terça-feira, 30 de abril de 2019

TSE PROMOVE SEMINÁRIO SOBRE FAKE NEWS NAS ELEIÇÕES.

 - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizará nos dias 16 e 17 de maio, com apoio da União Europeia, o Seminário Internacional Fake News e Eleições, em Brasília.
O objetivo é debater as implicações das notícias falsas, seus efeitos no processo eleitoral e formas de impedir ou minimizar a divulgação de fake news nas eleições municipais de 2020.
Em 24 horas, foram preenchidas todas as 300 vagas do auditório principal do TSE.
Como o tribunal continua a receber pedidos de inscrições, os organizadores decidiram abrir outro auditório, com capacidade para 132 pessoas, que assistirão a transmissão do evento por meio de telão.
Já está em estudo o uso de um terceiro auditório, onde até 72 pessoas também poderão acompanhar o seminário por um telão.
O seminário será aberto pela presidente do TSE, ministra Rosa Weber.
Estarão na mesa de abertura a chefe-adjunta da Delegação da União Europeia no Brasil, ministra Claudia Gintersdorfer, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, a procuradora-geral Eleitoral, Raquel Dodge, e o presidente do Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Felipe Santa Cruz.
O secretário-geral da Federação Europeia de Jornalismo (EFJ), Ricardo Gutiérrez, fará a palestra magna.
Participarão do evento dirigentes do Facebook, Google, Twitter e WhatsApp; especialistas do Departamento Federal de Investigação dos EUA (FBI), da Polícia Federal e do Poder Judiciário, além de representantes da imprensa, de universidades e de institutos de checagem nacionais e internacionais.

A ESPERA DO PRIMEIRO DE MAIO NA VENEZUELA.

Ernesto Araújo, chanceler brasileiro, em foto de 18 de março de 2019, em Washington
O chanceler Ernesto Araújo afirmou nesta segunda-feira (29), em Washington, após se reunir com o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, que acompanha com "muita expectativa" a manifestação convocada para 1º de maio na Venezuela pelo líder opositor Juan Guaidó.
Além disso, afirmou que seria "fantástico" se os militares expressassem sua adesão "ao governo legítimo" do país vizinho.
"Continuamos com a pressão diplomática, apoiando a mobilização que faz Juan Guaidó, a mobilização popular muito intensa, com muita expectativa para o 1º de maio", disse o chanceler do Brasil, um dos mais de 50 países que reconhece o chefe do Parlamento venezuelano como presidente interino.
Guaidó, que se autoproclamou presidente interino em 23 de janeiro por considerar que o segundo mandato do presidente Nicolás Maduro é ilegítimo, convocou para o Dia do Trabalhador uma grande marcha para "exigir o cessar definitivo da usurpação".
Araújo considerou que a posição dos militares é um tema fundamental dentro da situação política na Venezuela.
"Estamos na expectativa de que os militares venezuelanos patrioticamente manifestem sua adesão ao governo legítimo; se isto ocorresse seria fantástico", indicou o ministro das Relações Exteriores.
No entanto, o chanceler pediu "prudência". "Desde janeiro, estamos na expectativa", explicou.
Sobre as sanções contra a Venezuela, Araújo indicou que acredita ainda haver espaço para que se concretize o impacto, um dia depois da entrada em vigor da proibição imposta pelos Estados Unidos sobre o comércio com a petroleira estatal venezuelana PDVSA.
"O efeito das sanções vem com um poco de tempo para que realmente se sinta", defendeu o ministro

GOVERNO ANUNCIA NOVAS REGRAS PARA ESCOLAS E HOSPITAIS.

- O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta segunda-feira (29) uma lei que prevê que hospitais e escolas passem a notificar casos de tentativa de suicídio e automutilação.
Os registros devem ser feitos por clínicas e hospitais públicos e privados às autoridades de saúde. Já as escolas devem notificar os casos ao Conselho Tutelar. A comunicação deve ser feita em sigilo.
O texto prevê ainda a criação de uma política nacional de prevenção ao suicídio e que haja um serviço telefônico para atendimento a pessoas em situação de sofrimento psicológico.
A medida, que já havia sido aprovada no Congresso em março, foi publicada no Diário Oficial desta segunda. A proposta é autoria do deputado federal e atual ministro da Cidadania, Osmar Terra.
A notificação de casos de violência autoprovocada já era prevista em portaria do Ministério da Saúde desde 2014. Agora, vira lei e passa a incluir o acompanhamento por escolas e Conselho Tutelar, segundo o governo.
Inicialmente, o projeto previa a possibilidade de aplicar sanções em caso de não cumprimento da legislação. O trecho, que previa caracterizar a situação como "infração sanitária", foi vetado após ter sido qualificado como genérico e com pouca aplicação às escolas.
Questionado, o Ministério da Família e Direitos Humanos, à frente da proposta, informa que pretende discutir a possibilidade de sanções à falta de notificação durante a regulamentação do tema.
Desde o início deste ano, o tema tem sido elencado como uma das bandeiras de gestão da atual ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves. Em palestras, Damares, que é pastora, disse que pensou em suicídio após ser vítima de um abuso sexual, mas desistiu ao ver a imagem de Jesus.
Além da nova política, a pasta estuda uma parceria para oferta de uma disciplina de "inteligência emocional" em universidades particulares como forma de prevenir casos de suicídio e automutilação.
A discussão é feita entre o ministério e a Anup (Associação de Universidades Particulares), entidade que abrange 189 instituições privadas -setor que concentra 75% dos estudantes de graduação. A previsão é que a disciplina, com carga horária de 80 horas, seja obrigatória para alguns cursos. A definição de quais caberia aos reitores.
A proposta, porém, tem sido alvo de críticas por especialistas, para os quais a definição de uma "inteligência emocional" é inadequada. Outros apontam risco de tratar a questão do suicídio de forma reducionista. Já a pasta defende a medida.
O Brasil registrou 11.433 mortes por suicídio em 2016, segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde. Não há informações sobre casos entre universitários.
No ano passado, a USP criou um escritório de saúde mental após registro de casos. Uma pesquisa de 2009 com 140 estudantes da pós-graduação da UFRJ concluiu que 58,6% dos pesquisadores apresentavam níveis médio e alto de estresse.

