quarta-feira, 31 de julho de 2019

O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL VAI INTIMAR SERGIO MORO?


Essa pressão de autoridade do executivo sobre a PF, tal como Sergio Moro faz agora com o pedido para que as provas apreendidas com os “hackers de Araraquara” sejam destruídas, levou o STF a intimar Fernando Segovia.
“Há muitas conversas ali e poucas afirmações que levem realmente a que haja um crime”. Parece alguma fala de Deltan Dallagnol ou Sergio Moro nos dias de hoje, certo?
A declaração acima foi feita em fevereiro de 2018 pelo então diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia. Referia-se ao caso de envolvimento de Michel Temer com a Rodrimar (que opera áreas do porto de Santos) e Segovia estava alardeando aos microfones que o caso “tendia” a ser arquivado.
Disse isso muito antes de as investigações estarem perto do fim.
Assim como Sergio Moro faz agora, ele também estava afoito em disseminar a ideia de que aquilo tudo não era nada demais.
Fernando Segovia tinha sido nomeado poucos meses antes por, adivinhem, Michel Miguel Temer. Estava pressionando a PF com essas declarações. Chegou a ameaçar inclusive o delegado responsável pelo caso: "Ele pode ser repreendido, pode até ser suspenso dependendo da conduta que ele tomou em relação ao presidente”, afirmou em entrevista à Reuters na ocasião

EX CANDIDATA A VICE PRESIDENTE DO PC.do B VAI DEPOR NO CASO DOS HACKERS.

Ex-deputada federal deve voltar de viagem em 15 dias e só então prestará depoimento sobre as invasões. 
A ex-deputada federal Manuela D’Ávila (PC do B) deve prestar depoimento à PF(Polícia Federal) a respeito da Operação Spoofing, que resultou na prisão de quatro envolvidos na invasão de celulares de autoridades de Brasília.
A candidata à vice na chapa de Fernando Haddad (PT) nas eleições de 2018 foi apontada como a intermediária entre o hacker e o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil, que divulgou as conversas via Telegram entre o ex-juiz Sergio Moro e procuradores do MPF (Ministério Público Federal) no âmbito da Operação Lava Jato.
A defesa da ex-parlamentar informou que o depoimento ocorrerá assim que Manuela voltar ao Brasil de uma viagem ao exterior. “Assim que ela chegar no Brasil, ela prestará depoimento na data em que a autoridade determinar”, disse o advogado Alberto Toron. Manuela saiu do país no dia 23 de junho para fazer um curso na Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, e deverá voltar em duas semanas.
Em depoimento à PF, Walter Delgatti Neto, conhecido como “Vermelho” e apontado como o responsável de fato pelas invasões aos aparelhos celulares, afirmou que entrou em contato com Manuela dizendo ter conversas entre o atual ministro da Justiça e membros da força-tarefa de Curitiba.
A defesa de Manuela afirma que a ex-deputada não tomou parte na ação do suposto hacker. “Ela não teve envolvimento nenhum com apoio financeiro (a Delgatti Neto) ou coisa parecida. Manuela não tem preocupação alguma, apenas preocupação em dizer a verdade”, afirmou Toron. “Ela simplesmente indicou o jornalista Glenn e se retirou do cenário”.

MAIA E BOLSONARO TOMAM CAFÉ DA MANHÃ EM BRASÍLIA.

**ARQUIVO** BRASÍLIA, DF, 14.11.2018: O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, se encontram em Brasília. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)
 - O presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, tomaram café da manhã nesta terça (30), no Palácio da Alvorada, em Brasília.
O deputado Fabio Faria (PSD-RN) também estava presente.
A conversa foi definida como uma oportunidade de distensionamento entre os dois líderes, que volta e meia fazem críticas públicas um ao outro.
No encontro, Bolsonaro tentou explicar o ataque que fez ao presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, ao afirmar que sabia como o pai dele, Fernando Santa Cruz, desaparecido político, havia sido morto na época da ditadura.
Segundo o presidente, sua atitude foi uma reação ao fato de a OAB ser contra a quebra de sigilo telefônico do advogado que defendeu Adelio Bispo, que deu uma facada nele na campanha presidencial.
Bolsonaro disse que o assunto ainda mexe muito com ele, tentando justificar a virulência de suas palavras contra o presidente da OAB.
Ele ainda fez afagos em Maia e elogiou a aprovação, em primeiro turno, da reforma da Previdência, por um placar superior ao imaginado pelo governo.
Maia, por sua vez, disse que está disposto a dialogar com mais frequência. E afirmou que gostaria de marcar um dia para levar os líderes partidários ao palácio para uma conversa com Bolsonaro.
O presidente disse que era necessário buscar pautas consensuais para que atuassem juntos, aprovando e promulgando leis apoiadas pelos dois.
Além da aprovação da Previdência em segundo turno pela Câmara, eles conversaram sobre a possibilidade de unificação das propostas de reforma tributária. Hoje, a Câmara tem um projeto, o Senado tem outro e o governo deve apresentar também as suas ideias.

