quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

GUAIDÓ VAI SE ENCONTRAR COM BOLSONADRO.


O presidente Jair Bolsonaro receberá Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino da Venezuela, nesta quinta-feira (28), às 14h, no Palácio do Planalto. O encontro foi confirmado pelo porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros. Apesar de o Brasil reconhecer Guaidó como presidente interino da Venezuela, o encontro não será tratado como uma visita de Estado.
De acordo com Rêgo Barros, Guaidó fica na Base Aérea de Brasília após sua chegada, por volta da meia-noite. Ele será recebido pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, responsável por acompanhá-lo durante a visita. O encontro com Bolsonaro não terá formalidades de chefe de Estado. O presidente receberá Guaidó em seu gabinete

ZÉ DE ABREU É O PRESIDENTE AUTO PROCLAMADO.

José de Abreu se proclama presidente do Brasil e diz imitar Guaidó na Venezuela
 - Apoiador histórico do PT, o ator José de Abreu, 72, se proclamou na noite de segunda-feira (25) presidente do Brasil. Em uma série de publicações no Twitter, ele diz que segue o exemplo do líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, que se declarou presidente interino da Venezuela, no dia 23 de janeiro. 
"A partir de hoje [25] eu sou o autodeclarado Presidente do Brasil. Igual fizeram na Venezuela. Lula está nomeado chefe da casa civil, militar e religiosa do Brasil", escreveu o ator.
Desde então, Abreu publica mensagens sobre as suas decisões como presidente. Uma delas é soltar o ex-presidente Lula para que ele possa "assumir o Ministério dos Justos". 
Ele também fez críticas aos ministros do atual governo de Jair Bolsonaro, especialmente Sérgio Moro, ex-juiz e responsável pela condenação de Lula. "Outra coisa: Moro será declarado traidor da pátria e terá a mesma sentença que deu a Lula multiplicada por dez. Passará o resto da vida na cadeia fazendo PowerPoint com Dalagnol", escreveu em referência ao procurador Deltan Dallagnol, que atua na força-tarefa da Operação Lava Jato.
Após o anúncio, internautas fizeram montagens de fotos de Abreu com uma faixa de presidente do Brasil. O ator também nomeou vários ministros para o seu governo, como Jean Wyllys para a pasta da Saúde. "Só ele poderá curar o preconceito que hoje impera no país", escreveu Abreu. Com medo de ameaças, Wylls decidiu no início deste ano abrir mão do seu mandato como deputado federal.

REFORMA DA PREVIDÊNCIA DEVE SER CLÁUSULA PÉTREA.

POLÍCIA MILITAR PODE ENTRAR EM GREVE NACIONAL.

Vice-líder do governo desde a última terça-feira, 26, o deputado capitão Augusto (PR-SP) afirmou que a Polícia Militar pode entrar em greve contra a reforma da Previdência.
A notícia foi dada em uma reunião da bancada do partido, e, de acordo com o parlamentar, pode envolver policiais de todo o país caso as novas regras alterem na garantia de mesmo salário para PMs da reserva e da ativa.

Regras desagradam

As regras para a Previdência contidas na proposta enviada ao Congresso não agradaram aos policiais. Segundo eles, as atividades de bombeiros e policiais devem ter um tratamento previdenciário diferente do oferecido às Forças Armadas.
“Eu não vejo as Forças Armadas chamarem homens de 60 anos de idade para fazer o serviço militar. Eles só chamam com 18. E com 20, 22, eles já estão descartando. Ou seja, se tiver uma guerra, as próprias Forças Armadas têm que levar para uma eventual guerra um contingente com vigor físico invejável. Por que a polícia militar, então, tem que trabalhar até os 60, 65 anos?”, indagou o deputado Coronel Tadeu (PSL-SP), em uma reunião realizada na última terça-feira.
Para o parlamentar, ampliar a idade mínima para a aposentadoria pode trazer prejuízos à sociedade. “O que você acha de um senhor de 65 anos de idade portando uma arma, um colete, um cinturão, correndo atrás de um bandido com fuzil? Vigor físico não bate”, indica

SUPREMO VAI JULGAR AÇÕES DA LRF.

