quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

POLICIA FEDERAL DEFLAGRA NOVA OPERAÇÃO LAVA JATO.

Newton Menezes/Futura Press

A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (31) a 59ª fase da Operação Lava Jato. São cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária por 60 policiais federais, com o apoio de 16 auditores fiscais da Receita Federal, em São Paulo e Araçatuba (SP).
Há suspeitas de que o esquema criminoso foi possível devido a acordo entre os investigados, que responderão pela prática dos crimes de corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Os presos e o material apreendido serão levados para a Superintendência da Policia Federal em Curitiba, no Paraná.
Buscas e detenções
Os mandados foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba, com base nos termos da colaboração premiada homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Os contratos suspeitos somam mais de R$ 682 milhões.
As investigações colheram indícios que apontam que empresas pagaram vantagens indevidas, de forma sistemática, a executivos da Transpetro. O esquema envolvia o pagamento de um percentual de propina, que alcançou o montante de até 3% do valor de 36 contratos formalizados com a estatal entre 2008 e 2014.
Valores
No período de 2008 a 2014, foram repassados milhões de reais a agentes políticos, segundo as investigações. Desse total, o colaborador teria recebido R$ 2 milhões por ano, a título de vantagem indevida, além de R$ 70 milhões no exterior.
Há indícios de que um escritório de advocacia foi utilizado para a movimentação de valores ilícitos e geração de dinheiro em espécie em favor das empresas do grupo investigado.
O sistema utilizado para a ocultação e dissimulação da vantagem indevida ocorreu mediante a utilização de contas de passagem e estruturação de transações financeiras (fracionamento). O objetivo era evitar comunicação de operações suspeitas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf)

LULA DESISTE DE IR AO ENTERRO DO IRMÃO.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva gesticula durante uma missa católica em memória de sua falecida esposa, Marisa Leticia, em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo, Brasil, em 7 de abril de 2018
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi autorizado nesta quarta-feira (30) a se despedir de seu irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, falecido na véspera, mas desistiu de sair da prisão porque recebeu a permissão quando o enterro já estava acontecendo.
"Não deixaram que eu me despedisse do Vavá por pura maldade", disse Lula, que desde abril de 2018 cumpre uma pena de 12 anos e um mês de prisão em Curitiba, a 400 quilômetros de São Paulo, onde ocorreu o sepultamento.
"Não posso fazer nada porque não me deixaram ir. O que eu posso fazer é ficar aqui e chorar", acrescentou Lula, segundo um comunicado do Partido dos Trabalhadores.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, concedeu um habeas corpus a Lula para garantir "o direito de se encontrar exclusivamente com os seus familiares (...) em Unidade Militar na Região, inclusive com a possibilidade do corpo do de cujos ser levado à referida unidade militar, a critério da família".
Um porta-voz do Instituto Lula indicou à AFP que "a decisão judicial chegou quando o corpo estava sendo enterrado" no Cemitério de Pauliceia, em São Bernardo do Campo.
O cantor Chico Buarque considerou que o manejo judicial da questão foi marcado "pelo cinismo".
"Minha solidariedade ao Lula pela perda do Vavá. E meu repúdio à Justiça pelo cinismo e pela covardia", disse o cantor e compositor ao portal Brasil 247.
Os advogados de Lula haviam pedido que o ex-presidente fosse autorizado a ir ao funeral e enterro de Vavá. Invocaram o artigo 120 da Lei de Execução Penal, que determina que os presos podem obter a permissão de saída com escolta em caso de falecimento ou doença grave de um irmão ou outros parentes próximos.
Mas na terça-feira à noite, a juíza Carolina Lebbos - a cargo da Operação Lava Jato - negou a solicitação, acolhendo recomendações da Polícia Federal e do Ministério Público.
A PF recomendou não autorizar o pedido alegando questões logísticas, entre elas não dispor dos meios de transporte necessários para que o ex-presidente pudesse participar a tempo "dos ritos post mortem de seu irmão", e de segurança, diante do alto poder de mobilização do ex-presidente

MDB DIVIDIDO PELA PRESIDÊNCIA DO SENADO.

