sábado, 31 de agosto de 2019

GOVERNADOR DE SÃO PAULO DIZ QUE NUNCA MAMOU NO BNDES.

*ARQUIVO* SÃO PAULO, SP, 03.07.2019: O presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), participam da solenidade de passagem do Comando Militar do Sudeste, na capital paulista. (Foto: Aloísio Mauricio /Fotoarena/Folhapress)
 - Um dia após ser atacado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), rebateu a afirmação de que havia "mamado nas tetas do BNDES".
"Nunca precisei mamar em teta nenhuma", respondeu o tucano nesta sexta (30) ao ser questionado sobre o tema durante visita à Alemanha.
Doria é postulante ao Palácio do Planalto em 2022, e Bolsonaro já declarou que é candidato à reeleição. Nesta sexta, o presidente baixou o tom e disse que a crítica a Doria "não é nada pessoal".
Bolsonaro, em live nas redes sociais na quinta-feira (29), disse que Doria comprou avião executivo a juros subsidiados do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
"João Doria comprou [avião] também. Explica isso aí. Só peixe. Amigão do Lula, da Dilma. Eu vejo o Doria falando de vez em quando 'minha bandeira jamais será vermelha'. É brincadeira! Quando estava mamando lá a bandeira era vermelha com um foiçasso e um martelo sem problema nenhum, né?", disse, encerrando a transmissão na internet com um grito de "ihuuu".
"Não vou entrar nessa polêmica", respondeu Doria nesta sexta. "Essa informação já era pública. Já tínhamos comprado, assim como o Luciano Huck, e não tinha nenhuma caixa preta", disse Doria.
O apresentador de TV, citado por Bolsonaro na mesma transmissão, também é visto como potencial candidato à Presidência em 2022.
Doria reagiu ainda à declaração de que é amigo dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT. "Quero Lula e Dilma distantes, se possível do Brasil, até. Que fiquem onde estão, Lula na prisão e Dilma no ostracismo."
Nas últimas semanas, o governador de São Paulo tem feito uma série de críticas indiretas a Bolsonaro, especialmente à nomeação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, como embaixador nos EUA, e à retórica do governo em relação às queimadas na Amazônia.
Questionado sobre se Bolsonaro estaria antecipando a campanha de 2022, o governador disse que "não é hora de antecipar a campanha. Continuo focado na administração de São Paulo".
Segundo Doria, o presidente não deve ter tido a intenção de atacá-lo, porque o caso da compra dos jatos "não tem problema nenhum". "Não devolvo a ofensa nem vou entrar dentro dessa linha de confronto.

NO CEARÁ ENCONTRO DE CIRO GOMES E FERNANDO HADDAD

***ARQUIVO***CURITIBA, PR, 11.06.2019: Fernando Haddad visita o ex presidente Lula (PT) em Curitiba, após o ministro Gilmar Mendes pedir para o STF a soltura do ex presidente, no departamento da policia federal do parana em Curitiba (Foto: Ernani Ogata/Código19/Folhapress)
- O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad foi recebido sob aplausos e gritos de "Lula Livre" na abertura de um festival de cinema em Fortaleza no qual também estava o ex-governador do Ceará Ciro Gomes.
Ao chegar à abertura do 29º Cine – Festival Ibero-americano de Cinema, nesta sexta (30), Haddad abraçou Gomes. Os dois foram adversários nas eleições presidenciais de 2018.
Desde o pleito, o cearense tem feito críticas recorrentes ao PT e ao ex-presidente Lula.
Em fevereiro, durante um discurso para um público de estudantes na Bienal da UNE (União Nacional dos Estudantes) em Salvador, ele criticou parcela dos jovens por defender políticos envolvidos em corrupção.
“Eu não sou [corrupto], não. Eu estou solto, 38 anos de vida pública, nunca respondi por nenhum malfeito. Eu sou limpo. Eu sou limpo. Engole essa, engole essa”, disse.
Na sequência, repetiu por três vezes a frase dita por seu irmão, o senador Cid Gomes (PDT-CE), logo após o primeiro turno de 2018: “O Lula está preso, babaca”.​
Gomes também recriminou a estratégia do PT de ter colocado o ex-presidente Lula e a sua prisão como protagonistas do discurso político das esquerdas durante as eleições 2018.
No evento desta sexta (30), o ex-prefeito vestia uma camiseta preta com os dizeres "Lula Livre". O atual governador cearense, Camilo Santana (PT-CE), estava ao lado de Gomes.

CONDENARAM LULA A NÃO SER GENTE DIZ A VAZA JATO.