MICHEL TEMER VIRA RÉU NO CASO DO PORTO DE SANTOS.

 - O juiz Marcus Vinícius Reis Bastos, da 12ª Vara da Justiça Federal em Brasília, aceitou nesta segunda-feira (29) denúncia contra o ex-presidente Michel Temer por, supostamente, aceitar propina para editar um decreto que favoreceu empresas do setor portuário.
Com a decisão, Temer passa à condição de réu e responderá a uma ação penal pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O magistrado afirmou que a acusação apresentada pelo MPF (Ministério Público Federal) atende aos requisitos formais previstos no Código do Processo Penal, havendo justa causa para que o processo criminal prossiga.
Ele determinou que o ex-presidente e os demais réus sejam notificados para que apresentem suas defesas.
Além de Temer, também se tornaram réus o coronel João Baptista Lima Filho, amigo dele, o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, que assessorou o ex-presidente, e três executivos do grupo Rodrimar, que atua no setor portuário. Trata-se de Antônio Celso Grecco, Carlos Alberto Costa e Ricardo Mesquita.
Os crimes imputados a eles, conforme as condutas apontadas pelo MPF, são os de corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem.
A denúncia original foi apresentada pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, em dezembro do ano passado.
Com o fim do mandato de presidente, Temer deixou de ter foro especial perante o STF (Supremo Tribunal Federal) e o caso foi remetido à primeira instância. A Procuradoria da República no Distrito Federal ratificou a acusação.
Segundo a denúncia, empresas como a Rodrimar, que opera no porto de Santos, conhecida área de influência do MDB, foram beneficiadas pelo decreto dos portos, assinado por Temer em 2017.
O pagamento de propina ao ex-presidente teria sido feito por meio das empresas Argeplan, Eliland do Brasil, PDA Administração e Participação LTDA e PDA Projeto e Direção Arquitetônica, ligadas a Lima.
Entre agosto de 2016 e junho de 2017, elas receberam créditos de R$ 32 milhões.

ENTREVISTA DE LULA BENEFICIA BOLSONARO.

REUTERS/Adriano Machado
A repercussão nas redes sociais da primeira entrevista do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na prisão foi maior entre aqueles que já apoiam as teses do petista, segundo levantamento da empresa de análise de dados Bites.
A pesquisa foi divulgada neste domingo (28), dois dias após Lula falar com exclusividade aos jornais Folha de S.Paulo e El País, em sua primeira entrevista desde que foi preso, em abril de 2018.
Desde sexta-feira , a equipe de Lula produziu 60 posts que registraram 158 mil interações nos perfis oficiais do ex-presidente no Twitter, Facebook, Instagram e Youtube.
Nesse período, ele conquistou 10.825 novos fãs e seguidores, resultado quatro vezes superior aos dias seguintes à decisão do STJ (Superior Tribunal Federal) que reduziu a pena do ex-presidente.
Nesses dois dias, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) ganhou, por sua vez, 27.945 seguidores, fez 39 posts em seus perfis e obteve 2.741.353 interações no Twitter, Facebook e Instagram. Segundo a pesquisa, os números de Bolsonaro foram 17 vezes maiores que o ex-presidente.
Para Manoel Fernandes, diretor da Bites, a repercussão da entrevista nas redes sociais "está longe de ser uma explosão de apoio a Lula e, por enquanto, não ultrapassou as fronteiras daqueles que já seguem as teses do petista".
De acordo com o levantamento, entre os deputados federais, a entrevista também ficou restrita aos parlamentares do PT. Os deputados federais produziram 653 posts sobre Lula desde sexta-feira e 547 foram da bancada petista. Os aliados do ex-presidente conseguiram 782 mil interações nessas publicações.
Ao todo, os congressistas fizeram 4.816 publicações que registaram 5,1 milhões de interações. Nesse período o post com mais integração (116 mil), diz a Bite, foi o da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) com uma entrevista da atriz Maitê Proença defendendo o pacote anticrime do ministro Sérgio Moro.

segunda-feira, 29 de abril de 2019

NÃO HAVERÁ NOVOS IMPOSTOS NO MEU GOVERNO.

