No day after ao rebaixamento da nota do Brasil pela Standard & Poor`s, o clima na reunião de coordenação política no Palácio do Planalto era tenso. Pesava não só o fator surpresa da decisão da agência, mas também o fato de não haver um plano coordenado de recuperação da nota. Começaram então as conversas sobre quais impostos seriam trazidos de volta à baila para encorpar a arrecadação em 2016 e sinalizar para a agência o compromisso fiscal. Foi aí que a presidente sugeriu repensar a ideia do vice Michel Temer sobre a Cide, tributo que incorre sobre os combustíveis. Primeiramente avessa à alternativa, Dilma passou a ver com outros olhos a elevação do imposto devido ao fato de ele independer da aprovação do Congresso e poder ser "calibrado" para que seu impacto inflacionário não seja tão forte. A elevação da Cide foi sugerida a Temer pelo ex-ministro Delfim Netto. Mas a ideia morreu no mesmo dia em que foi aventada, depois que o PMDB se uniu em torno da bandeira anti-impostos. Para Delfim, o governo poderia arrecadar 15 bilhões de reais se aumentasse a Cide em 60 centavos por litro. Analistas, contudo, avaliaram que o impacto inflacionário levaria o IPCA aos dois dígitos no ano que vem. Num intento de mitigar o efeito nos preços, a presidente cogita uma elevação em torno de 30 centavos. Outro imposto cujo aumento foi discutido entre os presentes foi o imposto de renda que incide sobre os ganhos de capital. No lado dos cortes, o governo já admitiu para si mesmo: cortará programas sociais. Mas não sabe ainda quais, nem quando
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