Acusação usa Power Point para provar culpa do ex-presidente Lula. Reprodução
Acusação usa Power Point para provar culpa do ex-presidente Lula. Reprodução

Os integrantes da força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba (PR), devem ter seus motivos para acreditar que o ex-presidente Lula tenha tido um julgamento justo .
Podem acreditar que acelerar os ritos legais para que ele fosse encarcerado antes da eleição tenha contido um mal maior.
Que nunca antes na história do país tantos males foram impetrados contra uma nação até então pura, hoje corrompida, pelo cajado de seu investigado.
Com provas ou não, seus procuradores podem ter as convicções que quiserem a respeito das responsabilidades do ex-mandatário durante seu governo no rombo à Petrobras e aos cofres públicos.
Podem tentar demostrar, em Power Point, que todos os males se convertem em um único nome, com quatro letras.
Podem quase tudo, inclusive escolher quem é ou não digno de pena no sistema carcerário brasileiro.
Só não podem, ou ao menos não deveriam, duvidar de que em uma cela da Polícia Federal em Curitiba tenha uma pessoa. Isso não tem (só) a ver com empatia, afinidade política, flexibilização afetiva diante dos ossos do ofício de quem está lá para acusar. Trata-se de reconhecer a condição humana como um fato, e não como um slide a ser apresentado ao público.
Essa condição empresta ao sujeito algumas noções básicas de...humanidade. Vale para o ex-presidente, vale para seus antecessores, vale para qualquer um que o tenha sucedido.
Vale para mim, vale para você: enquanto o mundo não for gerido por máquinas, a humanidade de quem quer que seja é algo inerente à condição de quem respira e, nesta condição, agir, sentir, pensar, construir uma história, vínculos, valores, memórias, conflitos, dores, limitações, contradições, medos e alegrias.
“O diabo não há! É o que eu digo, se for… Existe é homem humano”, ensinava Guimarães Rosa.
Quando perdeu o neto de sete anos, em março, Lula pediu para ir ao enterro. O pedido, segundo reportagem do portal UOL a partir de mensagens de um chat privado obtido pelo The Intercept Brasil com uma fonte anônima, rendeu intensos debates no grupo de procuradores do Paraná.

DEPUTADO EX PSL CRITICA FAMÍLIA DE BOLSONARO.

*ARQUIVO* SÃO PAULO, SP, 16.08.2019: Deputado federal Alexandre Frota durante sua filiação como membro do PSDB, em São Paulo. (Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress)
 - O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP), que esteve no centro da disputa entre Jair Bolsonaro (PSL) e João Doria (PSDB), ironizou as críticas do presidente ao governador paulista por ter utilizado financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para comprar um jatinho.
"É mais honesto e coerente empresários buscarem financiamento no BNDES. É melhor do que buscar dinheiro no Queiroz Investimento", disse, se referindo a Fabrício Queiroz, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro que está sendo investigado por movimentações financeiras suspeitas e laços com milicianos quando era chefe de gabinete do filho do presidente na Assembleia Legislativa do Rio.
Frota foi um dos mais vocais apoiadores de Bolsonaro na campanha, mas progressivamente se afastou do presidente. Acabou expulso do partido de Bolsonaro, o PSL, abrindo a oportunidade para que Doria o convidasse a ingressar no PSDB.
É crítico do que chama de "radicais olavistas" em torno do presidente, citando o guru dos filhos de Bolsonaro e de alguns ministros, Olavo de Carvalho -"Herculano Quintanilha da Virgínia", segundo Frota, associando o escritor que mora naquele estado americano ao vigarista vivido por Francisco Cuoco na novela "O Astro" (1977-78).
O presidente criticou Doria na noite de quinta (29), quando disse que ele havia "mamado nas tetas do BNDES" nos governos do PT.
Assim como outro potencial rival na eleição de 2022, o apresentador Luciano Huck, o governador utilizou uma linha de financiamento feita para facilitar a venda de aviões executivos da fabricante paulista Embraer. Bolsonaro já havia feito referência à compra de Huck, e agora foi para cima de Doria.

BOLSONARO NÃO VAI MAIS USAR CANETA BIC.

Após atrito com o presidente francês Emmanuel Macron, presidente brasileiro disse que mudará marca de caneta com que assina decretos - Foto: AP Photo/Eraldo Peres
Após atrito com o presidente francês Emmanuel Macron, presidente brasileiro disse que mudará marca de caneta com que assina decretos - 
  • Atritos entre Bolsonaro e o presidente da França se intensificaram com queimadas na Amazônia
Na última quinta-feira (29), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) fez uma transmissão ao vivo no Facebook, na qual anunciou que o indulto de Natal deste ano vai contemplar policiais "presos injustamente". E completou: o decreto será assinado com caneta Compactor, porque a Bic é francesa. A declaração foi feita em meio à crise diplomática entre Brasil e França.