 - Em meio à crise fiscal que atinge a maioria dos estados, o plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) começará a julgar, na tarde desta quarta-feira (27), oito ações que questionam a constitucionalidade de trechos da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que entrou em vigor no ano 2000.
A lei define os limites de endividamento e gastos com pessoal para os entes da federação. Ao todo, são contestados nas ações 25 dispositivos da LRF, entre os quais alguns mecanismos que permitiram aos estados reduzir suas despesas.
Os mais polêmicos tratam da possibilidade de redução da jornada de servidores públicos com a respectiva redução dos salários e a autorização para que o Executivo diminua os repasses para os demais Poderes caso os limites de gastos com pessoal tenham estourado.
A LRF estipula que os gastos com pessoal nos estados não podem superar 60% da receita corrente líquida. Desse valor, o Legislativo estadual (incluído o Tribunal de Contas) pode gastar 3% com pessoal, o Judiciário, 6%, o Ministério Público, 2%, e o Executivo, os 49% restantes.
Todas as ações contestam o artigo da LRF que estabelece esses percentuais. Um dos argumentos é que esse trecho desrespeita o princípio constitucional da separação dos Poderes.
A possibilidade de redução de salários, por exemplo, já foi suspensa pelo plenário do Supremo liminarmente (provisoriamente) em 2002. A composição da corte naquela época era outra. Somente 3 dos 11 ministros permanecem -Celso de Mello, Marco Aurélio e Gilmar Mendes.
A ação principal (ADI 2238) foi ajuizada por PT, PC do B e PSB logo após a lei entrar em vigor. A essa ação foram apensadas as demais, ajuizadas por entidades que representam membros do Ministério Público e de tribunais de contas e pelo governo e pela Assembleia de Minas Gerais.
O relator das oito ações é o ministro Alexandre de Moraes. Cada um dos 25 dispositivos questionados deverá ser discutido separadamente pelos magistrados, o que deve tornar a análise longa.
A expectativa é que o julgamento se estenda para as próximas sessões plenárias do STF, e que nesta quarta-feira haja somente as sustentações orais das partes (os requerentes, o Ministério Público e a Advocacia-Geral da União) e dos "amici curiae" (amigos da corte, em latim).

DODGE É CONTRA FORO PRIVILEGIADO.