PRESOS SÃO MORTOS EM TRANSFERÊNCIA DE PRESÍDIOS NO PARÁ.

ALTAMIRA, PA, 30.07.2019 - PRESÍDIO-FAMILIARES-PA - Familiares de presos mortos esperam notícias em frente ao IML da cidade de Altamira, no sudoeste do Pará, após uma rebelião no Centro de Recuperação Regional que deixou um saldo de 57 mortos. (Foto Danilo Verpa/Folhapress)
 - Quatro detentos que sobreviveram ao massacre no presídio de Altamira foram assassinados durante a transferência. Eles faziam parte de um grupo de 30 detentos a caminho da cidade de Marabá, a 600 km de distância.
Segundo nota do governo do Pará, de Helder Barbalho (MDB), as mortes ocorreram dentro de um caminhão de transporte de presos entre as 19h de terça-feira (30) e a 1h desta quarta (31). Eles viajavam algemados e estavam divididos em quatro celas.
As mortes só foram descobertas na chegada a Marabá. Sempre de acordo com a versão do governo estadual, os quatro mortos integravam a mesma facção criminal.
Com isso, sobe para 62 o número de vítimas em decorrência da rebelião da última segunda-feira (30).
O governo transferiu 46 presos de Altamira. Desses, 10 irão a presídios federais fora do Pará. O motivo do massacre, segundo as investigações, foi um confronto entre duas facções que disputam o controle do presídio de Altamira

PRESIDENTE LAMENTA MASSACRE DE ALTAMIRA.

(EVARISTO SA/AFP/Getty Images)

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira (31) que as mortes de quatro presos durante deslocamento a Marabá, no Pará, são problemas que "acontecem".
Em evento de assinatura de concessão de trecho da Ferrovia Norte-Sul, no interior goiano, ele afirmou que, com certeza, os presos "deveriam estar feridos" e comparou ao transporte de enfermos em ambulâncias.
Os detentos mortos faziam parte de um grupo de 30 a caminho da cidade de Marabá, a 600 km de distância. Segundo nota do governo do Pará, de Helder Barbalho (MDB), as mortes ocorreram dentro de um caminhão de transporte de presos entre as 19h de terça-feira (31) e a 1h desta quarta.
Eles viajavam algemados e estavam divididos em quatro celas. As mortes só foram descobertas na chegada a Marabá. Sempre de acordo com a versão do governo estadual, os quatro mortos integravam a mesma facção criminal.
"Com toda a certeza, deveriam estar feridos, né? É como uma ambulância quando pega uma pessoa até doente, no deslocamento, ela pode falecer", disse Bolsonaro. "Pessoal, problemas acontecem, está certo?", ressaltou.
O presidente disse que conversará sobre o cenário de violência no Pará com o ministro da Justiça, Sergio Moro, e, apesar de reconhecer que é cláusula pétrea, defendeu o trabalho forçado de presidiários no Brasil.
"Eu sonho com um presidio agrícola. É cláusula pétrea, mas eu gostaria que tivesse trabalho forçado no Brasil para esse tipo de gente. Não pode forçar a barra. Ninguém quer maltratar presos nem quer que sejam mortos, mas é o habitat deles, né", ressaltou

JANAÍNA PASCOAL PEDE O IMPEACHMENT DE DIAS TOFFOLI.