"Tem que ter coragem e usar a caneta... Compactor, não é mais Bic, não. É Compactor agora porque a Bic é francesa. É Compactor", disse o presidente da República.
Desde antes do início do mandato, Bolsonaro usa a caneta Bic como um símbolo da simplicidade e austeridade do governo. Já na cerimônia de posse, uma imagem do presidente usando a caneta popular viralizou nas redes sociais.
Os internautas acreditavam que a caneta usada era da Bic, mas a Compactor foi rápida em reivindicar a produção do objeto. A marca, criada por alemães no Brasil, disse que era uma "honra" Bolsonaro ter assinado o documento de posse com um produto 100% nacional.
No entanto, Bolsonaro seguiu citando a empresa francesa até o atrito com Emmanuel Macron, presidente da França. Em julho, o presidente do Brasil já havia cancelado uma reunião com o chanceler francês. No horário para o qual estava agendada a reunião, ele postou um vídeo cortando os cabelos.
Mas o auge da crise diplomática entre os países foi o fato de Macron ter cobrado do Planalto providências sobre os incêndios que tomaram a Amazônia no mês de agosto. Enquanto o assunto era tratado em caráter emergencial no G7, Bolsonaro respondeu a um comentário de um seguidor no Facebook que comparava a aparência de sua esposa com a de Brigitte Macron. “não humilha cara. kkkk”, comentou o perfil oficial do presidente

SUPREMO VAI JULGAR ANULAÇÃO DA SENTENÇA DE MORO.

*ARQUIVO* BRASILIA, DF, 21.03.2019: O ministro Luiz Edson Fachin durante sessão no STF (Superior Tribunal Federal), em Brasília. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)
 - O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, decidiu ) remeter ao plenário da corte a discussão que levou à anulação da sentença imposta por Sergio Moro contra Aldemir Bendine, ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil.
A condenação foi anulada no dia anterior pela Segunda Turma do STF, por 3 votos a 1, abrindo precedente favorável a outros condenados que seguiram procedimentos semelhantes na Lava Jato --do ex-presidente Lula ao ex-governador do Rio Sérgio Cabral.
Com a decisão de Fachin, na prática, esse efeito cascata sobre os outros processos da operação dependerá da decisão do plenário do Supremo, formado por 11 ministros.
Fachin decidiu enviar a discussão ao plenário afirmando ser preciso preservar a segurança jurídica e a estabilidade das decisões do Supremo, uniformizando os entendimentos das duas turmas existentes.
A Segunda Turma do STF --composta por cinco ministros, mas que teve Celso de Mello ausente na terça-- decidiu anular a condenação de Bendine sob a justificativa de que as defesas apresentaram suas alegações finais nos mesmos prazos, sem distinção entre réus delatores e demais réus acusados.
A corte viu nessa prática um cerceamento ao direito de defesa, porque os delatores trazem acusações que, ao final, não podem ser rebatidas.
Esse procedimento foi repetido ao longo do período em que Moro conduziu os processos como juiz em Curitiba. Ele também foi comum nos processos que geraram condenações somadas de mais de 200 anos de penas a Cabral na Lava Jato do Rio, comandada pelo juiz federal Marcelo Bretas.

sexta-feira, 30 de agosto de 2019

SER JUIZ É SER DONO DO BRASIL?


O hacker Walter Delgatti Neto, preso desde julho por invadir contas de autoridades e entregar o conteúdo ao site The Intercept Brasil, questionou a atuação do ministro da Justiça Sergio Moro, em entrevista à Folha de São Paulo.
“O sr. Sergio Moro tudo pode? Ser juiz é ser dono do Brasil? Quem controla e limita as suas ações e as consequências que impõem a indivíduos e à sociedade brasileira?”, contesta o hacker.
Delgatti Neto ainda afirmou que as informações obtidas por ele são de interesse público. “Em algum momento, a sociedade reconhecerá que a minha contribuição foi legal e defendeu valores importantes para a nossa democracia". Ele está preso no presídio da Papuda, em Brasília, e confessou à Polícia Federal ter acesso as contas do Telegram de procuradores e do juiz da Lava Jato.
Além de Delgatti Neto, há mais três pessoas presas desde julho por hackear contas de autoridades.
O hacker também criticou duramente o procurador Deltan Dallagnon, outro personagem atuando nos diálogos vazados. “Lá na ponta, a quais grupos de interesse ele serve? Como funcionário público, parte do Ministério Público, quais deveres e limites deve respeitar? Quem é o seu senhor? Comprou o Brasil e tudo pode? A qual nação dr. D. Dallagnon e equipe servem? Por qual razão têm tanta dificuldade em explicar-se?".
Ainda na entrevista por escrito, mediada por seus advogados, Delgatti Neto garantiu que nunca teve intenção de vender o conteúdo das mensagens ao PT e nem sequer entrou em contato com políticos do partido.
Delgatti Neto afirmou que não fez nenhuma alteração ou edição no conteúdo das mensagens, fato alegado por algumas autoridades hackeadas. “O que temem? Qual o crime cometido, quando apenas acessei informações de autoria de personalidades públicas e procurei a imprensa para conversar sobre o que descobri? A própria imprensa poderia checar a veracidade das informações e selecionar, sob a liberdade de imprensa, o que deveria publicar”.