 A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, deu parecer contrário ao pedido do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, de que a investigação sobre candidatas-laranjas do PSL aberta em Minas Gerais passe a tramitar perante o STF (Supremo Tribunal Federal).
Deputado federal licenciado, Álvaro Antônio recorreu à corte com base nas regras do foro especial -segundo as quais autoridades só podem ser investigadas ou processadas em determinada instância-, apesar de, durante a campanha eleitoral, ter produzido material divulgando que apoiou o fim do foro durante sua passagem pela Câmara. O caso dos laranjas foi revelado pela Folha de S.Paulo.
Em seu parecer, Dodge afirma que os fatos "em análise, mesmo tendo ocorrido durante o mandato de deputado federal do reclamante, são totalmente estranhos ao exercício do mandato, pois envolvem situações exclusivamente de cunho eleitoral, associadas apenas ao pleito eletivo de 2018". 
A defesa de Álvaro Antônio pede ainda ao STF que a investigação em Minas seja suspensa até que o tribunal tome uma decisão sobre seu pedido. O caso está sob relatoria do ministro Luiz Fux.
"Segundo o reclamante [Álvaro Antônio], a autoridade reclamada [Procuradoria-Regional Eleitoral de Minas] estaria conduzindo investigação de fatos delitivos que teriam sido praticados durante o exercício e em razão do seu mandato de Deputado Federal", escreve Dodge, relatando que o caso foi enviado para a promotoria eleitoral para apuração de crimes tipificados nos artigos 350 (falsidade ideológica eleitoral) e 354-A (apropriação indevida de verbas de campanha) do Código Eleitoral.
"Os fatos ocorreram durante o mandato parlamentar federal do reclamante, porém não é ato vinculado ao exercício deste mandato. Os partidos políticos são obrigados a destinar 30% das verbas do Fundo Especial de Financiamento de Campanha para o financiamento de candidaturas femininas. O descumprimento da lei ou a aplicação em finalidade diversa da prevista em lei pode caracterizar ilícito eleitoral", prossegue a procuradora-geral, para quem o STF já decidiu que o foro privilegiado incide para crimes durante o mandato e que estejam vinculados à função desempenhada pelo membro do Congresso Nacional. "As demais infrações penais que não se enquadram nestes critérios devem ser processadas e julgadas em primeira instância."
Reportagens da Folha de S.Paulo publicadas desde o início de fevereiro mostram que o ministro do Turismo, deputado federal mais votado em Minas, patrocinou um esquema de candidaturas de laranjas, todas abastecidas com verba pública do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro.
Álvaro Antônio era presidente do PSL em Minas. Parte do dinheiro direcionado a elas voltou para empresas de assessores e parentes de assessores. Ele nega irregularidades e diz ter agido sempre dentro da lei.
O ministro do Turismo também tentou censurar a Folha de S.Paulo, ingressando na Justiça com pedido de retirada das reportagens do ar, mas liminar nesse sentido foi negada pela juíza Grace Correa Pereira, da 9ª Vara Cível de Brasília.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

DISCURSO DE BOLSONARO EMPERRA REFORMA DA PREVIDÊNCIA.

Jair Bolsonaro

 - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse nesta terça-feira (26) que um dos obstáculos para o presidente Jair Bolsonaro aprovar pautas como a reforma da Previdência é o seu discurso antipolítica.
Segundo ele, se a votação da reforma da Previdência ocorresse hoje na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) o governo perderia. "O problema é que o presidente está refém do discurso dele de campanha", disse Maia em seminário do banco BTG Pactual, na capital paulista. Para Maia é improdutivo o discurso de contrapor "nova política" e "velha política", que contribui para uma erosão das relações com os congressistas.
"A questão é construir uma aliança. A gente não pode menosprezar a política, criminalizar a política em todos os momentos", continuou. Segundo Maia, até o início de junho ou primeira quinzena de julho, os parlamentares estarão prontos para votar a proposta, mas para isso é preciso uma boa articulação. "Se a gente sabe que é um processo de construção porque pressa em instalar a comissão se vou ter isso organizado lá para segunda quinzena de março? Vamos dar tempo ao tempo para que as coisas se organizem e para que 15 dias não representem derrota da reforma da Previdência", afirmou. Segundo ele, o movimento de olhar uma coisa de longo prazo com uma ansiedade de curto prazo é coisa do mercado financeiro. "Talvez a pressa possa derrotar a reforma, daí não tem dez anos de economia", disse.
Segundo Maia, não é possível saber quantos votos o governo teria hoje para aprovar a reforma porque a sua base está em formação. "Hoje eu digo que o governo tem o PSL na sua base e não tem mais partido algum", afirmou. A articulação do governo precisa melhorar, disse. Para Maia, não adianta querer colocar o DEM nessa base sem compreender que o partido sozinho não resolve o problema do governo -seria preciso trazer mais 10 ou 12 partidos para aprovar a Previdência.   "Ir sozinho para a base do governo, como sugeriu o Caiado [Ronaldo Caiado, governador de Goiás], é uma precipitação, um erro de avaliação de como forma a base no parlamento brasileiro", disse.  
Maia disse que atender a agenda das bancadas temáticas não significa que eles vão votar a reforma da Previdência e alertou que a nova formação da Câmara tem uma oposição mais forte ao governo do que a existente na gestão passada, de Temer. "O governo precisa olhar o Parlamento com um cuidado grande.

