrás, com Gilmar. "Me deixa de fora desse seu mau sentimento. Você é uma pessoa horrível. Isso não tem nada a ver com o que está sendo julgado. É um absurdo Vossa Excelência aqui fazer um comício cheio de ofensas, grosserias. Já ofendeu a presidente, já ofendeu o ministro Fux, agora chegou a mim", interrompeu Barroso naquela sessão.
E mais: "O senhor é a mistura do mal com o atraso e pitadas de psicopatia", disse Barroso a Gilmar. "A vida para Vossa Excelência é ofender as pessoas. Qual a sua ideia? Qual sua proposta? Vossa Excelência é uma vergonha, é uma desonra para o tribunal. Vossa Excelência, sozinho, desmoraliza o tribunal. Está sempre atrás de algum interesse que não o da Justiça".
Em Paraty, Barroso disse não ter "interesse em estimular isso". Mas continuou falando do assunto.
"Imagina você trabalhando num lugar onde um colega seu extremamente agressivo, grosseiro, que ofenda pessoas e plante notas falsas sobre você nos jornais. Tudo isso a meditação absorveu. Um dia [a briga] aconteceu, foi um acidente da estrada." 
O ministro afirmou que ficou "chateado" com a reação da mídia e do público à contenda. "Porque o modo como penso a vida... Ninguém deve ter esse poder de tirar você do seu centro. Mas o que é pior: os editoriais trataram como se fosse episódio de dois brigões, não de alguém que depois de anos absorvendo golpes um dia reagiu."
JUDICIALIZAÇÃO
O ministro discutiu a judicialização da política no evento. Falou que o Supremo é responsável por questões vitais na democracia: pesquisas com células-tronco, uniões homoafetivas, questões religiosas, cotas raciais, financiamento eleitoral, impeachment de Dilma Rousseff... Até "questões lúdicas", lembrou Barroso.
Como episódio anedótico, citou a "decisão dizendo que o colarinho do chope faz parte da bebida" e deve ser considerado, portanto, parte integrante da bebida. Um restaurante catarinense chegou a ser multado pelo Inmetro em R$ 1.512, acusado de entregar ao cliente um chope caprichado no colarinho e ferir, assim, o Código de Defesa do Consumidor.
Barroso colocou à plateia questões que o STF tem de lidar:  "Pode uma mulher engravidar do sêmen do marido morto que ficou congelado em banco?" Há uma fila de transplante de fígado. Uma senhora ganha um fígado. A fila anda, um cavalheiro é o próximo. "A senhora que recebeu o fígado anterior tem rejeição e pede o fígado. Aí você tem a judicialização, algo macabro, pela disputa pelo fígado."
"Pra nenhuma deles havia uma solução pré-pronta para o ordenamento jurídico."
Ele contou, em outra anedota, que essa era uma das primeiras vezes que fala em público desde que deu uma palestra em uma universidade no Maranhão.
Barroso chegou à cidade e viu três grandes outdoors com a fotografia dele "bem grande, provavelmente retocada".
Já no hotel, encontrou uma senhora que lhe disse: "O sr. é o ministro Barroso, vi você no outdoor. A gente fica melhor na fotografia, não é mesmo?" Ficou traumatizado e preferiu se recolher de grandes eventos públicos, brincou. 
Questionado sobre em que votará nas eleições de 2018, não titubeou. O voto é secreto. Nem a mulher, contou, sabe por quem optou em eleições passadas.

JAIR BOLSONARO É LÍDER EM TODOS OS ESTADOS.


Uma notícia que circula nas redes sociais e coloca o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) à frente de Lula nos 26 estados, citando pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas, é falsa. Junto à mensagem há um link para o site O Detetive, afirmando que Bolsonaro venceria as eleições ainda no primeiro turno.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a última pesquisa realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas, divulgada na segunda-feira (23), foi realizada apenas no Rio de Janeiro e mostra o candidato do PSL com 26,6% das intenções de voto, enquanto Lula tem 25,5%.
O texto compartilhado pelas redes diz que Bolsonaro está com 64,72% e o petista 32,61%.
Procurado pela Folha, o Paraná Pesquisas disse que o levantamento divulgado pelo “O Detetive” e por usuários das redes nunca foi feito. “Se reserva no direito de acionar na Justiça quem divulgar informação falsa usando o nome do instituto”, disse a empresa em comunicado ao jornal

MORTE DE ADOLESCENTE FOI DE FORMA CRUEL.

