DELATOR DA LAVA JATO DIZ QUE PROPINA DE RENAN CALHEIROS ERA MAIOR
Em mais um dia de tensão em torno da lista enviada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF), começaram a ser confirmados os nomes de políticos suspeitos de participar do esquema de desvios na Petrobras. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), estão entre as 54 pessoas na relação de investigados enviada pelo Ministério Público ao STF na terça-feira. Em depoimento da delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa afirmou que, além da propina de 3% cobrada sobre contratos com um cartel de empreiteiras, foi preciso fazer um pagamento adicional a ser destinado a Renan, acima do percentual estipulado pelas construtoras. O peemedebista nega a acusação.
Eduardo Cunha e Renan Calheiros: tanto o presidente da Câmara quanto o do Senado negam participação no esquema de corrupção que desviou bilhões de reais da PetrobrasA relação de Janot inclui parlamentares das principais legendas indicadas por delatores da Lava-Jato como beneficiárias de esquemas de propinas na estatal: Paulo Roberto e o doleiro Alberto Youssef. Eles prestaram depoimentos em regime de colaboração premiada, confessando crimes e entregando outros participantes da organização em troca de redução de suas penas. A lista inclui os senadores Fernando Collor (PTB-AL), Humberto Costa (PT-PE) e Ciro Nogueira (PP-PI), segundo o Correio apurou. Além deles, fazem parte da relação os deputados Eduardo da Fonte (PP-PE), Simão Sessim (PP-RJ) e Nelson Meurer (PP-SC). A relação, no entanto, é maior. Os 28 pedidos de investigação de Janot têm ainda os senadores Romero Jucá (PMDB-RR), Edison Lobão (PMDB-MA), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Lindbergh Farias (PT-RJ), de acordo com o site Congresso em Foco. O ex-ministro das Comunicações Paulo Bernardo (PT-PR) também, segundo o jornal Folha de S.Paulo
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