Antonio Cruz/Agência Brasil
Antonio Cruz/Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro divulgou, na manhã desta segunda-feira (29), um vídeo em que desautoriza seu secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, sobre a criação de um novo imposto que acabaria com a contribuição previdenciária que incide sobre a folha de pagamento.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Cintra declarou que o novo tributo que deve ser criado para simplificar o modelo de arrecadação no país teia ampla abrangência, recaindo inclusive sobre igrejas. Essas instituições hoje são isentas.
Na mensagem, o presidente disse que foi surpreendido com a declaração de Cintra de que até fiéis pagariam impostos sobre o dízimo. Em uma mensagem de 41 segundos, Bolsonaro disse duas vezes que nenhum imposto será criado para as igrejas.
"Quero me dirigir a todos vocês, dizendo que essa declaração não procede. Quero dizer que em nosso governo nenhum novo imposto será criado, em especial contra as igrejas, que, além de terem um excelente trabalho social prestado a toda a comunidade, reclamam eles, em parte com razão ao meu entendimento, que há uma bitributação nessa área", afirmou.
Ao final da mensagem, Bolsonaro fez questão de reforçar: "Então, bem claro: não haverá novo imposto para as igrejas. Bom dia a todos. E fiquem com Deus".
Leia íntegra da mensagem:
"Fui surpreendido esta manhã com a declaração do nosso secretário da Receita de que seria criado um novo imposto para as igrejas. Quero me dirigir a todos vocês, dizendo que essa declaração não procede. Quero dizer que em nosso governo nenhum novo imposto será criado, em especial contra as igrejas, que além de terem um excelente trabalho social prestado a toda a comunidade reclamam eles, em parte com razão ao meu entendimento, que há uma bitributação nessa área. Então, bem claro: não haverá novo imposto para as igrejas. Bom dia a todos. E fiquem com Deus"

OPOSIÇÃO QUER BARRAR REFORMA DA PREVIDÊNCIA.

 - Deputados de oposição protocolaram, na tarde desta quinta-feira (25), um mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal) para suspender, por 20 dias, a tramitação da Reforma da Previdência na Câmara, anulando ainda a sessão realizada na terça-feira (23).
A oposição argumenta que o Governo Bolsonaro descumpre a Constituição ao propor a adoção de regime previdenciário sem que seja apresentada a estimativa de impacto orcamentario-financeiro decorrente da renuncia fiscal.
Nesse caso, a Constituição prevê a possibilidade de suspensão da tramitação desde que  esse pedido seja apoiado por 103 deputados, representando um quinto da Câmara.
No dia 23, a oposição reuniu 113 assinaturas. Sob o comando do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a Mesa Diretora reconheceu 99 assinaturas, questionou a autenticada de dez e apontou a repetição de quatro.
Embora dez signatários tenham ratificado as assinaturas, Rodrigo Maia indeferiu o requerimento da oposição, que, por isso, recorreu ao STF.
Presidente do PSOL, Juliano Medeiros diz que a legislação foi rasgada à luz do dia. "Existe uma prerrogativa legal para suspensão [da tramitação da reforma]. O projeto tem que voltar à CCJ", diz.

LULA ESTÁ EM ESTADO AVANÇADO DE ESCLEROSE.

Doria não poupou palavras ao afirmar que o ex-presidente Lula está em
Doria não poupou palavras ao afirmar que o ex-presidente Lula está em "um processo avançado de esclerose". (Foto: Governo do Estado de São Paulo/Flickr)
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), criticou a entrevista do ex-presidente Luiz Inacio Lula da Silva, concedida nesta sexta (26), e foi taxativo ao afirmar que o petista está “em um processo avançado de esclerose”.
Na carceragem da Superintendência da PF (Polícia Federal) de Curitiba, onde está preso desde abril de 2018, Lula foi entrevistado pelos jornais Folha de São Paulo e El País por cerca de 2h.
Entre as declarações, Lula afirmou que o Brasil era governado por 'um bando de maluco'. As aspas do ex-presidente foram alvo de ataques de Doria. "Me surpreendeu a entrevista. Nunca vi presidiário dar entrevista na prisão. É um fato inédito no Brasil. O ex-presidente e presidiário Luiz Inácio Lula da Silva parece estar em um processo avançado de esclerose", disse o governador.
O tucano falou com os jornalistas após participar da convenção estadual do DEM na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) ao lado do vice governador, Rodrigo Garcia, que foi eleito presidente da sigla em São Paulo.

MINISTRO DIZ QUE O STF CAIU EM DESCRÉDITO COM A SOCIEDADE.