DELEGADA DA POLÍCIA FEDERAL AUTORIZOU GRAMPO ILEGAL.

***FOTO DE ARQUIVO*** BRASÍLIA, DF, 28.06.2016: Fachada da sede da Polícia Federal, em Brasília. 
 - Uma delegada e um agente da Polícia Federal admitiram ter instalado uma escuta dentro da superintendência do órgão em Curitiba, sem autorização judicial, para investigar funcionários da corporação suspeitos de atuar contra a Lava Jato nos primeiros anos da operação.
No entanto, após três anos de apurações sobre a conduta dos dois, apenas o agente foi punido -não pela instalação clandestina do equipamento, mas por ter informado "de forma imprópria" a outros policiais federais sobre o grampo.
A delegada que ordenou o grampo ilegal era a então chefe do NIP (Núcleo de Inteligência Policial) do Paraná, Daniele Gossenheimer Rodrigues, superior hierárquica do agente Dalmey Fernando Werlang, lotado no núcleo.
Vídeos e documentos da Sindicância Investigativa nº 5/2015, que tramitou sob sigilo e investigou o episódio do grampo, foram obtidos pela reportagem. Procurada, a Polícia Federal confirmou que houve a apuração e que foi aplicada a punição ao agente -18 dias de suspensão, em novembro de 2018.
Daniele é casada com o delegado Igor Romário de Paula, que foi integrante da força-tarefa da Lava Jato na PF de Curitiba. Depois que o ex-juiz Sergio Moro se tornou ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, o delegado virou diretor de combate ao crime organizado da corporação, em Brasília. 
Já ela foi designada em maio substituta da divisão antiterrorismo da Diretoria de Inteligência Policial.
Do fim de 2014 ao início de 2015, quando chefiava o NIP do Paraná, Daniele recebeu informações sobre suspeitas segundo as quais delegados teriam montado um dossiê contra a Lava Jato e pretendiam repassar os dados a advogados que defendiam acusados da operação.

MULHER DO PRESIDENTE DA FRANÇA AGRADECE AO POVO BRASILEIRO.

Mulher do presidente francês, Brigitte Macron, durante uma visita a Azincourt, no norte da França, em 29 de agosto de 2019
A mulher do presidente da França, Brigitte Macron, agradeceu aos brasileiros, nesta quinta-feira (29), por seu apoio após um comentário ofensivo feito pelo presidente Jair Bolsonaro.
"Apenas queria dizer (...), já que vejo que há câmeras, duas palavras para os brasileiros e as brasileiras, em português (...): 'Muito obrigada!' Muito, muito obrigada a todos que me apoiaram", declarou a primeira-dama da França durante uma visita ao norte do país.
"Os tempos mudam. Alguns estão dentro do trem da mudança (...) Mas nem todos estão: alguns ficaram na plataforma", afirmou, sob forte aplauso, durante um discurso em Azincourt, onde participou de um evento oficial.
"Espero que ouçam isso. Me emocionou muito", acrescentou ela, mais tarde, ao se referir ao apoio de muitos brasileiros, após o episódio envolvendo Bolsonaro.
"Para além de mim mesma, é por todas as mulheres. Todas as mulheres se viram afetadas. (...) As coisas estão mudando. Todo o mundo deve estar consciente disso. Há coisas que não se pode mais dizer e coisas que não se pode mais fazer", insistiu.
Realizada no fim de semana passado em Biarritz, a última cúpula do G7 deu origem a um embate diplomático entre Bolsonaro e seu colega francês, Emmanuel Macron, em relação aos atuais incêndios da Amazônia.
As declarações ofensivas do brasileiro sobre a primeira-dama francesa levaram Macron a desejar abertamente, diante das câmeras do mundo inteiro, que o "povo brasileiro tenha muito rapidamente um presidente que se comporte à altura".
Os internautas brasileiros inundaram as redes, condenando a atitude do presidente com a hashtag #DesculpaBrigitte

PROCESSO CONTRA LULA VOLTA A ESTACA ZERO.

***ARQUIVO***BRASILIA, DF, 21.03.2019: O ministro do STF Luiz Edson Fachin durante sessão plenária sob a presidência do ministro Dias Toffoli. 
- O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin determinou que uma ação penal que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) responde em Curitiba, sob acusação de receber da Odebrecht um terreno para o Instituto Lula, volte para a fase das alegações finais.
A decisão de Fachin, desta quarta-feira (28), teve como base o entendimento firmado nesta terça (27), pela Segunda Turma do STF, de que os réus delatores devem apresentar primeiro suas alegações finais, para, depois, os réus delatados se manifestarem.
Com a determinação de Fachin, o processo sobre o Instituto Lula, que estava pronto para ser sentenciado, deve levar mais tempo. As alegações finais são a última etapa de uma ação penal antes da sentença que pode absolver ou condenar os réus. É a última oportunidade para as partes apresentarem seus argumentos.
"Ordeno [...] a reabertura de prazo para apresentação ou complementação das alegações finais das partes, no prazo de cinco dias previsto no [...] Código de Processo Penal, as quais deverão ser colhidas, de forma sucessiva, inclusive em relação aos réus colaboradores, nos termos do recentemente decidido, por maioria, pela Segunda Turma desta Suprema Corte", escreveu o ministro.