*ARQUIVO* SÃO PAULO, SP, 18.02.2019: A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL) em São Paulo. (Foto: Bruno Rocha/Fotoarena/Folhapress) ORG XMIT: 1683125
- A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP), autora do pedido de impeachment contra Dilma Rousseff e recordista com mais de 2 milhões de votos, protocolou na terça (30) um pedido de impeachment contra o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli. 
No último dia 16, a pedido do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), Toffoli determinou a suspensão de investigações criminais pelo país que usem dados detalhados de órgãos de controle -como Coaf, Receita Federal e Banco Central--sem autorização judicial. A medida paralisou uma série de investigações contra corrupção. 
Segundo Janaina argumenta no pedido de impeachment, a decisão de Toffoli contraria a Constituição Federal e o entendimento do próprio STF. Ela diz que a Primeira Turma já julgou que o Coaf pode enviar movimentações que considera suspeitas ao Ministério Público.
"O fato de o ministro desrespeitar entendimento anterior já seria questionável, o fato de, em pleno recesso, em petição avulsa, paralisar todas as investigações contra organizações criminosas do país também já seria passível de grande estranhamento, mas o que torna a ação criminosa é justamente o contexto em que se deu", aponta Janaina

terça-feira, 30 de julho de 2019

HACKER PODE PEGAR 70 ANOS DE PRISÃO.

Walter Delgatti Neto, um dos 4 suspeitos de hackear celulares, é levado para a PF em Brasília. 
Walter Delgatti Neto, apontado e preso pela PF (Polícia Federal) como sendo o responsável por invadir celulares de autoridades, poderá ser punido com mais de 70 anos de prisão. Na manhã desta terça-feira (30), Delgatti e outros três presos na Operação Spoofing passarão por audiência de custódia e podem ter a prisão temporária convertida em prisão preventiva.
Delgatti Neto, conhecido como “Vermelho”, deverá responder pelos crimes de “interceptação de comunicação” e “invasão de dispositivo de informática” para cada conta do aplicativo Telegram que invadiu. 
Em seu depoimento à PF no qual detalhou o método usado para invadir os aparelhos, ele citou 14 nomes entre os quais os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, além dos celulares do procurador chefe da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, e outros membros do MPF (Ministério Público Federal).
Levando em conta estes números, a soma das penas máximas a ser aplicadas unicamente pelo crime de “interceptação de comunicação”, que prevê pena de dois a quatro anos de prisão, chegaria a 56 anos. Já os crimes de “invasões de dispositivos de informática”, que podem ser punidas com até um ano de prisão, resultariam em mais 14 anos de cadeia. Somadas as penas, o tempo na prisão poderia chegar a 70 anos.
No entanto, os agentes consideram que ele possa ter tentado invadir um número bem maior do que o declarado. A polícia suspeita, com base nas investigações preliminares, que Delgatti cometeu crimes com ajuda dos outros três presos na Operação Spoofing, o que poderia configurar ainda organização criminosa.

RESERVAS INDÍGENAS ATRAPALHAM O AGRONEGÓCIO.



O presidente Jair Bolsonaro afirmou  que o excesso de reservas indígenas no País está “inviabilizando o agronegócio”, e levantou dúvidas sobre o assassinato de um cacique da etnia Waiãpi, no Amapá, após relatos de uma possível invasão de garimpeiros a uma terra indígena.
“Nesse caso agora aqui... não tem ainda nenhum indício forte de que esse índio foi assassinado lá agora. Chegaram várias possibilidades. A PF está lá, quem nós pudermos mandar para lá já mandamos para buscar desvendar o caso e buscar a verdade sobre isso aí”, disse o presidente em entrevista na saída do Palácio da Alvorada.
Perícia do Exército Brasileiro declarou que a Polícia Federal não encontrou indícios de invasão de garimpeiros nem de conflitos com indígenas no local. 
“Pelo trabalho pericial feito pela Polícia Federal, um trabalho científico de peritos, não houve, até o momento, indícios de invasão e, consequentemente, não houve conflito”, afirmou o comandante do Exército no Amapá, general Luiz Gonzaga Viana Filho.
“A perícia feita pela equipe técnica científica da Polícia Federal, com uso de peritos florestais, drones e outros equipamentos, não constatou nenhum indício de invasão, nem de garimpeiros, nem de terceiros. Houve a notícia, provavelmente se assustaram e se comentou de uma invasão que, em trabalho científico pericial, não foi constatada”, complementou Viana Filho.
Ao comentar o caso, Bolsonaro fez questão de primeiro defender a legalização dos garimpos, inclusive em terras indígenas. Segundo o presidente, é uma medida que os índios também querem.
 É intenção minha regulamentar o garimpo, legalizar o garimpo. Inclusive para índio, que tem que ter o direito de explorar o garimpo na sua propriedade.Jair Bolsonaro, presidente
O governo prepara um projeto de lei para ser encaminhado ao Congresso alterando a legislação que trata de terras indígenas para permitir o garimpo

REABASTECIDOS NAVIOS IRANIANOS SEGUEM VIAGEM.