 - Em discurso forte durante palestra nos Estados Unidos, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso afirmou que a corte está sob ataque e vive um momento de descrédito porque alguns de seus colegas atuam como obstáculo no combate à corrupção no Brasil.
Sem nominar nenhum dos outros dez magistrados que dividem com ele o plenário do STF, Barroso disse  que há um sentimento em grande parte da sociedade de que o Supremo protege a elite corrupta do país e que, por isso, tem perdido confiança e credibilidade.
"A pergunta que me faço frequentemente é por que o STF está sob ataque, por que está sofrendo esse momento de descrédito. Bem, o que acho que está acontecendo é que há uma percepção em grande parte da sociedade e da imprensa brasileira de que o STF é um obstáculo na luta contra a corrupção no Brasil", disse o ministro durante palestra na Universidade de Columbia, em Nova York. 
"Eles sentem que o Supremo frequentemente protege a elite corrupta", completou.
A declaração do ministro ocorre em meio à escalada de tensão entre os Poderes no Brasil e no momento em que a decisão de investigar ou reagir aos críticos, por exemplo, dividiu o tribunal. 
Na semana passada, o presidente do STF, Dias Toffoli, e o ministro Alexandre de Moraes protagonizaram episódios em relação ao inquérito que investiga a divulgação de fake news contra integrantes da corte. Moares chegou a determinar a retirada do ar de uma reportagem contra Toffoli -depois recuou.
Para Barroso, quando o Supremo toma decisões com as quais a sociedade não concorda ou não entende, "a força é a única coisa que resta".
"Uma corte que repetidas vezes toma decisões com as quais a sociedade não concorda e não entende, aí se tem um problema. Porque autoridade depende de confiança e credibilidade. Se você perde isso, a força é a única coisa que resta", afirmou o ministro.
Diante de uma plateia em que estava o juiz federal Marcelo Bretas, que comanda a Operação Lava Jato no Rio, Barroso listou o que diz serem os motivos objetivos que levaram o STF ao atual cenário, como diversos habeas corpus concedidos pela 2ª Turma do STF a presos por corrupção, a decisão da corte de passar para a Justiça Eleitoral o julgamento de crimes ligados a caixa dois -que não tem "estrutura nem expertise para isso"-, e a condenação da prática de conduções coercitivas, por exemplo, em suas palavras, usadas desde 1940.
Para Barroso, alguns ministros "mostram mais raiva de procuradores e juízes que estão fazendo um bom trabalho do que de criminosos que saquearam o país".
"Tudo o que o STF pode retirar da Vara Federal de Curitiba, onde o combate à corrupção está funcionando bem, ele [Supremo] o fez", afirmou.
O ministro Gilmar Mendes, com quem Barroso já teve diversos embates públicos, concedeu habeas corpus a diversos presos no Rio, como ao empresário Jacob Barata Filho, investigado pelo envolvimento em um esquema de corrupção que atuou no setor de transportes do Rio e teria movimentado R$ 260 milhões em propina.
No início de sua fala, logo após o discurso de Barroso, o juiz Marcelo Bretas fez referência às ponderações do ministro e disse que era "irrelevante a opinião que um ministro -e não estou falando do Barroso- tenha sobre a minha pessoa". Os confrontos entre Bretas e Gilmar Mendes também são notórios.

BOLSONARO E RODRIGO MAIA EM LUA DE MEL.

Antonio Cruz/ Agência Brasil
Antonio Cruz/ Agência Brasil
Jair Bolsonaro preferiu elogiar novamente o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e procurou evitar novas polêmicas um dia depois de seus filhos serem alvo de declarações polêmicas do deputado.
"Eu tenho certeza que isso é um fake. Eu gosto do Rodrigo Maia, ele tem respeito por mim e eu tenho por ele", disse Bolsonaro a jornalistas neste sábado.
"Mandei uma mensagem, via Onyx (Lorenzoni, ministro da Casa Civil), para ele ontem à noite, dizendo que o que nós dois juntos podemos fazer não tem preço", acrescentou. "O Rodrigo Maia é uma pessoa importantíssima para o futuro de 208 milhões de pessoas, espero brevemente poder conversar com ele."
Em entrevista publicada na sexta-feira pelo site BuzzFeed, Maia disse que o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) está deslumbrado com a situação de ter o pai presidente. Mas as declarações mais sensíveis foram dirigidas a Carlos Bolsonaro, vereador pelo PSC no Rio de Janeiro.
"O Bolsonaro colocou o filho com 17 anos para disputar contra a própria mãe desse filho. Ele derrotou a mãe para vereador. Isso deve ser normal na cabeça de um ser humano? Derrotar uma mãe com 17 anos? Isso deve ter gerado muito problema na cabeça do Carlos", disse Maia, segundo o site.
Mas perguntado se a atuação de Carlos nas redes sociais têm afetado o Congresso Nacional, Maia disse acreditar que quem comanda tudo é o pai.
"Ninguém fica preocupado com Carlos, todo mundo tem convicção de que o Bolsonaro é que comanda isso. E eu não acredito, e ninguém acredita mais, que é o Carlos que comanda esse jogo."
Sobre Eduardo, o presidente da Câmara disse que "ele não era nada, era um deputado do baixíssimo clero, o pai vira presidente, ele passa a ser chamado pela equipe do Trump, pela equipe de não sei o quê".
"Um pouquinho de vaidade é um direito, não é? Não vamos exagerar também, achar que ele não pode ter um momento de deslumbramento. Quem é que nunca teve?", ponderou.
Por outro lado, Maia elogiou o presidente, afirmando que Bolsonaro "não é uma pessoa que deixa de cumprir a palavra dele... ele nunca traiu a palavra dele".
Há poucas semanas Maia e Bolsonaro trocaram farpas públicas que colocaram em xeque o engajamento do presidente da Câmara pela aprovação da reforma da Previdência. Mas nos últimos dias, o presidente fez questão de fazer afagos públicos ao deputado

CARLOS BOLSONARO ATACA A FOLHA DE SÃO PAULO.

