sexta-feira, 31 de agosto de 2018

SÓ ALVARO DIAS PODE CONVIDAR SÉRGIO MORO PARA MINISTRO.

Foto: André Carvalho/CNI
Presidenciável do Podemos, Alvaro Dias. (Foto: André Carvalho/CNI)
 - Em sabatina com representantes do agronegócio nesta quarta-feira (29), o presidenciável Alvaro Dias (Podemos) reiterou que gostaria de ter o juiz federal Sergio Moro como seu ministro em um eventual governo e aproveitou para provocar seus adversários que são alvos da Lava Jato.
"Reclamam até que eu quero o Sergio Moro como ministro da Justiça. Eu posso querer, eu tenho o direito de querer. E eu posso convidá-lo. Outros não podem", afirmou Dias em sabatina da CNA (Confederação Nacional da Agricultura)
Indagado se já havia feito o convite diretamente a Moro, Alvaro Dias disse que o convidou apenas publicamente, pela televisão.
"A mim ele só terá que responder no dia 1º de janeiro", disse o candidato, que defendeu que, em seu eventual governo, a Lava Jato será uma política de Estado

ACUSADO DE DESVIO NO RODOANEL DE SÃO PAULO É SOLTO PELO STF.

 - A Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) concedeu liminar em habeas corpus para soltar o ex-diretor de engenharia da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) Pedro da Silva, acusado de participar de desvios nas obras do Rodoanel Norte, em São Paulo, durante o governo de Geraldo Alckmin (PSDB).
Silva foi denunciado pelo Ministério Público Federal em São Paulo, no âmbito da operação Pedra no Caminho, sob acusação de fraude a licitação e associação criminosa. Ele está preso preventivamente desde junho deste ano.
Por 3 votos a 2, a Segunda Turma substituiu a prisão por outras medidas cautelares. Silva deverá comparecer periodicamente em juízo, não poderá frequentar a Dersa nem manter contato com outros investigados. Deverá, ainda, entregar o passaporte em até 48 horas.
Segundo o relator do habeas corpus, ministro Gilmar Mendes, quando Silva foi preso ele já não estava mais na diretoria da Dersa. Para o ministro, não há elementos que permitam presumir que, solto, Silva possa causar risco ao processo e à aplicação da lei.
Os ministros Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli acompanharam o entendimento do relator. Já Edson Fachin e Celso de Mello divergiram. Segundo eles, não cabia ao Supremo analisar a soltura neste momento, porque o pedido foi negado liminarmente no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e tramitação naquela corte ainda não se esgotou

NÃO HÁ IMPEDIMENTO LEGAL PARA BOLSONAR DISPUTAR AS ELEIÇÕES.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
 - O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), criticou na tarde desta quarta (29) o "assanhamento" de setores da imprensa de querer levantar polêmicas que não estão na legislação. A crítica veio após jornalistas perguntarem sobre a situação do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), que é réu em uma ação penal acusado de incitar o crime de estupro.
Para Gilmar, a especulação em torno do caso de Bolsonaro é devaneio, e gera uma judicialização excessiva da política, que, por sua vez, favorece os políticos porque faz com que eles pareçam vítimas -como, na opinião do ministro, acontece com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Acho que vocês [jornalistas] estão muito assanhados com essa coisa de querer que juiz defina questões que passam pelo processo democrático. O que a Constituição diz é: o presidente da República não poderá, depois de recebida a denúncia [com autorização da Câmara dos Deputados], continuar no cargo. Só isso. Quer dizer, qualquer outra situação começa por um devaneio", disse Gilmar.
"Vamos judicializando isso tudo, vocês vão entregar o poder a quem? Quem é que vai governar, quem é que passa sem um processo na administração, com toda essa 'palpitologia' que está aí?", indagou o ministro.
"Vamos respeitar um pouco as coisas como elas são", disse, referindo-se novamente ao caso de Bolsonaro. "Vamos pegar o que o texto constitucional diz, fora daí não há impedimento. Nós já produzimos esse desastre que aí está, ou as pessoas não percebem que nós contribuímos para a vitimização do Lula?", disse, citando o crescimento do petista nas pesquisas de intenção de voto.
"Esse assanhamento que está se produzindo dá esse tipo de resultado. As pessoas reagem, mas reagem contrariamente. Vocês não estão conseguindo fazer com que as pessoas não sejam votadas. Vocês só estão conseguindo que as pessoas sejam mais votadas.

SENADORA E TESOUREIRO DO PT ESTÃO PROIBIDOS DE VISITAR LULA.