Paranagua (PR), 25/07/2019 - Navio iraniano / Impasse - O navio iraniano Bavand está sem combustível devido a um impasse com o governo. A embarcação está próximo ao porto de Paranagua (PR) segundo informações o capitão diz que está com falta de alimentos e água potavel a bordo. (Foto: Ernani Ogata/Código19/Folhapress) País ORG XMIT: AGEN1907251732671628
 - Após determinação judicial, a Petrobras deu início, na manhã deste sábado (27), ao abastecimento de dois navios iranianos que estão parados há quase 50 dias no porto de Paranaguá (PR).
A petroleira vinha se negando"‹ a vender combustível para as embarcações, sob o argumento de que ambas estão na lista de empresas sancionadas pelos Estados Unidos.
A justificativa era de que, ao fornecer óleo aos navios, a própria Petrobras estaria sob risco de sofrer penalidades pelas autoridades norte-americanas.
São dois os navios iranianos fundeados em Paranaguá, o Bavand e o Termeh. Eles trouxeram ureia ao Brasil e deveriam retornar com milho ao país persa.
Na noite da última quarta-feira (24), o presidente do STF, Dias Toffoli, determinou que a estatal fornecesse combustível. Segundo a decisão do ministro, a empresa brasileira Eleva Química -responsável pelas cargas das embarcações- não está na lista de agentes que são alvo de sanção pelos EUA.
O Bavand já tem embarcado quase 50 mil toneladas de milho, e o Termeh aguarda o carregamento de outras 60 mil toneladas, que será feito no porto de Imbituba (SC). A carga é avaliada em aproximadamente R$ 100 milhões.
A expectativa era a de que o abastecimento fosse concluído ainda neste sábado e que os navios iniciem o retorno ao Irã durante este fim de semana. A previsão é de uma viagem de 37 dias.
Toffoli -que decidiu o caso após uma disputa judicial nas instâncias inferiores- também argumentou possíveis prejuízos causados à balança comercial do país com o Irã, que é o maior comprador de milho brasileiro.
Teerã respondeu por 27,8% das vendas externas do grão em 2018, adquirindo 6,37 milhões de toneladas, cujo valor chegou a US$ 1,09 bilhão (R$ 4,12 bilhões).
Ele disse ainda que não há possibilidade de a Petrobras sofrer sanções dos EUA, uma vez que o reabastecimento será feito por ordem judicial

PSDB PRESSIONA PELA SAÍDA DE AÉCIO NEVES DO PARTIDO.

Imagem do PSDB está abalada com a opinião pública por manter Aécio Neves em seus quadros.
A pressão do grupo do PSDB de São Paulo pela expulsão do correligionário Aécio Neves (MG) atrasou um processo de afastamento consensual dele, que já estava em fase avançada de negociação nos bastidores na legenda. A informação foi obtida pelo HuffPost em conversas com mais de dez tucanos e interlocutores ao longo da última semana.
A intenção era fazer o deputado federal se licenciar do PSDB de forma espontânea, mas passando a impressão pública de que ele liderava o processo de negociações e tomava a decisão por conta própria. Porém, declarações repetidas, especialmente do prefeito de São Paulo, Bruno Covas, falando na necessidade de expulsar Aécio, fizeram o processo dar passos para trás.
Neste domingo (28), em entrevista à Rede TV!, o prefeito voltou a falar nominalmente no ex-senador. “O partido não fez sua lição de casa e acabou sendo punido pela população na eleição do ano passado. (...) O partido aqui [em São Paulo] já solicitou ao Diretório Nacional que abra o processo de expulsão do deputado Aécio Neves”, disse Covas.
“Com essa pressão pública, se Aécio decidir se licenciar agora vai parecer que está cedendo. Não fará isso. Vai com certeza deixar o processo correr”, comentou um nome bastante próximo ao deputado de Minas.
Procurado pelo HuffPost, o ex-senador e ex-governador mineiro não quis comentar o assunto

O PAI DESAPARECIDO DO PRESIDENTE DA OAB.

Fernando tinha apenas 26 anos quando desapareceu. Foto: Reprodução/Facebook
Fernando tinha apenas 26 anos quando desapareceu. Foto: Reprodução/Facebook
Nesta segunda-feira (29), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) quis provocar o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Felipe Santa Cruz, citando o pai dele, que está entre os desaparecidos da ditadura militar no Brasil.
O presidente, que já se mostrou diversas vezes favorável à ditadura e que já afirmou que tem um torturador como ídolo, disse: “Um dia, se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, conto pra ele. Ele não vai querer ouvir a verdade”.
Após a declaração de Bolsonaro, Santa Cruz respondeu dizendo que o presidente mostrava ter traços de caráter graves, como crueldade e falta de empatia. Em nota, ele relembrou um pouco sobre seu pai e disse que ele tinha um compromisso com a democracia.