AP Photo/Eraldo Peres
AP Photo/Eraldo Peres
O vereador Carlos Bolsonaro (PSC) afirmou neste domingo (28) que a reportagem da Folha sobre as multas de trânsito nos últimos cinco anos são uma tentativa de induzir uma "narrativa mentirosa".
"A Folha fez uma matéria que perdi 24 pontos na carteira de motorista em 5 anos, ou seja, mais uma vez não quer dizer nada. Tentam induzir mais uma narrativa mentirosa sem pé nem cabeça para desgastar o sobrenome! Se fossem assim com todos sairia cada coisa!", disse, em sua conta em rede social.
A reportagem mostrou neste domingo que o presidente Jair Bolsonaro, três de seus filhos e sua mulher, Michelle, receberam ao menos 44 multas de trânsito nos últimos cinco anos, segundo registros do Detran-RJ (Departamento de Trânsito do Rio de Janeiro).
A reportagem consultou as informações no site do Detran do Rio, com os dados da CNH e de documentos pessoais. Os dados estavam disponíveis em procurações arquivadas em cartório e outros registros. Sob o discurso de enfrentar uma suposta indústria de multas, o presidente iniciou nas últimas semanas uma investida contra radares. Declarou que cancelaria a instalação de 8 mil equipamentos nas estradas e que revisaria contratos dos já implantados. A Justiça Federal barrou as medidas.
O vereador Carlos Bolsonaro acumulou, em cinco anos, segundo o Detran, 24 pontos. Recebeu seis multas, mas teve uma cancelada --não há explicação do motivo. Das cinco que transitaram em julgado, quatro foram por excesso de velocidade e uma, por avançar o sinal vermelho, considerada violação "gravíssima". Sua última infração de trânsito foi em dezembro de 2017, por excesso de velocidade, no Rio, o que lhe deu, à época, quatro pontos na carteira.
Os prontuários da primeira-dama e do senador Flávio têm infrações que extrapolam o limite de 20 pontos permitido por lei para o período de um ano, o que, em tese, pode resultar na suspensão do direito de dirigir. Os dois são os que mais colecionam pontos na carteira ao longo dos cinco anos, com 41 e 39 pontos, respectivamente

domingo, 28 de abril de 2019

PELO MENOS NÃO SOMOS UM BANDO DE CACHACEIROS.

AP Photo/Eraldo Peres
AP Photo/Eraldo Peres
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) comentou a entrevista concedida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso, na última sexta-feira (26). Bolsonaro diz considerar um erro da Justiça a autorização para que Lula falasse.
“Olha eu acho que o Lula, primeiro, não deveria falar. Falou besteira. Maluco? Quem era o time dele? Grande parte está preso ou está sendo processado. Tinha um plano de poder onde, nos finalmentes, nos roubaria a nossa liberdade, ok?. Eu acho um equívoco, um erro da Justiça ter dado direito a dar uma entrevista. Presidiário tem que cumprir sua pena”, afirmou Bolsonaro.
O presidente ainda comentou a frase na qual Lula afirma que o país, hoje, é governado por um “bando de malucos”: "Pelo menos não é um bando de cachaceiros, né?”, provocou Bolsonaro.
Depois de uma batalha judicial, na qual a entrevista chegou a ser censurada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), a decisão foi revista na semana passada pelo presidente da corte, Dias Toffoli

BOLSONARO RECEBE GAROTA QUE DIZ NÃO SER PALMEIRENSE.

Reprodução
Reprodução
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou, em café da manhã com jornalistas, que recebeu a menina Yasmin e pretende visitar a casa dela no final de semana. As informações são da Época.
Yasmin foi personagem central de um vídeo divulgado pelo Estadão, no qual supostamente a menina havia se recusado a cumprimentar o presidente. A informação, no entanto, é falsa.
No café da manhã com jornalistas, Bolsonaro teria dito que, desde a repercussão do vídeo, a menina não pode voltar à escola.
“É tudo culpa da imprensa”, teria afirmado Bolsonaro.