Às vésperas da eleição da presidência do Senado, na próxima sexta-feira (1º), as articulações se intensificam, mas o resultado ainda é incerto, mesmo com as recentes movimentações de Renan Calheiros (MDB-AL). Tanto a escolha oficial do MDB de seu candidato quanto a possibilidade de candidaturas avulsas e o rito da votação podem influenciar as chances de o veterano na política conquistar o comando da Casa pela quinta vez.
O cargo é determinante na distribuição de postos-chave na Mesa Diretora, nas comissões temáticas e também no ritmo de andamento das propostas do governo de Jair Bolsonaro, como a reforma da Previdência.
Nesta terça-feira (29), o MDB não conseguiu chegar a um consenso para lançar um só candidato para a disputa. A decisão da bancada entre Renan e Simone Tebet (MDB-MS) deve ficar para próxima quinta-feira (31).
Antes de a discussão começar, o presidente do partido, Romero Jucá, adiantou que eles não deveriam bater o martelo no dia. Ao deixar o encontro, ele defendeu o voto fechado e disse acreditar na unidade. “Acredito que a bancada vai se conduzir para um entendimento final”, afirmou a jornalistas.
No recesso do Judiciário, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli, decidiu em favor da votação secreta, adotada até então pelos parlamentares. Essa opção favorece Renan.
Na reunião desta terça, Tebet abriu mão da liderança do MDB no Senado, que passou para José Maranhão (MDB-PB). O principal motivo foi manter sua candidatura. “Não tenho condições de abrir mão dessa disputa no MDB”, disse.
Caso não seja escolhida pelos correligionários, a senadora não decidiu se lançará uma candidatura avulsa - ou seja, sem ser o nome oficial do MDB.  “Que partido me abrigaria? Não sei”, afirmou ao HuffPost Brasil.
Caciques da sigla descartam essa possibilidade. “Regimentalmente não existe candidatura avulsa”, disse Maranhão após a reunião

MOURÃO TEM BOAS PESPECTIVAS COM O NOVO CONBRESSO.

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse ter a “melhor expectativa possível” para a nova composição do Congresso Nacional, que inicia a legislatura na próxima sexta-feira (1º).
“Houve uma renovação grande. Acreditamos que a força dos novos vai favorecer o entendimento pelo Congresso das responsabilidades que tem perante o Brasil”.
Perguntado se uma eventual eleição dos veteranos Rodrigo Maia (DEM-RJ), para a presidência da Câmara, e Renan Calheiros (MDB-AL), para o Senado, não pode comprometer esse processo de renovação, Mourão respondeu: “Vou dizer uma expressão em inglês: welcome aboard. Bem-vindos a bordo.”
O vice-presidente ainda mostrou confiança na articulação política encabeçada pelo ministro-chefe da Casa-Civil, Onyx Lorenzoni. “O ministro Onyx está montando a equipe dele com os parlamentares que ele conhece. Vamos ver como vai se desdobrar esse assunto”.
O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, fala à imprensa.
Vice-presidente da República, Hamilton Mourão - Wilson Dias/Agência Brasil
Mourão esteve com o ministro da Secretaria de Governo, Alberto dos Santos Cruz, na tarde de hoje. Reunidos em seu gabinete, trataram do processo de nomeações do governo. Mourão não adiantou nada sobre o assunto, apenas afirmou que não haverá “balcão de negócios” nas nomeações.
Antes de deixar o anexo do Palácio do Planalto, onde funciona a Vice-Presidência da República, ele também disse que tinha a intenção de visitar o presidente Jair Bolsonaro no hospital, em São Paulo, na próxima sexta-feira (1º). Mudou os planos, no entanto, a pedido da família.
“Ele precisa ficar em um repouso maior. Eu estava com a ideia de ir na sexta-feira e a família me pediu para que eu só fosse semana que vem”

POPULAÇÃO AMARRA PREFEITO POR NÃO CUMPRIR PROMESSAS.

Reprodução/El Deber
Moradores da cidade de San Buenaventura, na Bolívia, decidiram cobrar o prefeito eleito, Javier Delgado, por não cumprir as promessas que havia feito em sua campanha eleitoral. De acordo com o jornal local El Weber, no início da semana o político ficou preso a um bloco de madeira em uma espécie de “castigo” por sua administração ruim.
O prefeito teria sido punido porque alguns habitantes da comunidade de San José de Uchupiamonas se sentiram enganadas e não tiveram seus desejos atendidos. Na Bolívia, a Constituição reconhece o conceito de justiça comunitária para os indígenas, mas só reconhece penas como multas e trabalhos comunitários.
“O povo o recebeu e a condição era que o puséssemos no cepo. Ele não cumpriu os compromissos que contraiu com a população de San José e segundo as autoridades da comunidade, quando eles vão [até o prefeito], ele não os atende com prioridade”, afirma Daniel Salvador, morador de San Buenaventura.
Questionado, Delgado se defende e afirma que “houve uma total confusão e distorção da informação” feita por pessoas com interesses políticos.
Não é o primeiro castigo enfrentado pelo prefeito boliviano. Em 2015 e 2016, o político foi acusado dos mesmos crimes e acabou sendo castigado em Tumupasa, onde fica a etnia Tacana. Dessa vez, o político afirmou que sentiu uma profunda tristeza pela falta de informação da população. “[O castigo] é mais que físico, é moral

PGR INVESTIGA RENAN CALHEIROS SOBRE VENDA DE MPs.

 - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, denunciou ao STF (Supremo Tribunal Federal), nesta segunda-feira (28), o deputado Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, sob acusação de corrupção passiva. Dodge afirma que Lúcio recebeu R$ 1,5 milhão de propina da Odebrecht pela "venda" de uma medida provisória (MP) em 2013.
Além de Lúcio, são investigados no mesmo inquérito os senadores do MDB Renan Calheiros (AL), Eunício Oliveira (CE) e Romero Jucá (RR) e o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). Eles não foram denunciados.
Segundo a PGR (Procuradoria-Geral da República), a apuração sobre os quatro prossegue porque é mais ampla -inclui a suspeita de "venda" de outras medidas provisórias- e ainda não foi concluída pela Polícia Federal.
Renan e Maia são candidatos à presidência do Senado e da Câmara, respectivamente. A eleição está marcada para sexta-feira (1º), quando começa a nova legislatura. A denúncia contra Lúcio utiliza provas que também poderão ser usadas contra os demais suspeitos, como registros de pagamentos ilícitos no sistema interno da Odebrecht, batizado de Drousys.
"As planilhas com os pagamentos, em que pese produzidas unilateralmente pela Odebrecht, foram criadas e lançadas à época dos fatos [em 2013] -portanto, espontaneamente-, realidade que lhe confere credibilidade como prova, sobretudo quando conjugada com os demais elementos probatórios", escreveu Dodge na denúncia, defendendo a validade dos arquivos digitais para incriminar os suspeitos.
A investigação sobre a MP 613/2013, citada na denúncia contra Lúcio, resultou da delação de ex-executivos da Odebrecht. Lúcio presidiu no Congresso a comissão mista que converteu a MP em lei. O texto desonerou a indústria química beneficiando diretamente a Braskem, empresa do Grupo Odebrecht.
"Em relação a Lúcio, as planilhas registram dois pagamentos em 4 de outubro de 2013, um de R$ 500 mil e outro de R$ 1 milhão, em favor do codinome Bitelo (Lúcio)", afirmou a PGR, citando relatório da Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise.
Segundo a PGR, o dinheiro, recebido em espécie, era parte dos R$ 51 milhões que foram encontrados em 2017 em um apartamento em Salvador (BA). Lúcio, seu irmão Geddel e sua mãe, Marluce, já são réus no STF sob acusação de associação criminosa e lavagem de dinheiro pelo episódio do "bunker" que escondia o dinheiro.
Também são alvos da nova denúncia quatro ex-executivos da Odebrecht, entre eles Marcelo Odebrecht, acusados de corrupção ativa. Os depoimentos deles, de uma funcionária do "departamento de propinas" da empreiteira e de um ex-assessor de Lúcio, além de registros de telefonemas do deputado, são apresentados como prova do crime pela PGR

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

RODRIGO MAIA É UM BOM NOME PARA COMANDAR A CÂMARA DOS DEPUTADOS.

) - O presidente interino Hamilton Mourão avaliou nesta terça-feira (29) que Rodrigo Maia (DEM-RJ) é um bom nome para conduzir a Câmara dos Deputados na próxima legislatura, que se inicia em fevereiro.
Na opinião dele, o parlamentar, que tenta a reeleição e conseguiu viabilizar o apoio de partidos como PSL, PDT e MDB, tem experiência e conhecimento para continuar no cargo.
"Eu acho que é um bom nome, tem experiência, tem conhecimento do pessoal lá dentro", disse Mourão ao ser questionado pela Folha.
Perguntado, o general disse ainda que o governo federal não teria problemas em dialogar também com o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que tem ensaiado uma aproximação com o presidente Jair Bolsonaro.
"A gente dialoga com qualquer um, sem problemas", respondeu.
Para evitar a possibilidade de eventuais retaliações, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, filiado ao DEM, ordenou à equipe ministerial que não se envolva ou declare apoio aos candidatos à sucessão no Congresso Nacional.
A senadora Simone Tebet (MDB-MS), candidata à sucessão de Eunicio Oliveira (MDB-CE), no entanto, já reclamou de uma interferência da Casa Civil na disputa legislativa.
Segundo ela, para o DEM interessa que o senador Renan Calheiros (MDB-AL) seja candidato, pois seria mais fácil de ser vencido por uma candidatura do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), nome favorito de Onyx.
Nas últimas semanas, Maia tem evitado entrar em atrito com o novo governo, na tentativa de contar com seu apoio na eleição legislativa.