LÍDERES DE ESQUERDA QUEREM O AFASTAMENTO DE MORO.

*ARQUIVO* BRASÍLIA, DF, 02.07.2019: O ministro da Justiça, Sergio Moro, depõe na CCJ da Câmara sobre o vazamento de mensagens ligadas à Lava Jato. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)
- O governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) e o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Guilherme Boulos (PSOL-SP), assinam uma nota defendendo a liberdade de imprensa e pedindo o afastamento do ministro Sergio Moro e do procurador Deltan Dallagnol de suas funções.
O documento também é subscrito pelo ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho, o ex-senador Roberto Requião e a ex-candidata à vice-presidência da República Sônia Guajajara.
A nota se baseia em atos e falas de representantes do governo federal decorrentes da publicação de mensagens, pelo site The Intercept Brasil, trocadas entre o Moro e procuradores da Lava Jato.
"São absurdas as ameaças contra o jornalista Glenn Greenwald [americano, fundador do The Intercept Brasil], seja por palavras do presidente da República ou por atos ilegais, a exemplo da portaria 666, do Ministério da Justiça", diz o texto.
Na sexta (26), o ministro da Justiça publicou uma portaria que estabelece um rito sumário de deportação de estrangeiros considerados "perigosos" ou que tenham praticado ato "contrário aos princípios e objetivos dispostos na Constituição Federal".
No sábado (27), o presidente Jair Bolsonaro disse em entrevista que Greenwald "talvez pegue uma cana aqui no Brasil".
O manifesto também se diz solidário à ex-deputada Manuela D'Ávila, "que não praticou nenhum ato ilegal". Walter Delgatti Neto, suspeito de ter hackeado celulares de autoridades, disse à Polícia Federal que conseguiu o contato de Greenwald por intermédio de D'Ávila. Ela confirma.
A autoridades, Moro chegou a dizer que as mensagens apreendidas com os hackers detidos pela PF serão destruídas.
"Em qualquer outro país democrático do mundo isso [o afastamento de Moro do cargo] já teria ocorrido, pois está evidente que Moro não se comporta de acordo com a legalidade, insistindo em espantosos abusos de poder", afirma o texto assinado por líderes da esquerda

segunda-feira, 29 de julho de 2019

FORO DE SÃO PAULO QUER DETER AVANÇO DA DIREITA.

Simpatizantes do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, participam de marcha em apoio ao governo durante ato do Foro de São Paulo, em Caracas, 27 de julho de 2019
Aos gritos de "Não ao intervencionismo", participantes do Foro de São Paulo, reunidos neste sábado (27), em Caracas, expressaram seu apoio ao governo venezuelano, ao mesmo tempo em que afirmaram a necessidade de renovar a esquerda diante do avanço de governos de direita na região.
Centenas de militantes governistas marcharam no centro de Caracas até um palanque, onde partidários da esquerda de vários países faziam discursos em repúdio ao "intervencionismo" na Venezuela, cujo governo atribuiu a pior crise de sua história recente a sanções e bloqueios dos Estados Unidos.
O foro, celebrado entre 25 e 28 de julho, discute "a necessidade de uma unidade continental para frear os avanços da extrema direita e da direita no continente", disse à AFP o ex-guerrilheiro colombiano Rodrigo Granda.
"A direita avançou em parte por alguns erros nossos, por outro lado por uma política criminosa de terror e estamos vendo isso país a país, em cada uma das partes do continente", disse Granda, ex-integrante das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Apesar do terreno conquistado pela direita em países como Brasil, Argentina, Chile e Peru, participantes do Foro de São Paulo - criado em 1990 no Brasil - afirmam que a esquerda segue de pé.
"Este foro nos reanima (...) porque tem gente que está desanimada com uma guerra que busca afetar a psiquê", afirmou Carmen Esparragosa, advogada de 47 anos, que agitava um cartaz com a foto do falecido presidente Hugo Chávez (1999-2013).
Enquanto isso, o parlamentar opositor Stalin González acusava o "regime" de Nicolás Maduro de "desperdiçar milhões de dólares organizando foros que não trazem nenhuma solução aos problemas reais do país", enquanto "a Venezuela padece a maior emergência humanitária da região".