 - A juíza federal de Curitiba Carolina Lebbos, responsável pela execução penal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, determinou nesta quinta-feira que a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, e o tesoureiro do partido, Emídio de Souza, não poderão mais visitar Lula na prisão na condição de seus advogados.
A decisão da magistrada atende a pedido do Ministério Público Federal (MPF) de meados deste mês no qual os membros da força-tarefa da Lava Jato afirmaram que as visitas ao ex-presidente feitas por políticos que se inscreveram como advogados estão transformando a sede da Polícia Federal na capital paranaense em seu comitê de campanha.
Os procuradores pediram especificamente que Gleisi fosse impedida de visitar Lula na condição de sua advogada, sob argumento de que ela não pode, como parlamentar, continuar a advogar.
Inscritos como advogados de Lula, Gleisi e Emídio tinham acesso facilitado a ele na PF em Curitiba, onde o petista cumpre pena de 12 anos e 1 mês por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo.
Também inscrito como advogado de Lula, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, candidato a vice na chapa presidencial encabeçada pelo ex-presidente, não foi incluído no pedido dos promotores.
De acordo com a campanha de Lula, Gleisi rechaçou a decisão da juíza e afirmou que ela representa mais um episódio no que afirma ser uma perseguição ao petista.
"Nem a ditadura impediu advogados de visitar presos", disse a presidente do PT.
Lula, cuja candidatura presidencial foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), lidera as pesquisas de intenção de voto para o Palácio do Planalto na eleição de outubro, mas deve ficar impedido de disputar pela Lei da Ficha Limpa. Haddad é o plano B do PT e assumirá a cabeça de chapa se confirmada a impugnação da candidatura de Lula.

APOIADO POR LULA HADDAD TÊM 34 POR CENTO DOS VOTOS

Ricardo Stuckert
A pesquisa DataPoder360, divulgada na manhã desta quinta-feira (30), revela que 34% dos eleitores consideram a possibilidade de migrar os votos direcionados a Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT, para o também petista Fernando Haddad, vice na chapa e apontado como sucessor do ex-presidente caso este tenha candidatura impugnada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A mudança na intenção de voto só ocorre quando o ex-prefeito de São Paulo é apresentado como “apoiado por Lula”.
Dividida em duas frentes, a pesquisa levantou o potencial de voto de cada candidato e, depois, a intenção de votos para a presidência. Apenas na primeira, Haddad foi considerado uma hipótese — o levantamento de intenção de votos não testou cenários sem a presença do ex-presidente Lula.
De início, os entrevistados foram questionados se “votariam com certeza”, “poderiam votar” ou “não votariam de jeito nenhum” nos candidatos; o percentual de votos “com certeza” de Haddad foi de 8%, embora, quando somado à “poderia votar”, o número sobe para 34%. Ao menos 52% não votariam “de jeito nenhum” no petista e 14% não sabem ou não responderam.
Já na pesquisa de intenção de votos para presidente, Lula lidera com 30%, seguido por Jair Bolsonaro (PSL), com 21%, Ciro Gomes (PDT), com 7%, Geraldo Alckmin (PSDB), com 7%, Marina Silva (Rede), com 6%, Álvaro Dias (Podemos), com 2%), Cabo Daciolo (Patriota) e Henrique Meirelles (MDB), ambos com 2%, e Guilherme Boulos (PSOL), João Amoêdo (Novo), Vera Lúcia (PSTU), Goulart Filho (PPL) e Eymael (DC), todos com 1%. O total de votos nulos é de 14%, enquanto 4% dos entrevistados não respondeu ou não tinha candidato

LULA É CONDENADO A PAGAR 31 MILHÕES NO CASO DO TRIPLEX.

AP Photo/Andre Pennera
A juíza federal Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba, determinou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pague R$ 31.195.712,78 referentes a multa, custas processuais e reparação de danos no caso do triplex do Guarujá.
A decisão foi tomada nesta quinta-feira (30). A magistrada deu 15 dias para que Lula formule proposta de parcelamento. 
O petista está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde 7 de abril. Lula foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Lava jato. A pena definida pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região é de 12 anos e um mês de prisão. A juíza pediu a abertura de conta judicial para que seja feito o depósito da quantia.
Carolina Lebbos determinou ainda que a senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT, não pode atuar como advogada do ex-presidente. Segundo o despacho, a lei proíbe que parlamentares exerçam função de advogado em casos que envolvam sociedades de economia mista, como a Petrobras.
Em nota publicada pelo site do PT, Gleisi rebateu a decisão, afirmando que nem a ditadura militar impediu advogados de visitarem presos e que a proibição se trata de mais um episódio de perseguição a Lula

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

GLOBO AFIRMA QUE NÃO RECEBE BILHÕES DO GOVERNO.