A LÍDER DO GOVERNO NO CONGRESSO.

Deputada federal eleita pelo PSL, Joice Hasselman afirmou que foi designada para ser a líder do governo no Congresso. 
A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) disse que será a nova líder do governo no Congresso. Segundo a deputada, o anúncio foi feito pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, na abertura da reunião do presidente Jair Bolsonaro com os líderes partidários, na noite desta terça-feira (26), no Palácio da Alvorada.
A deputada admitiu também a intenção de concorrer à Prefeitura de São Paulo em 2020, mas disse que o assunto não é sua prioridade agora.
Bolsonaro convocou os aliados para debater a proposta de reforma da Previdência, apresentada pelo governo ao Congresso na semana passada. Antes de abrir a discussão do atual sistema previdenciário e do texto proposto pelo governo, o ministro informou aos líderes que Joice assumirá a liderança do governo no Congresso. O presidente indicou anteriormente os líderes na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), e no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE)
“Já estava pré combinado que seria feito (o anúncio) hoje (terça-feira). O ministro Onyx abriu os trabalhos da reunião e anunciou que por indicação conjunta dos presidentes da Câmara e do Senado o meu nome era unanimidade e que o presidente havia acatado. Então, já participei dessa reunião como líder do governo no Congresso Nacional’, afirmou a deputada, ao deixar o Alvorada.
A indicação tem de ser publicada no Diário Oficial da União. A principal missão do líder do governo no Congresso é articular a aprovação do Orçamento Geral da União (OGU) e das demais leis orçamentárias, como a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), além de encaminhar a votação dos vetos presidenciais, em sessão de conjunta dos deputados e senadores.
No seu primeiro mandato na Câmara, Joice Hasselmann foi a segunda deputada mais votada de São Paulo, atrás de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). A deputada foi uma das líderes das manifestações a favor da Operação Lava Jato, que desvendou o esquema de corrupção da Petrobras, envolvendo o PT e aliados. Também apoiou o impeachment da petista Dilma Rousseff. A deputada é paranaense de Ponta Grossa e formada em jornalismo

SEM A REFORMA DA PREVIDÊNCIA JOVENS TRABALHARÃO ATÉ MORRER.


Para Mourão, crise na Venezuela mostra necessidade de investir em defesa

 - O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse nesta terça (26) que a reforma na Previdência de militares não será feita por meio de Medida Provisória e afirmou que as mudanças nas aposentadorias permitirão que o país "deslanche para um novo momento".
Segundo ele, as alterações serão encaminhadas por meio de projeto de lei que vai alterar cinco legislações.
Na segunda-feira (25), o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), afirmou  que está sendo estudada a possibilidade de enviar como medida provisória a mudança nas regras de aposentadoria de militares. 
"É uma hipótese. Pode ser que seja feito desta maneira", disse após reunião com líderes partidários na Câmara. Ele  disse que um projeto de lei complementar sobre o tema permitiria um debate mais amplo sobre o assunto. 
Mourão participou em São Paulo de um evento da indústria de armamentos e disse em discurso que a reforma previdenciária é a "primeira das nossas grandes batalhas".
"Se esse governo não fizer nada, em 2022 o nosso país para. Vamos apenas pagar salários e aposentadorias. Não teremos mais recursos para custeio nem para investimentos."
E continuou: "O sistema que nós temos hoje não passa de uma pirâmide financeira. Os mais velhos, como eu, vão receber. Os mais novos, como o general [João] Chalela ali, vai trabalhar até morrer. Viu, Chalela? Não tem reserva para você. Então, nós temos que mudar isso aí."