Reprodução
O juiz Flávio de Carvalho, da 1ª Vara Criminal de São Roque, aceitou no último dia 19 a denúncia do Ministério Público Estadual de São Paulo contra os três acusados de matar a menina Vitória Gabrielly, de 12 anos, em Araçariguama (SP).
No despacho, o magistrado falou sobre a “gravidade dos fatos, pois, segundo consta teriam arrebatado a vítima em virtude de dívida de drogas” e o “meio cruel na prática do crime, não bastasse a motivação pífia”.
Carvalho falou ainda sobre a fragilidade da menina, pega enquanto brincava, o que, para ele, mostra a periculosidade dos acusados.
Com a decisão, Júlio César de Lima Ergesse e o casal Bruno Marcel de Oliveira e Mayara Borges Abrantes passaram a ser réus no processo. O advogado do casal disse que os dois afirmam sua inocência. Um defensor público será indicado para a defesa de Júlio Cesar.
Vitória desapareceu no dia 8 de junho, após sair de casa para andar de patins. O desaparecimento gerou uma grande comoção na cidade, que se mobilizou em busca dela. O corpo foi encontrado dias depois. Conforme a perícia, ela foi amarrada e morta no mesmo dia em que desapareceu.
Segundo a investigação, Vitoria foi morta por engano – o alvo era a irmã de um homem que devia dinheiro a um traficante e que se parecia muito com Vitoria. No entanto, segundo o Ministério Público, mesmo sabendo que ela era a vítima errada, os acusados cometeram o crime.

domingo, 29 de julho de 2018

O CONTROLE DOS CONTRATOS E DAS LICITAÇÕES NO MUNICÍPIO.




O vereador é o membro do Poder Legislativo do município.
 Nessa condição, ele desempenha, como funções típicas, as tarefas de legislar e de exercer o controle externo do Poder Executivo, isto é, da Prefeitura.
 A função legislativa consiste em elaborar, apreciar, alterar ou revogar as leis de interesse para a vida do município.
 Essas leis podem ter origem na própria Câmara ou resultar de projetos de iniciativa do Prefeito, ou da própria sociedade, através da iniciativa popular.
 A função fiscalizadora está relacionada com o controle parlamentar, isto é, a atividade que o Poder Legislativo exerce para fiscalizar o Executivo e a burocracia.
 O controle parlamentar diz respeito ao acompanhamento do Vereador   das ações administrativas e a sua função fiscalizadora .

A função de controle da Câmara de Vereadores está prevista na Constituição Federal de 5 de outubro de 1988, no seu art. 31:
 Isso significa que é responsabilidade do vereador fiscalizar e controlar as contas públicas.
 A Câmara Municipal foi encarregada pela Constituição da República de acompanhar a execução do orçamento do município e verificar a legalidade e legitimidade dos atos do Poder
.
 Art. 31.” A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.
 §1º – O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.”

 É função do vereador avaliar permanentemente a gestão e as ações do Prefeito.
Os Tribunais de Justiça dos Estados têm assim decidido a respeito desta questão:

TJ-PR - Reexame Necessário REEX 1128609 PR Reexame Necessário 0112860-9 (TJ-PR)


Ementa: REEXAME NECESSÁRIO - MANDADO DE SEGURANÇA - FORNECIMENTO DE CÓPIA DO PROCESSO LICITATÓRIO - GARANTIA CONSTITUCIONAL - PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS - SENTENÇA CONFIRMADA - DECISÃO UNÂNIME. - Procede contra disposição prevista no artigo 5º , incisos XXXIII e XXXIV , alínea b , da Constituição Federal e artigo 63 da Lei das Licitações, ensejando a concessão de segurança, a autoridade que se nega a fornecer as certidões ou cópias do processo licitatório que interessam ao impetrante.

. É direito do edil, consagrado no art. 5º , XXXIV , b , da Carta Magna , a obtenção de informações correlatas à sua função de fiscalizador do Poder Executivo.


A matéria de que trata o Projeto de Lei ora analisado, já está regulamentado pela Constituição Federal no seu artigo 5º incisos XXXIII e XXXIV, que assim dispõem:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade,.......
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a)   o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder.
.
A Lei das Licitações no seu artigo 63 assim dispõe:
Art. 63. É permitido a qualquer licitante o conhecimento dos termos do contrato e do respectivo processo licitatório e, a qualquer interessado, a obtenção de cópia autenticada, mediante o pagamento dos emolumentos devidos.