REVISTA DESCOBRE O PARADEIRO DE FABRÍCIO QUEIROZ.

Fabrício Queiroz é investigado por movimentação financeira atípica quando atuava no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj. (Foto: Reprodução)
  • Ex-assessor de Flávio investigado pelo MP estaria morando em São Paulo, segundo a Veja
  • Fabrício Queiroz está “sumido” desde janeiro deste ano, quando veio à tona a investigação
Fora dos holofotes desde que veio à tona a investigação do Coaf (Conselho de Atividades Financeiras), Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), foi localizado vivendo no bairro do Morumbi, em São Paulo
Ex-PM e homem de confiança da família Bolsonaro, Queiroz é alvo do Ministério Público devido a uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em uma conta mantida por ele quando era assessor do gabinete de Flávio na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).
A revista afirma ter seguido Queiroz durante 3 meses para confirmar seu paradeiro. A escolha do bairro paulistano de classe alta se deve pela proximidade com o Hospital Albert Einstein, onde o ex-assessor estaria fazendo um tratamento contra um câncer de cólon.
A última aparição pública de Queiroz foi exatamente no Einstein, em 12 de janeiro deste ano, quando um vídeo no qual aparece dançando no hospital durante a recuperação de uma cirurgia.
Nesta segunda-feira (26), por volta das 17h50, Queiroz teria sido flagrado pela Veja na recepção do Centro de Oncologia e Hematologia do Albert Einstein.
De boné preto e óculos de grau, o ex-assessor de Flávio chegou desacompanhado, passou alguns minutos na lanchonete do hospital, onde tomou um café, e cerca de uma hora depois deixou o local. No aspecto físico, segundo a reportagem da revista Veja, Queiroz está apenas ligeiramente mais magro do que no ano passado

MINISTRO DA EDUCAÇÃO COMETE ERRO DE PORTUGUÊS.

Ofício de Weintraub foi enviado ao ministro da Economia, Paulo Guedes. (Foto: REUTERS/Adriano Machado)
  • Abraham Weintraub, ministro da Educação, escreveu ‘paralização’ duas vezes em ofício do ministério
  • Documento foi enviado ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e manifestava preocupação com as verbas para 2020
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, escreveu, duas vezes, a palavra “paralisação” usando a letra Z em um documento oficial endereçado ao ministro da Economia, Paulo Guedes.
O ofício enviado por Weintraub alertava que os recursos previstos para sua pasta para o ano que vem não são suficientes para a prestação de serviços públicos e pode levar à interrupção das atividades em universidades públicas,.
.A solução de Weintraub, conforme apontou no documento, é um aumento de R$ 9,8 bilhões em verbas de despesas discricionárias - não obrigatórias. Caso o aumento seja concretizado, os recursos previstos para esses gastos chegarão ao patamar de R$ 26 bilhões.
“Com a redução de bolsistas de mestrado e doutorado, há paralização (sic) de pesquisas e risco de evasão de pesquisadores para atuação no exterior, comprometendo o desenvolvimento da ciência e tecnologia no país”, escreve o ministro na página 4 do ofício, datado de 15 de agosto deste ano.
"O referencial monetário apresentado ao MEC impossibilita a destinação de menos da metade do orçamento que as universidades e institutos possuem atualmente. Com isso, haverá a paralização (sic) de cursos, campi e possivelmente instituições inteiras, comprometendo a educação superior e a educação profissional e tecnológica (EPT)", continua Weintraub na página 6.
Ainda no documento, o ministro da Educação citou pautas sensíveis do governo Bolsonaro, como ampliação do número de escolas cívico-militares. Weintraub também manifestou preocupação com o risco de “recepção desfavorável na sociedade em geral e na imprensa” se forem suspensas bolsas de estudo no País e exterior

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

GRUPO SILVIO SANTOS PODE ESTAR ENVOLVIDO NA LAVA JATO.

Fachada do SBT, em Osasco (SP) (Foto: Reprodução/Google Street View)
Fachada do SBT, em Osasco (SP) (Foto: Reprodução/Google Street View)
Um operador financeiro preso pela Operação Lava Jato afirmou ter lavado milhões de reais para o Grupo Silvio Santos. O crime teria ocorrido por meio de contratos fraudados de patrocínio esportivo.
As afirmações são do operador financeiro Adir Assad e constam nos anexos de seu acordo de colaboração premiada firmado com integrantes da Lava Jato.
Os depoimentos de Assad foram compartilhados entre procuradores do MPF (Ministério Público Federal) no aplicativo Telegram, e revelados em mensagens vazadas pelo pelo site The Intercept Brasil em parceira com o jornal Folha de São Paulo

AS DELAÇÕES DE ANTONIO PALOCCI À POLICIA FEDERAL.