Polêmica com Mourão foi minimizada

Também no café da manhã, minimizou os atritos com o vice-presidente, Hamilton Mourão, e disse que manterá a parceria com ele, no mínimo, até 2022.
Segundo relatos do jornal Valor Econômico, que participou do encontro, Bolsonaro comparou a crise envolvendo Mourão e seu filho Carlos, vereador no Rio, a um casamento.
"Estamos dormindo juntinhos a noite toda", afirmou o presidente, de acordo com o jornal. "Durante o dia, brigamos sobre quem lava a louça", disse. Mourão também esteve presente na conversa com a imprensa.
O jornal diz que Bolsonaro reclamou ainda da "obsessão de quem está fora do governo de criar cisão dentro do governo". O presidente negou existir uma ala militar no seu governo.
Mesmo após Jair Bolsonaro ter afirmado na terça-feira (23) que queria colocar um "ponto final" na briga entre seu filho e o vice, o vereador segue com publicações críticas a Mourão nas redes sociais.
Nesta quarta (24), por exemplo, em uma das postagens sobre Mourão, Carlos disse ser "estranhíssimo seu alinhamento com políticos que detestam o presidente", como o ex-deputado Jean Wyllys (PSOL). O filho do presidente ainda escreveu: "Lembro que não estou reclamando do vice só agora e tals... são apenas informações!".
Na terça-feira, ao deixar seu gabinete no Planalto, Mourão afirmou que adotaria uma postura de não criar confronto e exemplificou com um ditado popular: "Quando um não quer, dois não brigam"

PERSEGUIÇÃO POLÍTICA LEVOU MARISA À MORTE.

Foto: Ricardo Stuckert
Foto: Ricardo Stuckert
Em entrevista exclusiva concedida à Folha de S.Paulo e ao jornal El País nesta sexta (26), o ex-presidente Lula atribuiu a morte de sua mulher, Marisa Letícia, ocorrida em fevereiro de 2017, aos impactos psicológicos do que ele diz ser uma perseguição contra ele e sua família.
"A dona Marisa perdeu motivação de vida, não saía mais de casa, não queria mais conversar nada. O AVC dela foi por isso."
O petista, no entanto, descarta alimentar tal sentimento. "Agora, não pense que por causa disso eu vou ficar com meu coração cheio de ódio. Aqui tem muito lugar para amor. O ódio eu vou colocando num cantinho bem escondido."
Após uma batalha judicial na qual a entrevista chegou a ser censurada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), decisão revista na semana passada pelo presidente da corte, Dias Toffoli, o petista recebeu os dois veículos, em uma sala preparada pela Polícia Federal na sede do órgão em Curitiba, onde está preso desde abril do ano passado.
Lula questiona ainda a capacidade política de o governo Jair Bolsonaro (PSL) sobreviver.
"Ou ele constrói um partido político sólido ou do jeito que está também não perdura muito. Porque ali você tem uma quantidade difusa de interesses. Não sei como você é deputado 27 anos e diz que não gosta de política.

GOVERNO CORTA VERBA PARA CURSOS DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA.

O presidente Jair Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro
Em seu Facebook, Bolsonaro anunciou que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, estuda descentralizar investimento em faculdades de filosofia e sociologia, mas que alunos já matriculados não serão afetados. O objetivo, disse, é focar em áreas que gerem retorno imediato ao contribuinte, como: veterinária, engenharia e medicina.
Ainda segundo ele, a função do governo “é respeitar o dinheiro do pagador de impostos, ensinando para os jovens a leitura, escrita e a fazer conta e depois um ofício que gere renda para a pessoa e bem-estar para a família, que melhore a sociedade em sua volta”.
Em outras palavras: ele não reconhece a importância de disciplinas como sociologia e filosofia para pensar saídas ao país. Parece ótimo para quem quer se comunicar diretamente com a plateia - sem a mediação de professores, jornalistas e áreas do conhecimento que ajudem a lançar visões críticas sobre a fala oficial, inclusive históricas.
O ataque, segundo o filósofo e ex-ministro da Educação Renato Janine Ribeiro, revela que ele não sabe o que é o conhecimento.
Segundo ele, Bolsonaro confunde o útil com o utilitário, que é o útil a curtíssimo prazo e que pode custar caro a longo.
“Para aumentar o PIB, as engenharias são fundamentais. Por isso mesmo, na CAPES como no MEC, eu as prestigiei sempre. Mas a Sociologia é decisiva para se entender como funciona a sociedade. E dá para viver em sociedade ignorando como ela funciona? É como propor guiar carro sem ter a menor noção de como ele se movimenta”, diz.

RODRIGO JUNOT SE APOSENTA E VAI ADVOGAR.