Ao fim do Jornal Nacional desta quarta-feira (29), a TV Globo divulgou uma nota em que rebate as declarações feitas pelo candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) sobre a publicidade feita pelo governo federal na emissora.
Na entrevista dada ao JN na noite de terça-feira (28), Bolsonaro afirmou que o Grupo Globo recebia “bilhões” em propaganda oficial do governo. “Vocês vivem em grande parte aqui de recursos da União”, disse o candidato, logo após levar uma bronca da apresentadora Renata Vasconcellos.
Segundo a nota da Globo, lida por William Bonner, a afirmação de Bolsonaro é “absolutamente falsa”. De acordo com o comunicado, a propaganda oficial do governo federal e de estatais na emissora corresponde “a menor de 4% das receitas publicitárias e nem remotamente chega à casa do bilhão”.
Em balanço público, correspondente a 2017, a Globo informou receitas consolidadas de R$ 14,8 bilhões em “vendas, publicidade e serviços”, sem discriminar as fontes.
Segundo dados do governo federal, em 2015 a Globo recebeu R$ 396,5 milhões em publicidade da União, incluindo as estatais.
A declaração de Bolsonaro foi para rebater Renata Vasconcellos, que deu uma bronca no candidato quando ele insinuou que a jornalista ganhava menos que William Bonner exercendo a mesma função.
“Eu poderia até como cidadã e como qualquer cidadão brasileiro fazer questionamentos sobre seus proventos porque o senhor é um funcionário público há 27 anos e eu, como contribuinte, ajudo a pagar o seu salário. O meu salário não diz respeito a ninguém e eu posso garantir ao senhor, como mulher, que eu jamais aceitaria receber um salário menor de um homem que exercesse as mesmas funções e atribuições que eu”, disse a apresentadora.
Apesar de ambos os jornalistas exercerem a função de apresentadores do jornal, Renata Vasconcellos é editora-executiva e Bonner é editor-chefe, cargos hierarquicamente diferentes

PROCURADORIA ELEITORAL DÁ PARECER FAVORÁVEL A ALCKMIN

MARINA É CONTRA PERMITIR QUE A POPULAÇÃO SE ARME

 - A candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, afirmou nesta quarta-feira que é o Estado o responsável pela segurança pública e que armar a população não é a solução para a violência, em uma contraposição à defesa que o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, faz de uma flexibilização das regras para o porte de armas.
"A solução para a segurança pública no Brasil é não permitir que os bandidos usem armas, e não distribuir armas para a população se defender sozinha", disse Marina, que participou de evento com presidenciáveis na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
A candidata da Rede disse ainda que é "muito fácil" um candidato se eleger presidente da República e transferir para a população a tarefa de se defender, numa aparente referência a Bolsonaro, que lidera as pesquisas de intenção de voto no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Quem tem obrigação de fazer isso é o Estado. A sociedade paga imposto, e muito caro, para o Estado prover saúde, educação e segurança pública", afirmou.
A presidenciável argumentou ainda que o porte e o direito de ter uma arma em casa já são permitidos em casos "excepcionais".
A flexibilização das regras para o porte de armas ganhou eco entre os produtores rurais, que temem a invasão de suas terras e a violência em si, que ultrapassou as barreiras urbanas e passaram a amedrontar o campo.
Por isso mesmo, o tema ganhou importância na campanha deste ano e tem sido lembrada por candidatos, de olho também no setor da agropecuária.
Mais cedo, no mesmo evento, o candidato Geraldo Alckmin, do PSDB, prometeu facilitar o porte de armas na área rural, em um aceno para o setor

TSE VALIDA MAIS QUATRO CANDIDATURAS A PRESIDENTE.

 - O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) deferiu quatro pedidos de candidaturas de chapas presidenciais encabeçadas por PDT, PPL, MDB e Podemos. Assim, Ciro Gomes (PDT), João Goulart Filho (PPL), Henrique Meirelles (MDB) e Alvaro Dias (Podemos) estão na corrida eleitoral.
Na semana passada, o TSE validou outros cinco pedidos de registro de candidatura à Presidência: Marina Silva (Rede), Cabo Daciolo (Patriota), João Amoêdo (Novo), Guilherme Boulos (Psol) e Vera Lúcia (PSTU).
Com isso, a corrida presidencial já tem oficialmente nove candidatos. Nenhuma dessas candidaturas foi alvo de contestação.
Até a próxima semana o TSE vai analisar os pedidos de registro de Geraldo Alckmin (PSDB), Jair Bolsonaro (PSL), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Eymael (Democracia Cristã).
Todas os pedidos de registro de candidatura a presidente da República devem passar pelo plenário do TSE. Os casos são sorteados para um ministro, que examina a legalidade dos documentos e leva um relatório para discutir com os colegas.

MARINA SILVA VETA FERNANDO HADDAD EM SABATINA.