NAVIOS IRANIANOS FORAM ABASTECIDOS POR ORDEM DO STF.

**ARQUIVO** BRASÍLIA, DF, 20.09.2018: O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, concede entrevista à Folha em seu gabinete no Supremo. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - ​O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, determinou na noite de quarta-feira (24) que a Petrobras forneça combustível a dois navios iranianos que estão parados há quase 50 dias no porto de Paranaguá (PR).
A Petrobras vinha se negando​ a vender combustível para os dois navios, sob a justificativa de que as embarcações estão na lista de empresas sancionadas pelos Estados Unidos. O argumento da companhia brasileira era que, ao fornecer óleo aos navios, a própria Petrobras estaria sob risco de sofrer penalidades pelas autoridades norte-americanas.
Na decisão, Toffoli argumenta que a empresa brasileira Eleva Química -responsável pelas embarcações- não está na lista de agentes sancionados pelos EUA.
São dois os navios iranianos fundeados em Paranaguá, o Bavand e o Termeh. Eles trouxeram ureia ao Brasil e deveriam retornar com milho ao país persa.
O Bavand já tem embarcado quase 50 mil toneladas de milho e o Termeh aguarda o carregamento de outras 60 mil toneladas. A carga é avaliada em aproximadamente R$ 100 milhões.
O presidente do STF -que decidiu o caso após uma disputa judicial nas instâncias inferiores- também argumentou prejuízos causados à balança comercial do país com o Irã, que é o maior comprador de milho brasileiro.
Ele disse ainda que não há possibilidade de a Petrobras sofrer sanções dos EUA, uma vez que o reabastecimento será feito por ordem judicial

PERGUNTA SOBRE HELICÓPTERO DA FAB É IDIOTA.


O QUE NÃO CONTARAM SOBRE OS HACKERS DE ARARAQUARA.


Por mais que tenha pipocado uma centena de instruções sobre como proteger os dados da ação de hackers, tanto você, leitor, quanto o ministro da Justiça, Sérgio Moro, dificilmente estarão 100% seguros.
Essa é a avaliação de especialistas em segurança da informação ouvidos pelo HuffPost Brasil. Eles acreditam que apenas o não uso do aplicativo Telegram pelas autoridades brasileiras poderia ter evitado que elas fossem vítimas de hackers. 
“Eu, se fosse o Sérgio Moro, jamais utilizaria um serviço comercial de mensagem. Quem tem mais interesse em proteger informações, tem que se proteger ainda mais com coisas não acessíveis”, afirmou ao HuffPost Paulo Gontijo, professor especialista em Segurança da Informação do IGTI (Instituto de Gestão e Tecnologia da Informação).
Nesta semana, a Polícia Federal prendeu quatro pessoas suspeitas de arquitetar os ataques que expuseram a vulnerabilidade da República. Na sexta (26), foi divulgado o depoimento de um dos presos, Walter Delgatti Filho, 30. De acordo com o documento, ele relatou como teve acesso às mensagens e como as enviou ao jornalista Glenn Greenwald. 
Além de Sérgio Moro e do procurador da República, Deltan Dallagnol, que já se sabia terem sido alvo de hackers, também foram vítimas o presidente da República, Jair Bolsonaro, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), além de integrantes do STF (Supremo Tribunal Federal) e do STJ (Superior Tribunal de Justiça). 
Pelo Twitter, Moro comentou algumas vezes ao longo da quinta-feira (25) o assunto e destacou que não havia nada a ser feito, em questões de segurança, para evitar o episódio

POLICIA PRENDE SUSPEITOS DO ROUBO DO OURO EM GUARULHOS.

SÃO PAULO, SP, 26/07/2019 - Coletiva de imprensa no auditório do DEIC zona norte de SP referente roubo de 750 quilos de ouro no terminal de cargas do aeroporto de guarulhos na grande SP ultima quinta (25). (Foto: Marcelo Goncalves/Sigmapres/Folhapress)
 - A Polícia Civil de São Paulo prendeu na noite deste sábado (27) o aeroviário Peterson Patrício, 33, sob a suspeita de ter participado do roubo de 720 quilos do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na última quinta (25).
Patrício é funcionário do terminal de cargas do aeroporto e alegou ter sido obrigado pelos criminosos a ajudar no roubo após ter sido mantido refém junto com a família.
Nas imagens referentes ao momento do roubo, captadas pelo sistema de segurança do aeroporto, o aeroviário é o primeiro a aparecer saindo de uma caminhonete clonada da Polícia Federal.
Ele indicou aos outros integrantes da quadrilha o local exato onde estavam os malotes de ouro, cujo valor estimado supera R$ 120 milhões, e chegou a transportar algumas peças que estavam soltas em um contêiner.
A polícia investiga um segundo funcionário do aeroporto sob a suspeita de participado no crime. A Justiça, porém, ainda não acatou o segundo pedido de prisão.
Segundo a Folha de S.Paulo apurou, as suspeitas começaram a recair sobre o funcionário após uma série de contradições em sua versão sobre o crime. Os detalhes da prisão devem ser fornecidos pela Polícia Civil ao longo deste domingo

