O ministro da Justiça da Itália, Andrea Orlando, adiou em 15 dias a extradição do ex-diretor da Petrobras Henrique Pizzolato. O adiamento não tem relação com o recurso apresentado por Pizzolato, que foi rejeitado pelo Corte Europeia de Direitos Humanos nesta terça-feira (6).
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, Orlando cedeu à pressão política. Um grupo de senadores do Partido Democrático, de centro-esquerda, ingressou com um requerimento no Parlamento exigindo explicações sobre o processo de extradição. Os senadores são do mesmo partido do governo, liderado pelo primeiro-ministro Matteo Renzi.
Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no processo do mensalão. Em vez de cumprir a sentença, entretanto, ele fugiu do Brasil para a Itália, usando passaporte falso, em 2013. Em fevereiro de 2014, ele foi preso pelas autoridades italianas por falsidade ideológica, e o governo brasileiro pediu sua extradição.
O Itamaraty ainda não foi informado oficialmente do adiamento. Segundo o Jornal Nacional, autoridades brasileiras estão tentando evitar a decisão do ministro italiano
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