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
) - Disposta a evitar a transferência de votos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao vice de sua chapa, a candidata da Rede à Presidência, Marina Silva, tem vetado a participação do ex-prefeito Fernando Haddad em atividades reservadas aos presidenciáveis.
Marina ocupa o segundo lugar nas pesquisas, atrás de Jair Bolsonaro (PSL), nos cenários em que Lula é excluído da disputa. A ascensão de Haddad poderia tirá-la da corrida presidencial. 
No domingo (26), por intermédio de sua coordenação de campanha, Marina ameaçou enviar seu vice, Eduardo Jorge, para representá-la nesta terça-feira (28) na série de sabatinas oferecida pelo jornal O Estado de S. Paulo e FAAP, caso Haddad fosse o entrevistado no lugar de Lula nesta quinta-feira (29). Sua manifestação levou ao cancelamento da sabatina de Haddad até que seja solucionado o impasse jurídico a cerca da candidatura petista.
"Devido ao impasse jurídico referente à campanha do PT à Presidência, o Estado decidiu suspender a sabatina com o candidato a vice pelo partido, Fernando Haddad, marcada originalmente para a próxima quinta-feira, dia 30", diz o jornal, informando que a sabatina será reagendada quando a Justiça Eleitoral tomar uma decisão sobre a candidatura petista.
Coordenadora da campanha, a jornalista e ex-vereadora Andrea Gouvea Vieira afirma que, em todas as reuniões para a definição de regras de debates, os candidatos se opõem à participação do vice porque existe uma lógica neles. "Todos os candidatos se manifestaram contra. O debate não é de vices", afirma.
No caso específico da sabatina  Estadão-FAAP, Andrea conta que, originalmente, Marina não participaria e alega que a coordenação da campanha fez um esforço para encaixar a entrevista na agenda da candidata.
"Só ontem [domingo], fomos informados de que Haddad seria sabatinado. Eu disse que se soubéssemos que se pode mandar o vice, a gente mandaria o Eduardo Jorge, que a representaria muito bem", relatou Andrea.
Não é a primeira vez que Marina se opõe a pedidos da campanha do PT. Na sexta-feira (17), ela foi contra a manutenção de uma cadeira vazia no estúdio da RedeTV!, gesto que simbolizaria a ausência de Lula no debate realizado pela emissora em parceria com a revista IstoÉ.
À exceção de Guilherme Boulos (PSOL), todos os candidatos presentes se opuseram à permanência de uma cadeira vazia

TSE PODERÁ JULGAR CAMPANHA DE LULA NESTA SEXTA FEIRA.

AP - O TSE marcou uma sessão extraordinária para esta sexta (31) que pode julgar a participação de Lula no horário eleitoral gratuito. O primeiro programa dos presidenciáveis vai ao ar no sábado (1º).
Preso desde abril pela Lava Jato, Lula teve o pedido de candidatura contestado com base na Lei da Ficha Limpa.
Os ministros também vão analisar os pedidos de registro de candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB).
Nos bastidores do tribunal há divergências sobre se o registro de Lula também será analisado na sessão. O prazo para a defesa se manifestar termina nesta quinta (30) às 23h59. A sessão está marcada para 14h30.
A decisão de discutir a participação de Lula antes do início do horário eleitoral gratuito foi costurada pelos três ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) que compõem o TSE: Rosa Weber, presidente da corte, Luís Roberto Barroso, vice-presidente e relator do pedido de registro de candidatura feito por Lula, e Edson Fachin.
Os magistrados têm conversado sobre o impacto de qualquer decisão relativa ao caso de Lula.
Nesta quarta, trataram do assunto em reunião privada antes de seguirem para a sessão do Supremo.
Barroso já disse aos colegas que reconhece a importância do caso e que estava decidido a não tomar nenhuma decisão intempestiva e sem o apoio dos outros ministros da corte.
Nos bastidores do TSE, a avaliação é que o tribunal precisa definir a questão sobre a participação de Lula no rádio e na TV antes do início do horário eleitoral gratuito.
Isso evitaria, inclusive, que novos pedidos contra o petista chegassem ao tribunal e fossem sorteados para outros relatores, espalhando o mesmo caso para diferentes integrantes da corte -e, assim, não ficassem concentrados com Barroso, que foi sorteado o relator do processo.
Ministros da corte têm dito que o princípio da atuação da Justiça Eleitoral não é discutir se a condenação de Lula na Lava Jato foi justa ou não, mas sim, garantir que as regras da eleição sejam seguidas

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

PRESIDENCIÁVEL LEMBRA O APOIO DA GLOBO À DITADURA MILITAR.