 - O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot se aposentou do Ministério Público Federal e deverá passar a advogar. A portaria que concedeu a aposentaria foi assinada no dia 22 por sua sucessora na Procuradoria-Geral da República, Raquel Dodge, e foi publicada no Diário Oficial da União nesta quinta (25).
Segundo o texto, Janot se aposentou voluntariamente com proventos integrais. O ex-procurador-geral comandou a PGR por dois mandatos, de 2013 a 2017, indicado para o cargo pela ex-presidente Dilma Rousseff. Nas duas ocasiões ele foi o primeiro colocado na lista tríplice formada em eleição interna.
À frente da instituição, Janot teve altos e baixos. Aumentou o número e o ritmo de investigações criminais, firmou vários acordos de delação premiada, incluindo o de executivos da Odebrecht e o da JBS e angariou apoio entre seus colegas, principalmente entre jovens procuradores, considerados combativos por colegas, que ascenderam no Ministério Público Federal em sua gestão.
Por outro lado, deixou a PGR, em setembro de 2017, em meio a uma crise causada pelo escândalo da JBS, que abalou o governo do presidente Michel Temer e o mandato do então senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Dias antes de entregar o cargo, Janot anunciou a rescisão da delação de Joesley Batista sob o argumento de que o empresário omitiu informações de má-fé, como o envolvimento de um ex-procurador da República, Marcello Miller, na elaboração do acordo. Ainda não há palavra final do Supremo Tribunal Federal sobre o caso.
Também em meio à delação da JBS Janot pediu a prisão de um membro de sua equipe, Ângelo Goulart Villela, que meses depois o acusou de ter corrido com a delação dos irmãos Batista com o objetivo de evitar que Temer indicasse Dodge, seu desafeto, para chefiar a PGR.
Após seu mandato de procurador-geral, Janot voltou a ser subprocurador-geral da República, nível máximo da carreira, e se dedicou a ministrar cursos e palestras. Passou uma temporada na Colômbia e se tornou um crítico contumaz, principalmente pelo Twitter, dos rumos que algumas investigações da Lava Jato tomaram.
Conforme a coluna Painel noticiou nesta quinta, Janot se prepara para advogar em ao menos um caso de repercussão. Ele deve assumir, ao lado de Márcio Elias Rosa, ex-secretário estadual de São Paulo, uma causa contra a Vale, pro bono (de graça), em benefício de moradores do distrito de Macacos (MG) afligidos pela mineração

LULA SÓ PODERÁ SER CANDIDATO EM 2035.

Foto: Ricardo Stuckert
Foto: Ricardo Stuckert
Preso desde abril de 2018 na sede da Polícia Federal, em Curitiba, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva passou a ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa e, por isso, mesmo se conseguir sua liberdade, só poderá tentar uma nova candidatura em 2035, quando estará com 89 anos. As informações são da Folha de S.Paulo.
Isso porque, segundo a lei, os políticos condenados em decisão transitada em julgado ou por órgão colegiado ficam inelegíveis “desde a condenação até o transcurso do prazo de oito anos após o cumprimento da pena”. Entre os crimes que a Ficha Limpa abrange, está o de lavagem de dinheiro, pelo qual o petista foi condenado.
Levando em conta a atual situação do ex-presidente com a Justiça, Lula não poderá concorrer até oito anos após o fim da pena - que já foi reduzida para 8 anos, 10 meses e 20 dias - e da qual o acusado já cumpriu um ano.
Mesmo se conseguir a progressão de regime e ficar em liberdade condicional, o período ainda é contado por inteiro. Assim, Lula teria que ficar os 7 anos e 10 meses que restam e mais 8 anos pós pena, antes de poder voltar a disputar as eleições. Ou seja, ele estaria apto apenas em fevereiro de 2035, ano em que o ex-presidente completa, em outubro, 90 anos.
Porém, segundo as atuais regras eleitorais, não haverá eleição presidencial no ano em que Lula poderia concorrer, o que dá a opção de o petista se lançar em 2036 como candidato a prefeito ou vereador.
Mas a situação de Lula ainda pode mudar. O caso em que foi condenado, do tríplex no Guarujá, está sob análise do STF, que julgará o mérito do processo. A decisão pode acarretar em três situações: a redução da pena do ex-presidente, a absolvição de Lula ou a anulação total do processo. Dessa forma, ele estaria apto novamente a disputar já as próximas eleições.
Também existe a possibilidade de que o TRF-4 condene novamente o petista em outra ação da Lava Jato, referente ao caso do sítio de Atibaia (SP).
A defesa de Lula recorre da decisão, que será analisada pelos três juízes da Oitava Turma da corte. Seus advogados podem argumentar contra a inelegibilidade do ex-presidente, mas o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) já analisou anteriormente o caso e, na época, o PT teve que trocar o candidato à presidência, substituindo Lula por Fernando Haddad, a pouco menos de um mês do primeiro turno de 2018. Lula tem ainda mais outros seis processos penais em andamento, no DF, SP e PR

sexta-feira, 26 de abril de 2019

O CONGRESSO É SOBERANO PARA MODIFICAR A REFORMA DA PREVIDÊNCIA.

SE BOLSONARO NÃO ME QUISER EU VOU EMBORA.