Dessa forma, a matéria que o Projeto de Lei de autoria do Vereador Zequinha pretende regulamentar, já está prevista na Constituição Federal e na Lei das Licitações, faltando ao nosso entender, competência ao legislativo municipal para aprovar matéria que é da alçada da União Federal.

Para obter cópias dos Editais de Licitação e dos Contratos Administrativos firmados pelo Município, basta que o Edil, aprove no Plenário da Casa de Leis, um pedido de informações, com requisição das cópias dos instrumentos legais pretendidos, e este pedido depois de aprovado pela Câmara de Vereadores, será encaminhado ao Prefeito Municipal, que terá prazo para atende-lo, sob pena de cometimento de crime de responsabilidade.
Diante da negativa do Chefe do Poder Executivo   atender o pedido de informações com requisição dos documentos citados, deve a Câmara Municipal ou o próprio Vereador autor do requerimento, impetrar Mandado de Segurança no Juízo da Fazenda Pública da Comarca a que pertencer o município e o Poder Judiciário irá determinar ao Prefeito Municipal a entrega imediata dos documentos requisitados.
Além disso, se persistir a negativa do alcaide mor, deve o Vereador autor do requerimento representar contra o Prefeito Municipal junto à Procuradoria Geral de Justiça do Estado , pelo cometimento do crime de responsabilidade, por descumprimento da legislação federal pertinente.

CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA PROCURAM O VICE IDEAL.

Dilma Rousseff e seu então vice-presidente Michel Temer em outubro de 2015.
Os candidatos às eleições presidenciais de outubro têm tido dificuldade em encontra um companheiro de chapa que lhes garantam votos, recursos e tempo de TV, afastando o fantasma do impeachment, sofrido em 2016 pela presidente Dilma Rousseff, substituída por seu vice, Michel Temer.
A escolha de um vice-presidente "é produto de uma estratégia de equilíbrio da chapa e de busca de votos (...) É uma equação complexa", disse à AFP Ricardo Caldas, cientista político da Universidade de Brasília.
Entre os presidenciáveis que lideram as pesquisas de intenção de voto, Jair Bolsonaro (PSL) e Ciro Gomes (PDT) oficializaram suas candidaturas sem ter um vice do lado. Marina Silva (Rede) e Geraldo Alckmin (PSDB) vão pelo mesmo caminho.
Caldas afirma que as "indefinições" se devem em parte à situação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder nas pesquisas, mas que cumpre pena de mais de 12 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O PT mantém sua candidatura, embora deva ser invalidada pela Justiça eleitoral.
A postura do PT gera indefinições muito grandes em todo o cenário eleitoral, afirma Caldas.
Além disso, "os candidatos estão tendo dificuldades para encontrar aquele nome que não só agregue tempo de TV e fundos" que a lei eleitoral distribui entre os partidos, "mas também que traga votos", indica o analista Everaldo Moraes.
Os partidos apressam as negociações - até com forças ideologicamente opostas - como objetivo de definir as chapas até 5 de agosto para, então, estar com tudo pronto até 15 de agosto, quando vence o prazo para o registro de candidaturas na Justiça eleitoral nas eleições que se desenham como as mais incertas e polarizadas desde o retorno da democracia, em 1985.
"O que os candidatos estão buscando, nesse sistema de presidencialismo de cooptação, é tempo de televisão e a chamada governabilidade, que tantos escândalos já justificou", escreveu o colunista Merval Pereira, do jornal O Globo, em alusão a pactos vinculados a propinas.
- Ofertas recusadas -
Em eleições passadas, afirma Moraes, as chapas foram definidas em torno de "tucanos e petistas", que dominam as disputas eleitorais desde 1994.
"Hoje temos quatro candidatos com números [nas pesquisas] que podem levá-los ao segundo turno", acrescenta.
Bolsonaro, que lidera as intenções de voto em um primeiro turno sem Lula, já recebeu negativas do senador evangélico. Magno Malta (PR) e do general da reserva Augusto Heleno e espera resposta da advogada Janaína Paschoal, que formulou as acusações de manipulação das contas públicas que levaram ao impeachment de Dilma Rousseff pelo Congresso.
Alckmin também teve recusado o convite para integrar sua chapa pelo empresário Josué Gomes, filho de José Alencar, que como vice-presidente de Lula, fez a ponte entre o PT e os industriais.
Marina Silva, por sua vez, segue sem fechar alianças e Ciro Gomes ora faz acenos, ora críticas ao PT, depois que o 'Centrão' (coalizão de partidos conservadores com peso no Congresso) se inclinou por Alckmin.