O candidato à  presidência da República, Jair Bolsonaro, durante evento em São Paulo. 
O clima ficou tenso na entrevista do candidato do PSL à presidência no Jornal Nacional da Rede Globo, na noite desta terça-feira (28). Assim que chegou ao estúdio, o candidato liberal brincou dizendo que o local estava “parecendo uma plataforma de tiro”. Ainda nos minutos iniciais, ele bateu continência para os dois apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos.
Os primeiros questionamentos da dupla global foram sobre o fato de Bolsonaro estar há 30 anos na vida pública tendo uma atuação apagada no Congresso Nacional e de ter feito da política uma carreira para si e sua família. “Minha família é limpa. Sempre integrei o baixo clero da Câmara. Mantive minha linha (…) Elegi meus filhos. Ninguém é obrigado a votar nos meus filhos”, rebateu Bolsonaro.
O candidato do PSL também foi questionado sobre o fato de aceitar durante anos  auxílio moradia mesmo tendo apartamento em Brasília. “Eu fui para um apartamento novo agora porque precisava. Tinha 70 metros quadrados, tinha despesas também”, argumentou.  Ele também lembrou que o auxílio moradia não é ilegal e aproveitou para dizer que o seu apartamento na capital federal está à venda.
Ao ser lembrado sobre a sua incapacidade reconhecida de tratar de temas econômicos, Bolsonaro voltou a a louvar o seu guru, Paulo Guedes. A defesa de Guedes levou Bonner a perguntar se seria justo o eleitor votar em um candidato que poderia ficar refém de um subordinado. O capitão reformado então comparou a sua relação com o economista a um casamento. “É quase como um casamento. Estou namorando o Paulo Guedes há algum tempo e ele a mim também. Somos separados. Até o momento da separação não pensamos numa mulher reserva para isso. Se isso vier acontecer – por vontade dele ou minha – paciência. O que eu tenho de Paulo Guedes até o momento é fidelidade e compromisso enormes para com o futuro do Brasil. Acredito nas propostas que ele vai implementar. Se não implementar todas é porque temos um filtro chamado Câmara e Senado”, declarou

TSE PROÍBE CAMPANHA DE LULA NA TELEVISÃO.

 - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou nesta terça-feira recurso impetrado pela coligação encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra emissoras de TV que não têm mostrado em seus telejornais a campanha petista para a Presidência da República.
A coligação encabeçada pelo PT, que tem Lula como candidato ao Planalto e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad como candidato a vice, pediu no recurso que as emissoras façam a cobertura da agenda de Lula e de Haddad.
O plenário do TSE rejeitou o recurso por 6 votos a 1, de acordo com a corte. Votaram contra o pedido petista os ministros Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Jorge Mussi, Tarcísio Vieira de Carvalho Neto e Sérgio Banhos, que é o relator do caso.
Lula está preso desde abril em Curitiba cumprindo pena por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele lidera as pesquisas de intenção de voto e teve sua candidatura registrada junto à Justiça Eleitoral. O registro, no entanto, é alvo de contestações e Lula deve ser impedido de concorrer pela Lei da Ficha Limpa.
Haddad tem ido a eventos de campanha e o PT afirma que o candidato a vice é o porta-voz de Lula. Ele não tem participado de debates e de entrevistas feitas por emissoras com candidatos a presidente

MARINA SILVA PERDE VOTOS ENTRE OS EVANGÈLICOS.

A candidata da Rede, Marina Silva, foi a segunda a participar da série de entrevistas que a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) está fazendo com os candidatos à Presidência da República. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
De acordo com apuração do jornal O Estado de S. Paulo, Marina Silva (Rede), única candidata evangélica dos presidenciáveis, perdeu votos entre os religiosos pela pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo. De 2014 para cá, a porcentagem caiu de 43% para 12%.
Quando saiu como vice da chapa do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, morto em acidente aéreo em 2014, Marina tinha um eleitor evangélico a cada 5. Nestas eleições, é um eleitor em cada 4, o que equivale aos números dos católicos e outras religiões. O eleitorado de Marina em 2018 é formado majoritariamente por mulheres, nordestinas, com baixa renda.
Já seu opositor, Jair Bolsonaro (PSL) pontuou na pesquisa com os evangélicos 26%, sem Lula (PT), e 17% com os católicos. Segundo a reportagem, evangélicos não gostaram das propostas de Marina em relação ao aborto, ao casamento gay e ao direito desses casais de adotarem crianças.
Em resposta, Marina afirmou que tem muito respeito pelos evangélicos, mas que pretende dialogar com o país todo. “A comunidade evangélica é grande e relevante no Brasil, são cidadãos dignos de respeito nas suas demandas de saúde, educação, segurança pública como qualquer outro cidadão. (…) Vou dialogar com todos os brasileiros, independentemente do credo, cor e condição social”, completou. Eduardo Jorge (PV), vice de Marina, afirmou que não vale tudo para vencer a eleição, e que a candidata “paga o preço de manter sua fé intacta e ter abertura para conversar com os diferentes”.

JULGAMENTO DE BOLSONARO FOI ADIADO NO STF.