NEM TODOS OS CORPOS SERÃO RESGATADOS EM BRUMADINHO.

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Densidade e volume da lama tornam impossível o resgate de todos os corpos, )
O governo Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que não será possível resgatar todos os corpos soterrados pela lama em Brumadinho (MG), na Grande Belo Horizonte.
A dificuldade de localização aprofunda a dimensão trágica do rompimento da barragem da Vale, na região conhecida como Córrego do Feijão, na sexta-feira (25). Há até o momento contabilizados 84 mortos —desses, 42 já identificados— e 276 desaparecidos. Familiares e amigos lamentam a falta de informação.
Ministros mencionaram a complicação da operação de resgate dada a densidade e o volume da lama, que, em determinadas regiões, forma um bloco de massa praticamente impenetrável.
A barragem 1, que se rompeu, é uma estrutura de porte médio para a contenção de rejeitos e estava desativada. Seu risco era avaliado como baixo, mas o dano potencial em caso de acidente era alto. Com o incidente, foram liberados cerca de 13 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro no rio Paraopeba, que passa pela região. A lama se estende por uma área de 3,6 km² e por 10 km.
Chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni disse que a questão foi trazida pelo colega da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, na reunião do comitê de crise no Palácio do Planalto nesta terça-feira (29).
“Este é um episódio de muita gravidade. Algumas pessoas triste e lamentavelmente não serão recuperadas. Tem uma questão de respeito e solidariedade a todas as famílias que viverão um luto sem necessariamente o seu ente querido”, afirmou Onyx. “É uma dor de intensidade absurda.”
Na manhã desta terça (29), uma operação do Ministério Público de Minas Gerais, do Ministério Público Federal e da Polícia Federal prendeu cinco engenheiros —três da Vale, em Minas Gerais e dois prestadores de serviço, em São Paulo— relacionados à segurança da barragem.
Os profissionais da Vale eram os responsáveis diretos pela estrutura que se rompeu, e os dois demais, os que atestaram a segurança da barragem em laudo recente.

GOVERNO NÃO PODE INTERVIR NA VALE.

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, desmentiu o general Hamilton Mourão e afirmou que o governo não deve intervir na Vale .
O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, desmentiu o general Hamilton Mourão e afirmou que o governo não deve intervir na Vale depois do rompimento da barragem de rejeitos que aconteceu em Brumadinho na última sexta-feira, 25. Segundo ele, a golden share que o governo possui na Vale não permite nenhuma intervenção na empresa.
“Essa é uma decisão do conselho de administração, e é evidente que nas empresas privadas, em que o governo é apenas um acionista, o papel do acionista é confiar no seu conselho de administração. Não há condição de haver qualquer grau de intervenção [do governo], até porque essa não seria uma sinalização desejável ao mercado”, declarou.
Onyx afirmou que é preciso aguardar as investigações em curso, mas disse que “se a investigação mostrar que há dolo, o governo vai exercer seu direito”. “Não cabe ao governo federal apoiar qualquer empresa ou diretoria que não seja da sua administração, como a Petrobras”, disse.
“Temos que aguardar o andamento das investigações. Não cabe ao governo federal apoiar qualquer empresa ou diretoria que não seja da sua administração, como a Petrobras”, indicou o ministro, ressaltando que “o governo tem que ter humildade para saber que não pode tudo e prudência, especialmente em um setor econômico que é muito relevante para o nosso país. Tem que haver algo muito importante, que é equilíbrio”

EXECUTIVOS DA VALE SERÃO RESPONSABILIZADOS PELO DESASTRE EM BRUMADINHO.

JUSTIÇA NEGA IDA DE LULA AO ENTERRO DO IRMÃO.


TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) negou habeas corpus ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para sair da prisão e participar do velório do irmãoGenivaldo Inácio da Silva, o Vavá, morto na terça-feira (29). A decisão leva em conta falta de helicóptero da Polícia Federal, risco de fuga e de manifestações que pudessem ferir o ex-presidente e outros presentes no enterro.
Na manhã desta quarta-feira (30), após a ordem do TRF-4, a defesa de Lula recorreu ao STF. Os advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Martins argumentam que a Lei de Execução Penal prevê o “direito humanitário”.
O pedido do ex-presidente já havia sido rejeitado no início da madrugada pela juíza da Vara de Execuções Penais de Curitiba, Carolina Lebbos. Ela acolheu as alegações do Ministério Público Federal e o ofício da Polícia Federal
A despacho do TRF-4, assinada pelo desembargador Leandro Paulsen, endossa a de Lebbos e ressalta a justificativa da Polícia Federal de que não há helicópteros para fazer o transporte do ex-presente. Os equipamentos estão à disposição do efetivo deslocado para atuar no regaste das vítimas do rompimento da barragem em Brumadinho (MG).
O desembargador destaca ainda que ponderou a “viabilidade operacional e econômica e dos demais valores tutelados pelo ordenamento”. Para Paulsen, a ordem da juíza não foi ‘arbitrária ou infundada’.
“O indeferimento, portanto, não foi arbitrário ou infundado. Pelo contrário, está adequado à situação concreta. Aliás, conforme já destacou a digna magistrada, inclusive com amparo no parecer do Ministério Público, ‘o indeferimento da autoridade administrativa encontra-se suficiente e adequadamente fundamentado na impossibilidade logística de efetivar-se o deslocamento pretendido em curto espaço de tempo’”.
Além da logística, a juíza fala em “preservação da segurança pública e do próprio preso”.

FORÇAS ARMADAS PAGARÃO OPERAÇÃO DE BOLSONARO.

Segundo porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros, despesas serão custeadas por convênio com Hospital das Forças Armadas.
Os custos da cirurgia que retirou a bolsa de colostomia e reconstruiu o canal intestinal do presidente Jair Bolsonaro, realizada nesta segunda-feira no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, serão pagos pelo Hospital das Forças Armadas. A confirmação foi feita pelo porta-voz da Presidência da República, Otávio Santana do Rêgo Barros, nesta terça-feira. As informações são do jornal O Globo.
Bolsonaro passou por fisioterapia e apresentou “bom desempenho” após a cirurgia, conforme afirmou o porta-voz. Segundo Rêgo Barros, o pagamento das despesas deve ser feito através de um convênio existente entre o Hospital das Forças Armadas e a Presidência. O porta-voz não deu detalhes que forma será feito o pagamento, em que prazo bem como uma estimativa do valor total da despesa pela internação.
Ele passou por uma cirurgia de reconstrução do trânsito intestinal na segunda, num processo que durou 7 horas.
Esta foi a terceira operação à qual ele foi submetido desde que foi alvo de uma facada, em setembro de 2018, durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG). O procedimento consistiu no religamento do intestino após a retirada de uma bolsa de colostomia, colocada há quase cinco meses.
A grande quantidade de aderências (partes do intestino que ficam coladas) levou a equipe médica a executar um procedimento mais complexo e demorado do que se esperava. A opção mais simples era religar as duas pontas do intestino grosso, que estavam separadas, para que o trânsito intestinal voltasse ao normal.
A outra, que teve de ser adotada, exigia a união de uma alça do grosso com o delgado. Para que isso acontecesse, a parte do intestino grosso que estava conectada à bolsa de colostomia foi removida. Essa intervenção seria adotada se os médicos constatassem que havia muitas aderências e lesões em razão da facada e das duas cirurgias a que ele foi submetido anteriormente

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

SÉRGIO MORO REBATE JEAN WILLYS E NEGA OMISSÃO.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro .
O Ministério da Justiça e Segurança Pública divulgou nota no último sábado (26) lamentando a decisão do deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) de desistir de seu mandato e deixar o país por causa de ameaças. A pasta, chefiada pelo ex-juiz Sergio Moro, rebateu a acusação do parlamentar sobre omissão das autoridades.
A nota informa que Marcelo Valle Siqueira Mello, membro do grupo autointitulado “Homens Sanctos”, foi preso em 2018 por fazer ameaças contra Wyllys e que, portanto, a acusação sobre omissão “não corresponde à realidade”.
Em carta a seus companheiros de partido, Jean Wyllys afirmou que as ameaças de morte a ele e familiares se intensificaram no último ano e que a Polícia Federal e o Estado Brasileiro se calaram diante das denúncias.
Ainda segundo o ministério, a PF instaurou vários inquéritos para apurar as ofensas e ameaças entre 2017 e 2018. As investigações, ainda em andamento, identificaram Siqueira Mello, que usava a identidade de Emerson Setim para ofender o parlamentar.
A nota da pasta de Moro repudia também a conduta dos que se valem do anonimato da internet para ameaçar qualquer pessoa, “em especial por preconceitos odiosos”. Jean Wyllys foi o primeiro parlamentar assumidamente gay a defender a causa LGBT no Congresso.
O deputado, um dos principais opositores do presidente Jair Bolsonaro, anunciou na última quinta-feira (24), que não vai assumir seu terceiro mandato e deixará o país por temer por sua própria vida. Em março do ano passado, a vereadora Marielle Franco, do mesmo partido de Jean Wyllys, foi executada a tiros no centro do Rio de Janeiro. As investigações sobre o crime ainda estão em andamento.
Com a decisão de Jean Wyllys, quem deve assumir a cadeira de deputado federal no próximo dia 1º é o jornalista e vereador David Michael Miranda (PSOL), de 33 anos. Ele é o primeiro suplente do partido no Rio de Janeiro.
Gay e ativista do movimento LGBT, Miranda exerce mandato na Câmara Municipal do Rio desde 2016