***ARQUIVO***SÃO PAULO, SP, 26.09.2016: O ex-ministro da Casa Civil e da Fazenda Antonio Palocci (PT) deixa a sede da Policia Federal em São Paulo. (Foto: Danilo Verpa/Folhapress)
- O ex-ministro Antonio Palocci foi preso em setembro de 2016 em um braço da Operação Lava Jato batizado como Omertà, um termo napolitano que define o código de honra das organizações mafiosas do sul da Itália.
A Lava Jato comparava, assim, os petistas aos mafiosos, que cobravam de seus comparsas silêncio após uma eventual captura. Mais tarde, com a revelação de troca de mensagens de Telegram entre procuradores, obtidas pelo site The Intercept Brasil, a relação ficou explícita.
A expressão aparece num dos diálogos em que procuradores comentam o que eles consideravam fragilidade da delação do ex-ministro. Eles apontam que até o então juiz Sergio Moro usava a palavra omertà para se referir ao silêncio dos petistas.
"Russo [apelido de Moro na força-tarefa] comentou que embora seja difícil provar ele é o único que quebrou a omertà petista", disse o procurador Paulo Roberto Galvão a seus colegas num grupo de mensagens do aplicativo em 25 de setembro daquele ano.
Moro tinha dúvidas sobre as provas apresentadas por Palocci, segundo os diálogos, mas resolveu dar publicidade a trechos da delação na véspera da eleição presidencial de 2018.
Palocci não conseguiu fechar um acordo delação premiada com a Procuradoria, que justificou falta de provas. Mas a colaboração foi aceita pela Polícia Federal e homologada no Tribunal Regional Federal da 4ª Região.
O ex-ministro saiu da prisão em novembro de 2018. Ficou estipulado que ele pagaria uma multa de R$ 37 milhões à Lava Jato.
O acordo do ex-ministro estava sob segredo de Justiça, mas o resumo do que ele disse aos investigadores veio a público após o ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), decretar a redistribuição das investigações do que foi revelado por Palocci. Há no documento um pequeno resumo das histórias contadas por ele.
Palocci relata em 23 capítulos pagamentos de propina e negócios ilícitos com as maiores empreiteiras do país, bancos, empresa de seguros, rede de supermercados, mineradora, empresas do setor alimentício.Os beneficiários da propina, segundo o ex-ministro, foram partidos políticos, sobretudo o PT, que expulsou Palocci quando ele negociou delação

TRABALHO VOLUNTÁRIO É REGULADO POR DECRETO.

O presidente Jair Bolsonaro,e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, durante a cerimônia de comemoração ao Dia Nacional do Voluntariado.
O presidente Jair Bolsonaro,e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, durante a cerimônia de comemoração ao Dia Nacional do Voluntariado. -l
Umas das ações é a instrução normativa, a ser editada pelo Ministério da Economia, que estabelece o trabalho voluntário como critério de desempate em seleções públicas. Segundo a primeira-dama, no âmbito do Ministério da Educação, o trabalho voluntário será computado como crédito complementar nas instituições de ensino federais e estaduais.
Será feito ainda um trabalho de divulgação e promoção da Resolução nº 2/2018, do Conselho Nacional de Educação, que estabelece diretrizes nacionais para o voluntariado de estudantes no âmbito da educação básica. “O Artigo 8 preconiza que os sistemas de ensino poderão utilizar os espaços e infraestruturas disponíveis para a realização das atividades de trabalho voluntário visando integrar os educandos às comunidades locais e ao entorno escolar”, afirmou Michelle, em seu discurso.
Em julho, o Ministério da Cidadania lançou o Pátria Voluntária, que busca incentivar a participação dos cidadãos na promoção de práticas sustentáveis, culturais e educacionais voltadas à população brasileira mais vulnerável. O trabalho voluntário, de caráter não-remunerado, é articulado entre o poder público, organizações da sociedade civil e o setor privado.
“O Estado, sozinho, não consegue resolver tudo, o trabalho voluntário fortalece muito a área social e é embalado pela solidariedade humana. O ser humano é humano pela sua capacidade de cooperar, de não deixar as pessoas para trás, de trazer junto na construção de um mundo melhor para se viver”, ressaltou o ministro da Cidadania, Osmar Terra, também presente no evento.
Para ele, as medidas adotadas pelo governo, partindo do funcionalismo público, vão fazer com que a mobilização chegue à área privada, “onde já existe um movimento, mas que pode ser maior”

MINISTRO DO MEIO AMBIENTE FICOU INTERNADO EM BRASÍLIA.