FACADA FOI ATO SOLITÁRIO

AFP
O presidente Jair Bolsonaro se reuniu na tarde desta segunda-feira (25) com o delegado responsável por investigar o atentado à faca que sofreu quando ainda era candidato à Presidência, em setembro de 2018, em Juiz de Fora (MG).
Além do delegado Rodrigo Morais, titular do inquérito, participaram do encontro o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, o
diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, e o superintendente da Polícia em Minas Gerais, o delegado Cairo Costa Duarte.
Quando ainda estava internado para retirar a bolsa de colostomia, Bolsonaro fez um vídeo cobrando uma resposta sobre o caso. Na gravação, o presidente citou a necessidade de a PF dar uma resposta para o caso “nas próximas semanas”.
Embora o inquérito ainda esteja em andamento, a PF explicou ao presidente que não há evidência da participação de outras pessoas além de Adélio Bispo no atentado.
No dia 16 de janeiro, a Polícia Federal pediu à Justiça Federal em Minas Gerais mais 90 dias para encerrar o inquérito que apura quem são os responsáveis por financiar a defesa de Bispo.
Em dezembro do ano passado, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em dois imóveis relacionados ao advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, um dos integrantes da defesa de Adélio. O defensor diz que manterá sigilo profissional sobre o contratante.
No primeiro processo aberto pela Justiça, Adélio virou réu por atentado pessoal por inconformismo político.
Na denúncia feita pelo Ministério Público Federal e aceita pela Justiça, é dito que o acusado colocou em risco o regime democrático ao tentar interferir no resultado das eleições por meio do assassinato de um dos concorrentes na disputa presidencial.
A defesa de Adélio afirma que ele agiu sozinho e que o ataque foi apenas “fruto de uma mente atormentada e possivelmente desequilibrada” por causa de um suposto problema mental.

DESEMPREGO SOBE NO BRASIL.

O índice de desemprego no país saltou para 12% no trimestre móvel encerrado no mês de janeiro, atingindo mais de 12,7 milhões de pessoas .
Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 27, mostram que o índice de desemprego no país saltou para 12% no trimestre móvel encerrado no mês de janeiro, atingindo mais de 12,7 milhões de pessoas.
Comparado ao trimestre anterior, o crescimento no desemprego chega a 11,7% e considerando o mesmo período no ano passado, o aumento no número de pessoas sem emprego é de 12,2%.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.
Com a entrada do mês de janeiro, houve um aumento da taxa de desocupação. É algo sazonal. É comum a taxa aumentar nessa época do ano por causa da diminuição da ocupação”, explica Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.
Apesar do fator sazonalidade, o coordenador do IBGE explica que o trimestre encerrado no mês passado foi “menos favorável” que os mesmos períodos de 2018 e 2017. “Ano passado houve estabilidade na população ocupada e na desocupada, enquanto, neste ano, cresceu o número de desocupados”, diz.

População ocupada

O número de ocupados também é o menor registrado desde agosto de 2018, somando 92,5 milhões de pessoas. De acordo com o instituto, a população ocupada caiu 0,4% comparando trimestre a trimestre, o equivalente a menos 354 mil pessoas.

Subutilização da força de trabalho

A taxa de subutilização da força de trabalho também aumentou, atingindo em janeiro os 24,3%, o equivalente a 27,5 milhões de pessoas. O número representa um aumento de 209 mil pessoas comparando ao trimestre anterior. Considerando ano a ano, o aumento chega a 671 mil pessoas.

Autônomos

O número de trabalhadores por conta própria também cresceu e apresentou alta de 1,2%, na mesma comparação. Com isso, 291 mil pessoas entraram neste grupo no período. Apesar desses movimentos, a taxa de subutilização da força de trabalho, o percentual de pessoas desalentadas e o número de empregados no setor privado com carteira assinada permaneceram estáveis.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

MOURÃO FALA SOBRE OS BOLSONAROS.