FLÁVIO BOLSONARO NÃO SERÁ INVESTIGADO NO SENADO.

Flavio Bolsonaro
 - De olho em uma disputa em que os eleitores são seus pares, candidatos à presidência do Senado têm afastado a possibilidade de investigar na Casa o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), alvo de suspeitas envolvendo movimentações financeiras e integrantes de seu gabinete na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).
Partidos de oposição, como o PT, defendem a instalação de uma CPI (comissão parlamentar de inquérito) para investigar o senador eleito.
"Esta questão do Flávio Bolsonaro é algo anterior à sua posse no Senado, não é um crime que cometeu enquanto senador. Mas é muito grave o que está acontecendo. Precisamos investigar isso. Se o Judiciário, o Ministério Público não derem conta, nós queremos conversar com parlamentares, com outros partidos, a instalação de uma CPI. Não podemos deixar a população sem retorno", disse a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), que tem mandato de senadora até 31 de janeiro e, no dia seguinte, assume como deputada federal.
O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) apontou que o filho do presidente Jair Bolsonaro recebeu em sua conta bancária 48 depósitos, em dinheiro, em junho e julho de 2017, sempre no valor de R$ 2.000, totalizando R$ 96 mil.
De acordo com reportagem do Jornal Nacional, os depósitos foram feitos no autoatendimento da agência bancária que fica dentro da Alerj, e os remetentes não foram identificados. Flávio alega que recebeu dinheiro em espécie pela venda de um imóvel e que depositou R$ 2.000 por ser o limite no caixa eletrônico.
Além disso, há investigações sobre funcionários do gabinete de Flávio na Alerj.
O Coaf diz que Fabrício Queiroz, que era policial militar e motorista do filho de Bolsonaro, movimentou R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.
Além do valor, considerado incompatível com o patrimônio de Queiroz, chamaram a atenção o volume de saques -que chegaram a cinco em um mesmo dia- e o fato de ele ter recebido repasses de oito funcionários do gabinete de Flávio.
Soma-se a isso o fato de que uma operação deflagrada no Rio de Janeiro nesta semana tinha como um dos alvos de mandado de prisão o ex-capitão da PM Adriano Nóbrega, suspeito de chefiar milícias na cidade. A mãe e a mulher dele foram funcionárias comissionadas no gabinete de Flávio até 2018. Flávio atribui as indicações a Queiroz.
A reportagem ouviu seis dos nove pré-candidatos ao comando do Senado: Renan Calheiros (MDB-AL), Simone Tebet (MDB-MS), Angelo Coronel (PSD-BA), Alvaro Dias (PODE-PR), Esperidião Amin (PP-SC) e Major Olímpio (PSL-SP).
A maioria dos entrevistados disse que não se deve pré-julgar Flávio e que ele já está sendo alvo de investigação do Ministério Público.
"Tenho uma tese de que ninguém deve pré-julgar ninguém. Acho que o senador Flávio Bolsonaro vai ter a oportunidade de externar e fazer a sua defesa. Se lá na frente ele cometer algum delito, cabe à Justiça apreciar e julgar. Mas não será Angelo Coronel, presidente do Senado, se for, que vou ser o algoz de nenhum parlamentar", disse o próprio senador eleito pelo PSD da Bahia.
Para Renan Calheiros, Flávio não pode ser investigado no Rio de Janeiro, já que é senador eleito, nem no Senado

O BRASIL NÃO TÊM CULTURA DE PREVENÇÃO.