 - Após um empate em 2 votos a 2, o presidente da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidiu no início da noite desta terça-feira pedir vista da denúncia da Procuradoria-Geral da República pelo crime de racismo contra o candidato do PSL à Presidência e deputado federal, Jair Bolsonaro.
Moraes alegou que, devido ao "adiantado da hora", o caso será retomado na terça-feira da próxima semana com o seu voto, que será de minerva.
Até o momento, votaram para rejeitar a denúncia o relator do caso, ministro Marco Aurélio Mello, e Luiz Fux. Para receber a denúncia e transformar Bolsonaro em réu votaram os ministros Roberto Barroso e Rosa Weber.
A denúncia contra Bolsonaro --líder nas pesquisas de intenção de voto em cenários sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva--foi oferecida pela Procuradoria-Geral da República em abril e se refere a uma palestra que o candidato deu no Clube Hebraica do Rio de Janeiro, no ano passado.
Na ocasião, na avaliação da PGR, Bolsonaro fez um discurso de incitação a ódio e preconceito direcionado a diversos grupos, como culpar indígenas pela não construção de hidrelétricas em Roraima

CIRO GOMES DIZ QUE O TEMPO DE ALCKMIN NA TV VAI FAZER O POVO DORMIR.

) - Geraldo Alckmin (PSDB) dá sono, o PT comete fraude ao empurrar a candidatura de Lula até o último instante, Alvaro Dias (Podemos) é eticamente deplorável e Jair Bolsonaro (PSL), bom, muita calma na hora de atacá-lo em debates: "Se um cara experiente como eu partir para cima dele, parece arrogância", disse o presidenciável Ciro Gomes (PDT).
Ciro entusiasmou a militância com sua metralhadora verbal em ato de campanha neste sábado (25), na Via Matarazzo, casa de show em São Paulo (SP).
O parco tempo de TV que sua sigla amealhou no bloco de 12 minutos e 30 segundos foi um dos temas da conversa. O adversário tucano tem um latifúndio de 5 minutos e 32 segundos, enquanto Ciro ficou com 38 segundos na propaganda eleitoral.
"Imagina o Alckmin seis minutos por dia, vai dar para dormir", provocou o pedetista.
Minutos antes, disse a jornalistas: "Um só candidato que tem o poder, tem o dinheiro, que tá na sombra das estruturas de corrupção do Brasil, tem metade desse tempo todo. Mas o que importa não é ter muito tempo, é ter o que dizer para mudar o Brasil".
Parodiando "Como Nossos Pais", clássico de Belchior, Ciro afirmou no espaço lotado de militantes: "Eles venceram e o sinal está fechado para nós que somos jovens, do ponto de vista da TV". Mas a projeção que ganha em agendas públicas exibidas em telejornais, mais as redes sociais podem impulsionar sua candidatura, disse.
"O que pode nos prejudicar, no campo progressista, é a fraude que a cúpula petista comete mantendo a ilusão de que o ex-presidente Lula vai ser candidato", afirmou Ciro. 
Tudo indica que o petista ficará de fora da corrida e colocará em seu lugar Fernando Haddad (PT). Mas, para "criar comoção" e "galvanizar o sentimento de frustração" da população, persistem na farsa de que Lula é o cabeça de chapa. "Essa brincadeira pode tirar dois, três, quatro, cinco pontos críticos de mim e permitir que direita e extrema-direita vão ao segundo turno", afirmou Ciro.
Digamos que Lula consiga transferir votos para Haddad, que sai triunfante das urnas. Seria uma derrota de qualquer forma, segundo o ex-ministro lulista. "Se der certo, não pode dar certo. O que quero dizer com isso: se ele vencer, será um presidente desse tamaninho." Não teria, afinal, a moral do ex-presidente para fazer avançar suas agendas. 
Mais cedo, a reportagem perguntou se Ciro -que já disse que preferia morrer do que encarar um segundo turno entre PT e Bolsonaro- acredita na capacidade de Lula em eleger Haddad.

BOLSONARO IRRITA RENATA VASCONCELOS NA TV GLOBO.