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- O vice-presidente Antônio Hamilton Mourão (PRTB) disse que os filhos do presidente Jair Bolsonaro (PSL) "vão entender o tamanho da cadeira de cada um" e que "vão se limitar a ela". 
A declaração de Mourão foi dada em entrevista por telefone na manhã desta sexta-feira (22) à emissora Tua Rádio São Francisco, de Caxias do Sul. O vice-presidente viajou até a cidade, na serra gaúcha, para fazer a abertura da 32ª Festa da Uva, substituindo Bolsonaro. 
Todos filhos do presidente têm mandatos eletivos, mas nenhum ocupa cargo no governo federal. Ainda assim, eles têm causado crises no Executivo, como a que envolveu a demissão do ministro Gustavo Bebianno. O ex-ministro chegou a declarar que foi demitido por Carlos Bolsonaro, que é vereador no Rio de Janeiro pelo PSC. 
"Quando se quebra a confiança numa relação, ela não se renova mais. Isso não tem mais jeito. Obviamente houve uma falha de segurança do próprio presidente e também um ato que não foi leal por parte do ex-ministro Bebbiano ao divulgar parcelas dos áudios e conversas privadas entre os dois", disse Mourão sobre o vazamento das conversas na imprensa. 
Os áudios confrontam a versão do presidente, que afirmava que não tinha conversado com Bebianno após a revelação, feita por Folha, das "candidaturas laranjas do  PSL". 
Além de Carlos, também seguem a carreira política Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), senador que protagonizou o escândalo do assessor que movimentou R$ 1,2 milhão em um ano e recebia depósitos de outros funcionários do gabinete, e Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ), deputado federal que costura relações do governo com figuras como Olavo de Carvalho, que dá cursos online divulgando teorias da conspiração.

ERROS NA SENTENÇA DO SÍTIO DE ATIBAIA.


MPF (Ministério Público Federal) apontou erros na sentença da Justiça Federal que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da Operação Lava-Jato. .
Segundo o órgão, houve “omissões e contradições por erro material” na decisão da juíza federal Gabriela Hardt, da 13.ª Vara Federal, que condenou o petista a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro no processo do sítio de Atibaia.
“Em alguns pontos da sentença houve menção à prática do crime de corrupção ativa por Luiz Inácio Lula da Silva”, relatou a Procuradoria da República. “Tratando-se de mero erro material, o Ministério Público Federal requer seja essa contradição retificada, para que passe a constar o crime de corrupção passiva”, manifestou a Lava Jato, segundo o blog.
Na manifestação, os procuradores apontaram uma ‘omissão na parte dispositiva da sentença’. “Embora no mérito, a sentença proferida mencione a absolvição de Agenor Medeiros, José Adelmário Pinheiro Filho e Luiz Inácio Lula da Silva, em relação aos crimes de corrupção ativa e passiva em razão dos contratos do Gasoduto Pilar-Ipojuca e GPL Duto Urucu-Coari, deixou de fazê-lo na parte dispositiva”, indicaram os procuradores, de acordo com o blog do jornalista.
Tentando reparar tais pontos, o MPF requereu a correção da parte dispositiva da sentença. “Requer o Ministério Público Federal seja suprida a omissão da r. sentença para fins de inclusão da absolvição dos réus quanto às imputações feitas em relação a esses dois contratos”

GLOBO FAZ CHACOTA COM SÉRGIO MORO.

A Rede Globo causou polêmica ao provocar o Ministro da Justiça, Sergio Moro, em quadro do Fantástico. O ex-juiz federal foi personagem centro do “Isso a Globo Não Mostra”, que faz sátiras.
Em um mix de imagens (veja abaixo), a Globo colocou Ana Maria Braga e uma sequência de imagens que chamavam um “antes e depois”. Neste momento, duas declarações diferentes de Moro sobre Caixa 2 são colocadas na tela.
A brincadeira da Globo repercutiu de maneira diversa nas redes sociais. Internautas se dividiram entre os que gostaram da brincadeira e os que acreditam que a emissora tratou mal o assunto justamente por se tratar de um Ministro

PAULO GUEDES ERRA SOBRE APOSENTADORIA DE MILITARES.

