O vice-presidente da República Michel Temer deu um passo em direção a um maior protagonismo nas discussões sobre o Orçamento de 2016. Ele se reuniu nesta terça-feira com líderes da Câmara dos Deputados e propôs a elevação da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), imposto que incide sobre os combustíveis, para ajudar a aumentar a arrecadação do governo. Estiveram também presentes os ministros Eliseu Padilha, da Aviação Civil, e Aloizio Mercadante, da Casa Civil.
Na noite desta terça, Temer é o anfitrião de um jantar no Palácio do Jaburu oferecido a governadores e parlamentares peemedebistas, no qual ele deve propor a elevação do imposto. O vice também conversou com a presidente Dilma Rousseff por cerca de 20 minutos antes do jantar. Na conversa, eles discutiram propostas para melhorar a previsão de receitas para o ano que vem. A movimentação do vice ocorreu no mesmo dia em que ele faltou à reunião de coordenação política, convocada pela presidente para discutir justamente formas de cortar gastos e elevar a arrecadação.
Segundo fontes próximas ao vice, a proposta de aumento de imposto será acompanhada de sugestões de cortes de gastos, que também devem ser apresentadas aos governadores. O objetivo da movimentação do vice é aliviar o déficit de 30,5 bilhões de reais previsto na proposta orçamentária para 2016 que o governo enviou na semana passada ao Congresso. Na saída do gabinete da vice-presidência, Temer limitou-se a falar sobre os cortes de gastos - ele não soube dizer se a proposta a ser discutida com governadores incluirá também corte de despesas obrigatórias, conforme vem estudando o ministro da Fazenda, Joaquim Levy
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