 - O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse, nesta sexta-feira (25), sobre o desastre em Brumadinho (MG) que o Brasil "não tem a cultura da prevenção" nos setores público e privado.
"Lamentavelmente não se construiu aqui a cultura de prevenir para não remediar. Isso vale para tudo, com raras e honrosas exceções na área da saúde. Principalmente em equipamentos públicos. Isso é com pontes, viadutos. Então nós lamentavelmente não temos como regra prevenir, fazer verificações periódicas", disse o ministro.
Ele conversou com a Folha no aeroporto de Brasília. Confirmou que o presidente Jair Bolsonaro estará na região neste sábado (26).
Indagado sobre como transformar a falta de prevenção, Lorenzoni disse que "governando pelo exemplo". "O governo começando a trabalhar assim, isso vai ganhando capilaridade no resto da administração pública e contamina positivamente o setor privado."
Indagado se o rompimento em Brumadinho seria evitável, Onyx concordou: "São tragédias evitáveis. A gente ainda não conhece os detalhes [do que houve]. Mas a gente está vendo no Brasil o quê? Exatamente isso, ponte que cai, viaduto que cai. Por falta do quê? Manutenção e prevenção".

PGR DENUNCIA IRMÃO DE GEDEL AO STF.

 - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, denunciou ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta segunda-feira (28) o deputado Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, sob acusação de corrupção passiva.
Dodge afirma que Lúcio recebeu R$ 1,5 milhão de propina da Odebrecht pela "venda" de uma medida provisória em 2013. Os senadores do MDB Renan Calheiros (AL), Eunício Oliveira (CE) e Romero Jucá (RR), além do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), são investigados no mesmo inquérito, mas não foram denunciados.
Segundo a PGR (Procuradoria-Geral da República), a apuração sobre os quatro prossegue porque é mais ampla --inclui a suspeita de "venda" de outras MPs-- e ainda não foi concluída pela Polícia Federal.
Renan e Maia são candidatos à presidência do Senado e da Câmara, respectivamente. A eleição está marcada para sexta-feira (1º), quando começa a nova legislatura.
A denúncia contra Lúcio utiliza provas que também poderão ser usadas contra os demais suspeitos, como registros de pagamentos ilícitos no sistema interno da Odebrecht, batizado de Drousys.
"As planilhas com os pagamentos, em que pese produzidas unilateralmente pela Odebrecht, foram criadas e lançadas à época dos fatos [em 2013] -portanto, espontaneamente-, realidade que lhe confere credibilidade como prova", escreveu Dodge na denúncia, defendendo a validade dos arquivos digitais para incriminar os suspeitos.
A investigação sobre a MP 613/2013, citada na denúncia contra Lúcio, resultou da delação de ex-executivos da Odebrecht. O deputado presidiu no Congresso a comissão mista que converteu a medida em lei, desonerando a indústria química -e beneficiando diretamente a Braskem, empresa do Grupo Odebrecht.
"Em relação a Lúcio, as planilhas registram dois pagamentos em 4 de outubro de 2013, um de R$ 500 mil e outro de R$ 1 milhão, em favor do codinome Bitelo [Lúcio]", afirmou a PGR, citando relatório da Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise.
Segundo a PGR, o dinheiro, recebido em espécie, era parte dos R$ 51 milhões encontrados em 2017 em um apartamento em Salvador (BA). Lúcio, seu irmão Geddel e sua mãe, Marluce, já são réus no STF sob acusação de associação criminosa e lavagem de dinheiro pelo episódio.
Também são alvos da nova denúncia quatro ex-executivos da Odebrecht, entre eles Marcelo Odebrecht, acusados de corrupção ativa. Os depoimentos deles, de uma funcionária do departamento de propinas da empreiteira e de um ex-assessor de Lúcio, além de registros de telefonemas do deputado, são apresentados como prova pela PGR.
Dodge pediu para o relator do inquérito no STF, o ministro Edson Fachin, enviar a denúncia para a primeira instância da Justiça Federal no Distrito Federal, porque o mandato de Lúcio termina na sexta -ele não se reelegeu e deverá perder o foro especial

MINISTÉRIO PÚBLICO BOICOTA GOVERNO BOLSONARO.