Na última quarta-feira (20), uma nova proposta de reforma da previdência chegou ao Congresso Nacional. O presidente Jair Bolsonaro entregou pessoalmente o projeto aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). À noite, o ministro da Economia, Paulo Guedes, concedeu uma entrevista à TV NBR sobre o tema. A Lupa verificou algumas frases ditas por ele. Veja o resultado:
“Os militares dão sua cota de sacrifício também [na reforma da previdência]”
Paulo Guedes, ministro da Economia, em entrevista à TV NBR, em 20 de fevereiro de 2019
FALSO
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da previdência que chegou ao Congresso na última quarta-feira (20) não altera o sistema de aposentadoria de militares das Forças Armadas. Isso é admitido, inclusive, na justificativa da PEC: “Assim, mesmo para categorias que hoje não estão tratadas no texto constitucional, como os militares das Forças Armadas, será promovida a apresentação de projetos de lei em separado, promovendo ajustes em seus sistemas”, diz o texto. Essa nova proposta ainda não foi apresentada.
Já no caso dos policiais e bombeiros militares, a proposta determina que uma lei complementar da União deve especificar regras para aposentadorias e pensões e que, enquanto isso não acontece, valem as regras aplicadas às Forças Armadas.
O texto proposto pelo Executivo também sugere uma nova redação ao artigo 42, parágrafo 1 da Constituição. Atualmente, ele determina que se aplique aos policiais e bombeiros militares as mesmas regras destinadas aos militares das Forças Armadas em questões eleitorais e de conduta e permite que, assim como os servidores civis, somem suas contribuições a diferentes regimes de contribuição para o cálculo da aposentadoria. Na PEC da reforma da previdência é mencionado apenas o artigo que versa sobre as condutas militares. Assim, deixariam de ser aplicadas a PMs e bombeiros as regras relativas à participação em eleições e ao tempo de contribuição previdenciária hoje previstas na Constituição.

NOVAS REGRAS DO INSS ATINGE APOSENTADOS.

Agência Brasil
Se aprovada, a proposta de reforma da Previdência nos termos em que foi apresentada pelo governo de Jair Bolsonaro na última semana, impactará diretamente aqueles que decidirem se aposentar e continuar trabalhando.
O texto prevê que as empresas deixem de recolher o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para essa categoria de empregado.
Segundo o Valo Econômico, no caso de rescisão contratual, cerca de 1,206 milhão de aposentados pelo INSS que continuarem trabalhando correrão o risco de perder o benefício de receber 40% de multa paga pelo empregador ao Fundo.
A extinção da multa valeria para todos, assim que a reforma entrar em vigor.
As regras atuais consideram que funcionários incluídos nessa categoria ganham o mesmo tratamento dos demais quando o assunto é FGTS. Todo mês, há um novo depósito que correspondente a 8% do salário bruto. Se demitidos sem justa causa, também recebem a multa de 40% sobre o saldo de todos o período trabalhado na empresa.
Dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que 5,2 milhões de aposentadores continuavam trabalhando em 2015.
O governo argumenta que o FGTS seria um fundo de proteção social do trabalhador em caso de desemprego. Como o trabalhador, nesse caso, já recebe a aposentadoria, ele não precisaria dessa proteção.
De acordo com especialistas à Folha de S. Paulo, a não obrigatoriedade do pagamento da multa pode gerar um aumento do número de demissões, além de mais processos trabalhistas por parte dos aposentados que continuarem trabalhando.
Para Adriane Bramante, presidente da Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário, “isso beneficia o empregador e acaba desestimulando a continuidade do aposentado no trabalho”