BRASÍLIA, DF, 28.08.2019 – RICARDO-SALLES: O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, deixa o HFA (Hospital das Forças Armadas) em Brasília, onde esteve internado desde a noite de terça-feira (27) por conta de um mal estar. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)
- O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, 44, foi internado na noite de terça-feira (27) em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital das Forças Armadas, em Brasília. Ele deu entrada na unidade médica após sentir um mal-estar.
De acordo com o Ministério da Defesa, a equipe do hospital optou pela internação de Salles para realizar exames de rotina e o quadro de saúde evoluiu bem, "sem intercorrências clínicas".
No início da tarde, o ministro Fernando Azevedo e Silva (Defesa) esteve no hospital. Segundo ele, os exames realizados em Salles constaram um quadro de estresse.
"Foi um estresse, vamos dizer, ambiental", disse, ao deixar o HFA. Azevedo negou que Salles tenha sofrido um princípio de infarto.
"Os exames deram normal, e ele recebeu alta agora [14h]. Fez exames ergométricos, do coração, exame de sangue. Constataram a normalidade."
Do hospital, o ministro seguiu para casa, onde deve ficar cinco dias de repouso.
Salles também publicou um vídeo em uma rede social, agradecendo as mensagens de apoio recebidas.
O ministro participaria pela manhã de uma cerimônia organizada pelas Forças Armadas. Segundo o Ministério da Defesa, ela foi adiada.
Bolsonaro disse que não sabia da internação e foi informado pelos veículos de imprensa durante encontro com o presidente do Chile, Sebastián Piñera, nesta quarta.
"Ele está bastante jovem, né? Mas ele não está nessa pilha de nervos. Nós estamos muito bem, estamos conversando e é uma pessoa excepcional", disse.
No final da manhã, após evento no Palácio do Planalto, o presidente disse que recebeu a informação de que Salles estava bem e que logo receberia alta. "Já, já ele vai ter alta e vai vir me ver. Ele está com saudades de mim.

PROJETOS PREJUDICIAIS AO MEIO AMBIENTE PODERÃO SER SUSPENSOS.

***ARQUIVO***BRASILIA, DF, 07.08.2019: O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)- Um grupo de ex-ministros do Meio Ambiente entregou nesta quarta-feira (28) ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), uma carta em que pedem a suspensão imediata da tramitação de projetos que possam "agravar a situação ambiental no país". 
O documento é assinado por nove ex-ministros do Meio Ambiente, representantes de entidades ligadas à proteção ambiental e o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz. 
No texto, eles pedem também que sejam realizadas audiências públicas para a elaboração de um plano emergencial de ações "para o enfrentamento da crise ambiental em curso, com a redução imediata do desmatamento e queimadas e proteção das populações tradicionais". 
Os ex-ministros denunciam o desmonte de órgãos ligados à proteção ambiental. "Esses fatos, senhor Presidente, exigem de nossas instituições respostas à altura. O Parlamento brasileiro tem o dever histórico de atuar como moderador e oferecer um canal de diálogo com a sociedade, única forma de reverter essa assustadora realidade", dizem. 
"Que se faça uma moratória de projetos que são antiambientais para que dê uma sinalização forte para dentro e para fora de que não estamos dando sinal trocado", afirmou a ex-ministra Marina Silva (governo Lula). 
Ao grupo, Maia disse que o discurso do presidente Jair Bolsonaro sobre as questões ambientais não sinalizam o que na prática está sendo feito pelo governo. E afirmou que a "a palavra do presidente da República tem muita força e precisa ser colocada sempre com muito cuidado". 
Ele também mostrou insatisfação com a aprovação da proposta de emenda constitucional votada nesta terça-feira (27), que permite a exploração agropecuária de terras indígenas. "Eu avisei na semana passada que não era nem o momento de ser aprovada na CCJ", afirmou.

STF ANULA CONDENAÇÃO DE SÉRGIO MORO.

BRASÍLIA, DF, 27.08.2019: EVENTO-DF - O ministro da Justiça, Sergio Moro, participa do seminário “Métodos Modernos de Combate à Corrupção”, no Ministério da Justiça, em Brasília, nesta terça. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress) - O STF (Supremo Tribunal Federal) anulou, pela primeira vez, uma condenação do ex-juiz Sergio Moro.
Por 3 votos a 1, a Segunda Turma tornou sem efeito a condenação de Aldemir Bendine, ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil, por corrupção e lavagem de dinheiro em uma ação ligada à Operação Lava Jato.
Os ministros Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia votaram pela anulação. O relator da Lava Jato na corte, ministro Edson Fachin, foi vencido. O quinto integrante do colegiado, Celso de Mello, não participou da sessão nesta terça-feira (27).
A decisão se deu por questão técnica ligada ao cerceamento da possibilidade de defesa e foi considerada uma principais derrotas da história da Lava Jato.
A força-tarefa da operação no Paraná afirmou, em nota, que a medida do STF traz "imensa preocupação" e abre caminho para anular a maior parte das condenações já expedidas.
"Se o entendimento for aplicado nos demais casos da Operação Lava Jato, poderá anular praticamente todas as condenações, com a consequente prescrição de vários crimes e libertação de réus presos", diz texto dos procuradores.
O colegiado responsável pelo julgamento é o mesmo que avaliará, provavelmente neste semestre, um pedido de habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que alega a suspeição de Moro.
Hoje ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PSL), ele foi o juiz da Lava Jato responsável pela condenação do petista no caso do tríplex de Guarujá (SP).
A decisão da Segunda Turma do STF ocorreu após a defesa de Bendine argumentar que Moro abriu prazo para alegações finais simultaneamente para todos os réus, os que tinham fechado acordo de delação e os que não tinham --caso do ex-presidente da Petrobras.

