A CPI deve ser instalada hoje, dia seguinte à saída de Graça Foster da presidência da estatal (leia mais nas páginas 8 a 11), e o novo foco de tensão é a briga pelos cargos do colegiado. Por ter a maior bancada da Câmara, o PT reivindica a indicação do relator ou do presidente. Já a oposição, que comandou a coleta de assinaturas, deseja manter o PT longe do comando dos trabalhos. Entre os partidos da base que colaboraram com a CPI, o maior apoio veio do PDT: dos 20 parlamentares do partido, 14 endossaram o documento, incluindo o líder da bancada, André Figueiredo (CE). O PMDB contribuiu com 10 adesões.
Antes mesmo da formalização da CPI, o governo trabalha para esvaziar o grupo. “O juiz Sérgio Moro (responsável pela Operação Lava-Jato) está atuando livremente. O Ministério Público Federal também tem muita coisa para dizer. A Polícia Federal apura as denúncias, e ainda há o trabalho feito pela CPMI do ano passado. Então, uma nova CPI vai partir de onde? Vai pegar os elementos que estão aí. Na minha opinião, não há muito mais o que fazer”, disse o novo líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), expressando a opinião do partido sobre a relevância de uma nova investigação.
Apesar de tentar minimizar a importância da CPI, o PT avisa que não abre mão do controle da comissão. “Regimentalmente, o nosso partido tem direito a duas coisas, participação com um número condizente de parlamentares e, por ser a maior bancada, à relatoria ou à presidência”, frisou Machado. Os partidos têm até o começo da noite de segunda-feira para indicar os participantes da CPI
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