 - Para o deputado Ricardo Barros (PP-PR), agora não é o momento de o Congresso se debruçar sobre as polêmicas envolvendo o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). Ele justifica que eventual investigação sobre o caso atrapalhará a tramitação da reforma da Previdência. 
O congressista culpa o Ministério Público pelo fracasso da agenda econômica durante o governo de Michel Temer e sustenta que esse mesmo roteiro pode se repetir agora. "Quem é que está solapando o Bolsonaro? MP [Ministério Público]. Quem que vaza aquelas informações seletivamente?", questiona. "Agora vamos ficar votando CPI em vez de votar reforma?"
Barros vai disputar a presidência da Câmara como candidato avulso, ou seja, sem o apoio de seu partido, que ensaia lançar a candidatura do líder da sigla na Casa, Arthur Lira (PP-AL).
Para ele, o escândalo envolvendo o filho do presidente Jair Bolsonaro pode ficar para depois. "Não é hora de colocar o governo no 'corner', é hora de dar força para o governo fazer avançar o Brasil", disse Barros em entrevista à Folha de S.Paulo.
O deputado diz que sua candidatura é para valer, e não para aumentar o valor de seu passe para, mais na frente, receber o comando ou a relatoria de uma comissão.
Ricardo Barros diz que a reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) não significa renovação e dá detalhes do desentendimento entre o atual presidente da Câmara e o PP.
Afirma que o acordo era que Lira apoiasse Maia em troca do comando da CMO (Comissão Mista de Orçamento) para o PP, o que não ocorreu.
"A candidatura do Arthur Lira mostra que, de fato, ele não estava com esta intenção de se manter no bloco do Rodrigo Maia e consolidar o espaço político da relatoria do Orçamento que o presidente Ciro Nogueira entendia que deveria ser a tarefa do líder. O Rodrigo topou, mas o Arthur não entregou. Na prática, foi isso", afirmou

ALERTA DE VAZAMENTO DA BARRAGEM FOI FEITA A 20 DIAS.

Região atingida pela lama em Brumadinho (MG) 
Uma mulher que busca o filho desaparecido na tragédia de Brumadinho (MG) disse que o rapaz, funcionário de uma empresa terceirizada da Vale, já havia alertado há 20 dias que a barragem que rompeu nesta sexta-feira (25) estava vazando.
“Tem 20 dias que ele falou comigo, ele trabalhava em firma terceirizada: ‘Mãe, a barragem tá minando água’. Eu falei que era normal, porque eu não entendo”, disse a mulher, que não teve o nome revelado, em entrevista à TV Record nesta segunda-feira (28).
A mãe foi abordada pela reportagem da emissora enquanto buscava informações pelo rapaz, que foi visto pela última vez na própria sexta, durante a hora de almoço; A Vale informou sobre o acidente à Secretaria do Estado de Meio-Ambiente às 13h37.
“Meu filho tinha descido para almoçar. A última vez que o pessoal teve contato, ele estava dentro de uma caminhonete, ‘tampado de lama’ com mais duas pessoas”, disse à TV.
Nesta terça, as autoridades iniciam o quinto dia de buscas na região. A Defesa Civil de Minas Gerais informou, na noite desta segunda, que o número de mortos do rompimento da barragem subiu para 65 pessoas e o de desaparecidos passou a ser de 279. Até o momento foram 192 pessoas resgatadas e 386 localizadas.
Ainda esta manhã, foram cumpridos cinco mandados de prisão contra funcionáriosligados à Vale. Dois deles são engenheiros que atestaram a segurança da barragem

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

CRISE NA VENEZUELA PODE MUDAR ESTA SEMANA.


Isolado depois de mais de 10 chefes de Estado declararem apoio ao presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, como presidente interino do país, Nicolás Maduro terá de tomar uma decisão sobre o que fazer caso os Estados Unidos ignorem a ordem de fechar a embaixada americana em Caracas. 
Ao romper com os EUA na quarta-feira (23), Maduro deu 72 horas para os diplomatas americanos deixarem o país. Logo após a declaração, Guaidó pediu ao governo americano que mantivesse a estrutura da embaixada intacta na capital. 
Maduro está diante de um impasse, que pode desgastá-lo ainda mais. A situação é um teste que pode mudar a história da Venezuela em poucos dias. Entenda o que está em jogo no futuro do país vizinho. 

1. A relação entre Maduro e as Forças Armadas

Um dos pilares de sustentação de Maduro na Venezuela é o apoio da Guarda Nacional e das Forças Armadas. São elas que têm contido as manifestações contrárias ao regime.
Na tarde desta quinta (24), o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, declarou, ao lado da cúpula militar venezuelana, que as Forças Armadas “defendem a Constituição e são garantidoras da soberania nacional”, e que Maduro é o “presidente legítimo”.
Porém, líderes da oposição têm apelado para que os militares se rebelem e já há indícios de insurgência. Nesta semana, 27 militares de baixa patente da guarda foram presos, após roubarem armas, dois blindados e gravarem vídeos estimulando a população a derrubar o regime de Maduro. 
É neste cenário que cabe a Maduro pedir a essas forças para cercar a embaixada dos Estados Unidos. Há a possibilidade de que a ordem não seja acatada, o que ruiria o pouco respaldo que o ditador ainda ostenta.