Reprodução/TV Globo
O candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL protagonizou um embate com Renata Vasconcellos nesta terça-feira (28) durante sabatina no Jornal Nacional.
O presidenciável foi questionado pela jornalista sobre declarações anteriores em que minimizou a importância da desigualdade salarial entre homens e mulheres.
Bolsonaro perguntou primeiro se ela tinha “lido, visto ou ouvido” essa declaração. Ela disse que “viu e ouviu” e ele retrucou: “Me desculpe, a senhora não ouviu”.
O candidato levantou, então, a questão de Renata supostamente receber menos que William Bonner apesar de ambos serem âncoras do jornal:
“Temos aqui uma senhora e um senhor, não sei ao certo, mas com toda certeza há uma diferença salarial aqui, parece que é muito maior pra ele que para a senhora”. Renata negou que o foco fosse ela:
“Eu poderia até como cidadã e como qualquer cidadão brasileiro fazer questionamentos sobre seus proventos porque o senhor é um funcionário público há 27 anos e eu, como contribuinte, ajudo a pagar o seu salário. O meu salário não diz respeito a ninguém e eu posso garantir ao senhor, como mulher, que eu jamais aceitaria receber um salário menor de um homem que exercesse as mesmas funções e atribuições que eu”. O candidato retrucou que a Globo recebe milhões de propaganda oficial.
Apesar de ambos os jornalistas exercerem a função de apresentadores do jornal, Renata Vasconcellos é editora-executiva e Bonner é editor-chefe, cargos hierarquicamente diferentes.
Bolsonaro disse que cabe à Justiça resolver a diferença salarial entre homens e mulheres. O candidato vem tentando se desfazer da imagem de misógino e se mostrou irritado ao ser questionado sobre o tema.
Ele repetiu que a equiparação salarial é garantida pela CLT, mesmo quando foi indagado sobre pesquisa do IBGE que aponta que as mulheres recebem, em média 25%, menos que os homens.
“Já está na CLT. A CLT já garante salário igual para homem em mulher. E se a lei não está sendo cumprida, a quem compete resolver é a Justiça”, afirmou.
O candidato também foi questionado sobre homofobia, seu recebimento de auxílio-moradia, seu possível ministro Paulo Guedes, direitos trabalhistas e declarações do seu vice sobre intervenção militar.
A sabatina, que começou nesta segunda-feira com Ciro Gomes (PDT), continua com Geraldo Alckmin na quarta-feira (29) e Marina Silva na quinta-feira (30).
A ordem foi determinada por sorteio e foram convidados, segundo a emissora, “os principais candidatos da pesquisa da semana anterior que estejam aptos para estar presencialmente no estúdio”.
Isso já exclui, por definição, o candidato líder nas pesquisas: Luís Inácio Lula da Silva (PT), preso desde abril pela Lava Jato

terça-feira, 28 de agosto de 2018

BOLSONARO EM PRIMEIRO NAS PESQUISAS PARA PRESIDENTE.


Pesquisa do instituto FSB Pesquisa, feita a pedido do banco BTG Pactual, mostra o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) na liderança com 24% das intenções de voto, seguido por Marina Silva (Rede), com 15%. O cenário pesquisado é sem Lula e com Haddad como candidato do PT.
O tucano Geraldo Alckmin aparece em terceiro lugar, com 9%, Ciro Gomes (PDT), com 8% e Haddad com 5%. João Amoêdo (Novo) aparece com 4% das intenções de voto, seguido por Alvaro Dias (Podemos). Henrique Meirelles (MDB), Guilherme Boulos (PSOL) e Cabo Daciolo (Patriota) aparecem com 1%. Os demais não atingiram esse patamar e, somados, são 2%. Brancos, nulos e indecisos chegam a 28%.
O levantamento também mostrou que os eleitores do PT e de Bolsonaro são os mais decididos em relação ao voto. Seja o ex-presidente Lula ou Haddad como o candidato, 80% dos que declaram votos nos dois dizem que essa posição é “definitiva”.  No caso de Bolsonaro, o índice é de 73%.

EX PRESIDENCIÁVEL AÉCIO QUE DAR A VOLTA POR CIMA.

Fátima Meira/Futura Press
Foi há quatro anos, mas a impressão é que tudo aconteceu quatro décadas atrás. Derrotado em uma eleição apertada para Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) saiu da campanha de 2014 como futuro presidente da República.
Com o recall dos 51 milhões de votos, ele teria mais quatro anos de mandato como senador para se firmar como o grande líder da oposição a um governo prestes a desmoronar em meio à Lava Jato e à crise econômica, escondida da campanha como um dinossauro debaixo do tapete.
Tinha como opção cozinhar o próprio caldo em fogo brando ou aproveitar o tsunami político em torno do PT para acelerar o passo e tomar o atalho. Só para “encher o saco” do PT, conforme confessaria na fatídica conversa grampeada por Joesley Batista, o senador tucano encabeçou uma ação para cassar a chapa Dilma-Temer.