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

P.F. ACHA QUE SÉRGIO MORO PODE DEIXAR O GOVERNO.

Eraldo Peres/AP Photo


  • Se Bolsonaro realmente demitir o diretor-geral do órgão, Maurício Valeixo, constrangimento ao ministro seria ainda maior.
  • Cúpula da PF está segura na posição, mesmo que o ex-juiz e agora ministro não defenda a PF.
O ministro da Justiça, Sergio Moro, não tem condições de permanecer no cargo caso o presidente Jair Bolsonaro (PSL) saia da ameaça e de fato demita o diretor-geral do órgão, Maurício Valeixo. Esse é o entendimento da cúpula da PF, segundo informação da colunista Monica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
De acordo com a colunista, a cúpula da corporação está segura na posição, mesmo que o ex-juiz e agora ministro não defenda a PF.
Uma eventual saída do diretor-geral, entretanto, equivaleria a uma humilhação maior que a de outros constrangimentos que Bolsonaro tem imposto ao ministro.
Há cerca de duas semanas, por exemplo, Bolsonaro afirmara que “ficou sabendo” que quem assumirá a chefia da Polícia Federal no Rio de Janeiro será o chefe da PF no Amazonas, Alexandre Silva Saraiva, um dia depois de a PF divulgar que o superintendente da corporação em Pernambuco, Carlos Henrique Oliveira Sousa, é quem substituiria o chefe da PF no Rio, Ricardo Saadi.
“O que eu fiquei sabendo. Se ele resolver mudar, vai ter que falar comigo. Quem manda sou eu… (Quero) deixar bem claro”, afirmou Bolsonaro. “Eu dou liberdade para os ministros todos. Mas quem manda sou eu”, reforçou. “Está pré-acertado que seria lá o de Manaus”, concluiu, sem detalhar nomes

JUSTIÇA SUSPENDE PROCESSO CONTRA DELTAN DELLAGNOL.

***ARQUIVO***BRASÍLIA, DF,16.07.2019: O procurador Deltan Dallagnol no aeroporto de Brasília (DF). (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)
 - Às vésperas do julgamento de um processo administrativo que poderia render sua primeira sanção no CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), o procurador Deltan Dallagnol obteve uma liminar (decisão provisória) na Justiça Federal em Curitiba que ordenou a retirada do caso da pauta desta terça (27).
Outros dois procedimentos contra Deltan, contudo, continuam previstos para serem apreciados no conselho. Um deles, uma reclamação apresentada pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), pede o afastamento preventivo de Deltan de suas funções --medida defendida por parte dos políticos e alguns juízes dos tribunais superiores.
O caso retirado da pauta refere-se a uma entrevista concedida à rádio CBN na qual o coordenador da Lava Jato criticou a atuação de membros do Supremo Tribunal Federal. Trata-se do processo mais adiantado contra Deltan no CNMP, o único em fase final.
No domingo (25), Deltan acionou a Justiça argumentando que seus novos advogados não tiveram tempo de preparar as alegações finais nesse processo.
O juiz plantonista Nivaldo Brunoni determinou que o CNMP adiasse o julgamento, sob o fundamento de que houve prejuízo à ampla defesa.
Como antecipou a coluna Painel, o juiz Brunoni é descrito na mídia paranaense como amigo do ex-juiz Sergio Moro, atual ministro da Justiça, e já auxiliou em casos da Lava Jato. Foi dele, por exemplo, a ordem de execução da sentença do ex-presidente Lula.
A liminar surpreendeu membros do CNMP, sobretudo porque o órgão não foi previamente ouvido.
Segundo a assessoria do CNMP, o relator do processo contra Deltan, o conselheiro Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho, foi informado da decisão liminar por email e retirou o procedimento da pauta de julgamentos.
"Há claro prejuízo à ampla defesa e ao contraditório do processado [Deltan], que deixou de apresentar alegações finais porque o advogado originalmente constituído renunciou/substabeleceu [...], dificultando a ação de seus sucessores", escreveu o juiz.