PARLAMENTARES DIZEM QUE MORO EXTRAPOLOU OS LIMITES.

***FOTO DE ARQUIVO*** BRASÍLIA, DF, 02.07.2019 - Ministro da Justiça, Sergio Moro, depõe na CCJ da Câmara sobre o vazamento de mensagens ligadas à Lava Jato, em Brasília. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)
) - O envolvimento do ministro da Justiça, Sergio Moro, nos desdobramentos da Operação Spoofing, que prendeu quatro supostos hackers nesta semana, reacendeu a pressão de alas do STF (Supremo Tribunal Federal) e do Congresso para que os dois Poderes deem resposta à atuação do ex-juiz da Lava Jato.
A avaliação de ministros da corte e de parlamentares da cúpula da Câmara e do Senado é a de que Moro extrapolou os limites de sua competência como ministro de Estado ao indicar que teve acesso a dados de uma investigação sigilosa da Polícia Federal.
A suposta quebra do sigilo do inquérito e o possível abuso de autoridade de Moro tornaram-se eixos de um processo de desestabilização.
Em conversas reservadas, políticos e magistrados dizem que a permanência do ministro no governo de Jair Bolsonaro (PSL) ficou insustentável e defendem que ele se afaste do cargo até a conclusão das investigações.
"Moro está confundindo de vez o papel do juiz com o de ministro. Diferentemente do que disse na Câmara, de que acompanhava a investigação apenas como vítima, ele deu sinais de que comanda a investigação ao violar seu sigilo [da investigação]. A lei de abuso de autoridade está na berlinda", disse à reportagem o líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL).
Há uma discussão em curso para convocar o ministro, tão logo acabe o recesso parlamentar, a dar explicações ao Congresso sobre o seu acesso ao inquérito. A ideia é que Moro seja provocado a responder como e em quais condições obteve a lista de autoridades hackeadas --uma vez que, na condição de ministro, ele não poderia ter ingerência sobre investigações da PF.
Parte dos congressistas também defende a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a atuação de Moro e cobrar que ele diga, claramente, se viu o conteúdo das mensagens hackeadas.
Integrantes da base do governo no Congresso dizem, no entanto, que Moro apenas cumpriu seu papel como ministro da Justiça e, consequentemente, comandante da Polícia Federal.

quinta-feira, 18 de julho de 2019

PROCURADORA GERAL VAI RECORRER DA DECISÃO DE TOFFOLI.