CANDIDATO CONDENADO NÃO PODE USAR O FUNDO ELEITORAL

- O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Pará decidiu por liminar barrar o acesso de um candidato a deputado estadual condenado em segunda instância ao fundo eleitoral, em um caso que pode servir de precedente para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também condenado em segunda instância e que teve registrada sua candidatura ao Palácio do Planalto.
De acordo com nota divulgada pelo Ministério Público Federal do Pará nesta segunda-feira, o TRE do Estado atendeu pedido do MP eleitoral para negar o acesso do candidato a deputado estadual pelo PRB Mauro Cezar Melo Ribeiro ao fundo eleitoral, assim como ao fundo partidário, ao aceitar a argumentação de que a candidatura de Ribeiro tem uma inelegibilidade "chapada".
Ele foi condenado em segunda instância por tentar usar o cargo de presidente do Tribunal Arbitral do Pará, que ele ocupava em 2003, para obrigar a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a legalizar uma rádio clandestina no município de Capitão Poço, no nordeste paraense.
Ele cumpriu pena, e sua punibilidade foi extinta por indulto em 2016, mas como a Lei da Ficha Limpa determina prazo de oito anos de inelegibilidade após o término do cumprimento da pena, o MP afirma que Ribeiro está inelegível até 2024.
O termo "inelegibilidade chapada" foi usado pelo ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luiz Fux, para se referir a uma eventual candidatura de Lula em decisão de início de agosto em que ele se recusou a analisar a declaração antecipada de inelegibilidade do petista por entender que o pedido era “genérico, apresentado por um cidadão isolado, antes do início do período legalmente destinado à oficialização das candidaturas”.

P.T. É ACUSADO DE PAGAR A INFLUENCIADORES NA MÍDIA.

Influenciadores digitais acusam PT de financiar conteúdos positivos sobre candidatos como o governador do Piauí Wellington Dias e a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).
A acusação de compra de influenciadores digitais pelo PT para promover candidatos trouxe a tona a discussão sobre irregularidades nas campanhas eleitorais. O caso chegou a ser comparado à decisão do Facebook de excluir páginas que propagavam fake news. Ambas as práticas são vedadas pela legislação.
A propaganda eleitoral paga na internet sempre foi vedada. Na disputa atual, a única forma permitida é o impulsionamento de conteúdos nas redes sociais, ainda assim com regras específicas.
De acordo com a resolução de número 23.551 do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), publicada em dezembro de 2017, o impulsionamento só é permitido se for "identificado de forma inequívoca como tal e contratado exclusivamente por partidos políticos, coligações e candidatos e seus representantes".
Na avaliação da especialista em direito criminal e eleitoral Juliana Bertholdi, a prática também poderia ser enquadrada em outro artigo da resolução. "A compra de influenciadores não está prevista como lícita. Defensável, ainda, a tese de que viole o art. 6º, pois induz o internauta eleitor a acreditar que o apoio seria espontâneo, havendo diversos estudos na área do marketing digital que atestam o poder de alcance e convencimento dos influenciadores digitais", afirmou ao HuffPost Brasil.
O artigo 6º da resolução estabelece que a propaganda eleitoral deve sempre mencionar o partido, seja feita no idioma nacional e não empregue "meios publicitários destinados a criar, artificialmente, na opinião pública, estados mentais, emocionais ou passionais".
A pena para descumprimento das normas varia de R$ 5 mil a R$ 30 mil, mas o valor pode ser maior. O montante pode chegar ao dobro da quantia despendida, se esse cálculo superar o limite máximo da multa, de acordo com a Lei nº 9.504/1997

MARINA SILVA PARTICIPOU DE INVASÕES DO M.S.T.

Marina durante manifestação de seringueiros no Acre em 1986 (Wikimedia Commons)
Uma informação que circula em aplicativos de mensagens afirma que a candidata da Rede à presidência da República, Marina Silva, teria participado de uma ocupação promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em uma fazenda no Acre em 1986. No entanto, segundo o Projeto Comprova, voltado para checagem de fatos durante o período eleitoral, a notícia é falsa.
A imagem que acompanha a informação, segundo a assessoria da candidata, é de um protesto contra o desmatamento em Xapuri (AC) que nada tem a ver com invasões de terras ou o MST. Marina e os demais manifestantes se colocavam na frente das árvores para impedir sua derrubada, liderados pelo ambientalista Chico Mendes, assassinado em 1988.
O fato já foi comentado pela própria Marina, que recordou o episódio durante um discurso realizado no Plenário do Senado em novembro de 1996.
“Lembro-me de que, uma vez, na Fazenda Bordon, após andarmos seis horas a pé, chegamos onde os fazendeiros iriam derrubar ilegalmente 700 hectares de floresta. Enfrentamos os peões e a Polícia — paga com o dinheiro público — que estavam ali de prontidão para defender os interesses dos fazendeiros e percebemos que éramos impotentes para resolver um problema tão grande. Voltamos a pé e foi necessária uma engenharia enorme para permanecermos na luta”, declarou à ocasião. “Hoje, vitoriosa, digo que não permitimos que derrubassem 700 hectares de floresta ilegalmente”, acrescentou.
O antropólogo Mauro de Almeida também mencionou a presença de Marina na manifestação em artigo publicado na Revista Brasileira de Ciências Sociais. O texto disse que, além do ambientalista Chico Mendes e de cem seringueiros, o protesto contava com “um fotógrafo, dois agrônomos, um antropólogo e uma jovem professora sindicalizada, Marina Silva.