EXECUÇÃO MILIONÁRIA CONTRA PETROBRÁS É SUSPENSA PELO STF

- O presidente em exercício do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, acatou nesta sexta-feira o pedido da Petrobras e suspendeu liminarmente a possibilidade de execução imediata da condenação bilionária que a estatal petrolífera sofreu no Tribunal Superior do Trabalho (TST) no mês passado, em um processo que discute a forma de pagamento de uma verba salarial.
No recurso ao STF apresentado na véspera, obtido pela Reuters, os advogados da companhia alegavam que há o “risco de dano irreparável”, caso já se comece a cumprir a decisão do TST, mesmo ainda sendo cabível recurso ao Supremo.
A empresa diz que o caso envolve “51 mil empregados da Petrobras, em 47 ações coletivas e mais de 7.000 ações individuais, com impacto financeiro que se aproxima dos 17 bilhões de reais”.
E que, se não for concedida a liminar para suspender a decisão do TST, a estatal terá de fazer um “imediato provisionamento” de 900 milhões de reais para os processos em fase de execução.

PGR QUER IMPUGNAR CANDIDATURAS DE FICHAS SUJAS.

 - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou nesta sexta-feira (27) que o Ministério Público irá ajuizar ações judiciais de impugnação contra todos os candidatos cuja candidatura esteja vetada pela Lei da Ficha Limpa, incluindo os condenados por órgão colegiado. Ela manteve reunião com todos os procuradores regionais eleitorais.
“Assinei uma instrução normativa no âmbito da [minha] atribuição eleitoral que visa instruir os procuradores regionais eleitorais sobre uma questão que é importante. [...] Orienta que todos os promotores e procuradores ajuízem ação de impugnação ao registro, com base na lei complementar 64, [como na] existência de condenação transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado."
Dodge concedeu uma entrevista coletiva à imprensa na sede da PGR (Procuradoria Geral da República) nesta sexta-feira (27). Indagada se ela vai mover ação contra a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, Dodge disse que haverá “um tratamento uniforme qualquer que seja o cargo disputado pelo candidato". "Haverá uma uniformidade nesse tratamento. Não há candidaturas específicas registradas."

MINISTRO DA SEGURANÇA QUER GRAVAR VISITA DE LÍDERES PRESOS.

Jungmann defende gravação de visita a líderes de facção
 - O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, defendeu nesta quarta (25) que todas as visitas, incluindo as de advogados, a líderes de facções criminosas passem a ser feitas em parlatórios e que todas as conversas sejam gravadas. O objetivo é impedir que esses comandos continuem atuando de dentro para fora das prisões. Jungmann participou do Fórum Reconstrução do Brasil, promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo, na capital paulista. As informações são da Agência Brasil.
Jungmann exemplificou com os casos de Fernandinho Beira-Mar, Nem e Marcinho VP, que têm 37 advogados. “São advogados ou pombos correios?”, questionou o ministro.
O projeto de lei, elaborado pelo ex-ministro da Justiça e hoje ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, acaba com qualquer tipo de contato com presos que não seja registrado. “O governo apoia [o projeto], não pode haver contato de chefe de facção que não tenha registro”, afirmou.
Pela proposta, as conversas seriam abertas apenas mediante ordem judicial.
MARIELLE
Jungmann comentou também a investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, mortos a tiros na região central do Rio de Janeiro. O ministro disse que ainda não tem provas de que efetivamente os dois acusados presos –o policial militar reformado Alan de Morais Nogueira e o ex-bombeiro Luis Cláudio Ferreira Barbosa– estejam envolvidos.
Ele afirmou que o trabalho da polícia fluminense é sério e conta com apoio integral da Polícia Federal. No entanto, ele reconheceu a dificuldade de resolução do caso, tendo em vista “as imbricações em relação aos mandantes do crime”. “A cadeia que envolve os mandantes é ampla e complexas.”
“Quando o crime organizado controla territórios, começa a ter uma projeção na política, na polícia, nos órgãos de controle”, acrescentou Jungmann. Ele reforçou os fortes indícios da participação de milícias no assassinato.
DESARMAMENTO
O ministro disse não acreditar que a liberação do porte de armas, tema frequente na fala de pré-candidatos à Presidência da República, seja a solução dos problemas da segurança brasileira. Ele pondera que alguns ajustes possam ser feitos ao Estatuto do Desarmamento, do qual é defensor, mas é contra o projeto que revoga o estatuto, que tramita no Congresso Nacional.
Na opinião de Jungmann, o debate foi impulsionado pela indústria de armas brasileira, e a melhor saída para o país é aumentar os esforços na melhoria da segurança pública.
“As medidas [do projeto] levam a coisas como comercial de armas em rádio e televisão, à possibilidade de [que] caminhoneiros, taxistas, qualquer um possa andar no seu trabalho armado, inclusive tendo propriedade de seis a nove armas, à possibilidade de as pessoas possam terem acesso a armas restritas”, disse o ministro