***ARQUIVO*** BRASÍLIA, DF, 04.04.2018 - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge. )
- A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, avalia recorrer da decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, que paralisa inquéritos e ações penais que tenham usado dados pormenorizados de órgãos de controle -como Coaf, Receita e Banco Central- sem autorização judicial prévia.
A PGR (Procuradoria-Geral da República) tem discutido estratégias para o possível recurso em grupos de trabalho de procuradores e pediu aos colegas um levantamento de casos potencialmente afetados. Um dos dados buscados pelo órgão é quantos processos com réus presos poderão ser suspensos.
A decisão de Toffoli, assinada na segunda-feira (15) e divulgada na terça (16), atendeu a um pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). Embora a determinação do presidente do STF seja geral, para suspender casos em todas as instâncias da Justiça pelo país, ela também beneficia Flávio.
O senador, filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), é investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro sob suspeita de desviar parte dos salários de funcionários de seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa fluminense, no caso que envolve o ex-assessor Fabrício Queiroz.
A apuração partiu de um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) e, posteriormente, obteve quebra de sigilo por ordem judicial. Para a defesa, o Ministério Público usou o Coaf como "atalho" para burlar o controle judicial no início da investigação.
Nesta quarta-feira (17), as forças-tarefas das operações Lava Jato e Greenfield em Curitiba, Rio, São Paulo e Brasília divulgaram nota externando "grande preocupação" com a decisão de Toffoli e pedindo urgência na análise do tema pelo plenário do Supremo.
"A referida decisão contraria recomendações internacionais de conferir maior amplitude à ação das unidades de inteligência financeira, como o Coaf, inclusive em sua interação com os órgãos públicos para prevenir e reprimir a lavagem de dinheiro", diz o texto.
"As forças-tarefas, ao longo dos últimos cinco anos, receberam inúmeras informações sobre crimes da Receita, do Coaf e do Banco Central, inclusive a partir da iniciativa dos órgãos quando se depararam com indícios de atividade criminosa. A base para o compartilhamento na última situação é o dever de autoridades de comunicar atividade criminosa identificada", afirmaram os procuradores.
Segundo eles, embora seja inviável identificar imediatamente quantos dos milhares de procedimentos e processos em curso podem ser impactados, a decisão de Toffoli trouxe risco à segurança jurídica do trabalho deles.
O pedido de Flávio ao STF pegou carona em um processo (um recurso extraordinário) que já tramitava na corte e que tem repercussão geral, ou seja, impacto no desfecho de todos os processos com controvérsia semelhante.
Nesse processo discute-se a possibilidade de órgãos de controle compartilharem com o Ministério Público, para fins penais, informações de contribuintes. O debate dessa questão está marcado para ser realizado no plenário em 21 de novembro.
Para a defesa de Flávio, todos os casos que têm essa controvérsia deveriam estar suspensos até a decisão final do Supremo sobre o assunto

M.P. DO RIO QUER ATUAR NO STF CONTRA FLÁVIO BOLSONARO.

*ARQUIVO* BRASÍLIA, DF, 16.07.2019: O senador Flavio Bolsonaro (PSL-RJ) durante cerimônia de posse do novo presidente do BNDES, Gustavo Montezano, em Brasília. 
) - O Ministério Público do Rio de Janeiro solicitou junto ao STF (Supremo Tribunal Federal) para que possa atuar no processo em que o ministro Dias Toffoli determinou a suspensão de investigações criminais pelo país que usem dados detalhados de órgãos de controle -como Coaf, Receita Federal e Banco Central- sem autorização judicial.
A decisão do ministro foi tomada após pedido do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), alvo de duas investigações na Promotoria fluminense (uma criminal e outra cível).
O Ministério Público fluminense afirma que o caso "pode impactar processos e investigações em curso no Parquet Fluminense, ao suspender os procedimentos em tramitação com dados compartilhados pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf".
A reportagem apurou que a Promotoria decidiu aguardar nova manifestação do STF para seguir com a investigação contra Flávio e outros políticos mencionados no relatório do Coaf. Além do senador, outros oito deputados tiveram as quebras de sigilos bancário e fiscal quebrados em razão do documento.
O relatório do Coaf foi produzido no âmbito da Operação Furna da Onça, que prendeu em dezembro dez deputados estaduais. Ele foi elaborado a pedido do Ministério Público Federal, que solicitou todas as comunicações de movimentações atípicas envolvendo pessoas nomeadas na Alerj.
O órgão federal fez comunicações sobre 85 funcionários de 21 gabinetes da Assembleia, boa parte sem relação com o caso Cabral, incluindo o de Flávio, filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro

PREFEITO DE NOVA YORK RECEBE BRUNO COVAS.

***FOTO DE ARQUIVO*** NOVA YORK, EUA, 15.07.2019 - O prefeito de São Paulo, Bruno Covas. 
- O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, esteve nesta terça (16) com Bill de Blasio, que comanda a cidade de Nova York.
Os dois tiveram uma reunião no gabinete do americano.
Segundo pessoas próximas, a conversa girou em torno de temas como mudanças climáticas, migrações, educação e saúde; em especial sobre saúde mental.
Nesta seara, Nova York exportou suas experiências para outras grandes cidades, como Londres.
Covas aproveitou a oportunidade e convidou Blasio para evento do Banco Mundial em São Paulo, em setembro.
O prefeito de NY virou notícia no Brasil ao comandar uma operação de veto a homenagem da Câmara de Comércio ao presidente Jair Bolsonaro no início do ano.
Na ocasião, ele disse que Bolsonaro não era bem-vindo na cidade e acusou o presidente de ser “homofóbico com orgulho”.
Durante a passagem por NY, Covas fez questão de se distanciar de Bolsonaro, defendendo posições diferentes das do presidente, por exemplo, no que diz respeito ao Acordo de Paris.