Valter Campanato/Agência Brasil
Já faz um tempo que o vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, vem sendo alvo de críticas do filho de Jair Bolsonaro, Carlos Bolsonaro. O general parece cada vez mais incomodado com a falta de proteção por parte do próprio presidente – que não contraria os ataques do filho – e, no último domingo , acabou desabafando para a imprensa: “Se ele (Bolsonaro) não me quer, é só me dizer. Pego as coisas e vou embora”. As informações são da revista Veja.
Em público, vice e presidente assumem uma postura de que tudo está bem e, inclusive, usam a metáfora de um casamento para classificar a relação. Em café da manhã com a imprensa, na última quinta-feira (25), no Palácio do Planalto, Bolsonaro brincou: “Esse casamento é até 2022, no mínimo. Continuamos dormindo na mesma cama, só tem briga para saber quem vai arrumar a cozinha”. Mourão complementou a brincadeira: “Ou quem vai cortar a grama”.
Porém não é segredo que, nos bastidores, há uma grande crise acontecendo entre os dois. Quem expôs as divergências entre Bolsonaro e Mourão foi o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro. O filho do presidente postou um vídeo na conta do pai, no Youtube, em que Olavo de Carvalho aparece tecendo duras críticas aos militares, classificando-os como “incultos e presunçosos”. O guru do governo bolsonarista claramente se referia a Mourão, a quem já chamou anteriormente de “adolescente desqualificado”.
O vídeo foi retirado do ar, mas Carlos continuou atacando o vice-presidente por meio de sua conta no Twitter. Ele acusou Mourão de querer tirar seu pai do poder, afirmando que o general se opõe às propostas do presidente, faz alianças com adversários, se aproxima de empresários importantes, bajula a imprensa e se apresenta como “sensato” e “transigente”, tudo visando assumir o cargo que é de Bolsonaro.
Mas a questão principal para Mourão é o fato de o próprio Bolsonaro dar aval para que o filho siga acusando-o de conspiração. O presidente já afirmou não concordar com tudo que é dito, mas disse que “algumas críticas são justas”, sem especificar quais seriam elas.
No domingo, Mourão estava quieto, abalado e teve picos de pressão. Rodeado de familiares, ele afirmou que se a situação continuasse, ele não descartaria a possibilidade de renunciar ao cargo. “Se ele (Bolsonaro) não me quer, é só me dizer. Pego as coisas e vou embora”, desabafou. Afirmando ser um soldado a serviço da nação, o general garantiu que tudo que faz é tentar ajudar o presidente. “O presidente nunca me disse para parar, para não falar com essa ou aquela pessoa. Então, entendo que não estou fazendo nada de errado. Mas se ele quiser que eu pare…”, finalizou

VAQUINHA DE TRÊS MILHÕES PARA PAGAR MULTA DE LULA.

Ricardo Stuckert
Ricardo Stuckert
O ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva tem a chance de deixar a prisão ainda em setembro deste ano e cumprir o restante de sua pena, que foi recentemente reduzida para 8 anos, 10 meses e 20 dias, em regime semiaberto.
Mas, para que isso aconteça, o petista terá que desembolsar a quantia de cerca de R$ 3 milhões, valor da multa estipulada pelo Superior Tribunal de Justiça.
Baseando-se no que aconteceu com José Dirceu em 2014, quando familiares e amigos conseguiram arrecadar, em apenas dez dias, quase R$ 1 milhão para que ele quitasse seu débito do mensalão, advogados e amigos de Lula já pensam em organizar uma vaquinha para arrecadar o montante necessário para que o petista deixe a cadeia.
Apesar de ter sua pena reduzida, os advogados do petista esperam, agora, que a condenação pelo crime de lavagem de dinheiro seja revista no Supremo Tribunal Federal.
Ao ex-presidente resta esperar que o dinheiro seja arrecadado, para que ele possa voltar para casa, provavelmente no dia 29 de setembro de 2019

DELTAN DALLAGNOLL PODE SER PUNIDO POR CRITICAR O STF

O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato, terá que responder a um PAD (Processo Administrativo Disciplinar) por dizer que os ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli formavam uma "panelinha" na 2ª Turma da corte no STF (Supremo Tribunal Federal).
O CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) decidiu, por 10 votos a 4, abrir o processo contra o procurador.
Deltan falou sobre o assunto em entrevista à rádio CBN, em agosto de 2018. "Os três mesmos de sempre do Supremo Tribunal Federal que tiram tudo de Curitiba e que mandam tudo para a Justiça Eleitoral e que dão sempre os habeas corpus, que estão sempre formando uma panelinha assim que manda uma mensagem muito forte de leniência a favor da corrupção", disse o procurador à rádio.
Ele falava da decisão dos ministros de enviar os relatos de delatores da Odebrecht sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro Guido Mantega para a Justiça Federal em Brasília, retirando-os da alçada do então juiz Sergio Moro.
Os ministros atenderam a petições dos advogados de Lula e de Mantega, que sustentaram que trechos dos depoimentos dos delatores da empreiteira não têm relação com o esquema criminoso na Petrobras, e, portanto, não devem ficar sob responsabilidade de Moro, hoje ministro da Justiça.
Votaram nesse sentido Toffoli (que ainda não presidia a corte), Gilmar e Lewandowski, vencendo o voto do então relator da Operação Lava Jato no Supremo, Edson Fachin. Segundo ele, a remessa a Moro se justificava devido à aparente conexão entre os fatos delatados e os investigados em Curitiba. O ministro Celso de Mello não estava na sessão.
"Eu não estou dizendo que estão mal-intencionados nem nada, estou dizendo que objetivamente a mensagem que as decisões mandam é de leniência", completou Deltan.
No fim da investigação, Deltan pode ser inocentado ou sofrer advertência, censura e até suspensão.
Em sua defesa, Deltan disse que não tinha a intenção de ofender os magistrados.
Os trechos das delações referem-se a eventos como as negociações para compra de um terreno para o Instituto Lula e um pedido para a Odebrecht construir um estádio