CRITICADA JUÍZA PROCESSA DEFENSOR PÚBLICO.

Foto: Reprodução/Pragmatismo Político
A juíza Yedda Christina Ching San Filizzola Assunção, titular de uma vara criminal no Rio de Janeiro, já protagonizou diversos episódios de controverso autoritarismo ao longo de sua carreira como magistrada, como na defesa da tese e efetiva expedição de mandados de busca e apreensão coletivos em favelas cariocas. Recentemente, em nova polêmica, a juíza moveu uma ação contra Eduardo Newton, conhecido colunista do Justificando e defensor público do Estado do Rio de Janeiro, alegando ter sofrido danos morais pela divulgação de um episódio em que deu voz de prisão a um morador de rua que estava na calçada do Fórum Criminal.

O conhecido episódio ocorreu em setembro de 2017 quando Yedda determinou a prisão do Sr. Natanael do Nascimento por “desobediência”, crime de menor potencial ofensivo contra o qual não cabe flagrante, por ele insistir em permanecer nos arredores do Fórum, um local público. A magistrada justificou sua decisão argumentando que se tratava da “área de segurança do Fórum” e que a presença do morador de rua oferecia riscos aos demais transeuntes

sexta-feira, 27 de julho de 2018

PESQUISA REVELA COMO PENSAM ELEITORES DE BOLSONARO.

Imagem: Esther Solano, socióloga da Unifesp (Carta Educação)
“Para combater um fenômeno como Bolsonaro, a primeira coisa que você tem que fazer é entender o que ele significa para as pessoas”. Foi com esse objetivo que, durante o ano de 2017, a socióloga Esther Solano, da Universidade Federal de São Paulo, entrevistou 25 simpatizantes de Jair Bolsonaro.
As conversas foram longas – entre três e quatro horas cada -, e os interlocutores, variados: eram jovens e pessoas mais velhas, ricos e pobres. Com as entrevistas, Solano buscou compreender qual era o denominador comum, o que faz com que pessoas com perfis tão diferentes fossem atraídos pelo discurso populista e antidemocrático de Bolsonaro.
O resultado das entrevistas foi complilado na pesquisa “Crise da Democracia e extremismos de direita”. Confira, a seguir, alguns dos principais pontos:

1 – Segurança Pública e direitos humanos para humanos direitos

De acordo com Esther Solano, apesar de o Brasil ser um dos países que mais encarcera no mundo, as pessoas continuam tendo uma sensação de impunidade e insegurança.
 
Você pode ser morto a qualquer momento! Este país é horrível. Você tem uma filha, sai à noite e ela pode ser estuprada. Roubo, assalto, por todo lado. (Entrevistada E.)
Uma fala recorrente de seus entrevistados foi a idéia de “vitimismo dos bandidos”, ou seja, de que “o ladrão virou a vítima”.
 
Eu só sei que, hoje em dia, é melhor ser bandido do que cidadão de bem. A gente sai pra rua com medo e eles não. Eles têm mais direitos que a gente e, depois, vêm como esse mimimi, tentando dar pena na televisão. Pena de bandido? Pena da gente, que não pode viver em paz!  (Entrevistada M.)

O endurecimento das penas, o fim da “vitimização dos bandidos” e um maior poder aos policiais é visto pelos eleitores de Bolsonaro com uma solução para esse cenário:
 
A lei tem de ser dura. No Brasil, somos muito frouxos. Bandido na cadeia, pronto. Não quer cadeia, vá trabalhar. Fácil. (Entrevistada L.