O documento foi enviado pelo Ministério da Justiça italiano ao Ministério da Justiça brasileiro, que também tem a função de encaminhá-lo para a Procuradoria-Geral da República. Por enquanto, o governo brasileiro não respondeu se aceita a cooperação.
Carta
Os pedidos de informação e da oitiva de Lula se baseiam em uma carta de Lavitola datada de 13 dezembro de 2011 e endereçada a Berlusconi. Nela, o empresário cita o ex-presidente ao falar sobre uma concessão que teria adquirido para exploração de madeira na Amazônia.
Na carta, o empresário diz que Lula atuou para favorecê-lo em uma disputa legal quando o empresário teria vendido parte da concessão para uma segunda empresa, de nacionalidade chinesa e que não teve seu nome revelado. "Ele (Lula) só conseguiu obter da direção da companhia compradora que, com uma sentença (obviamente concordada) de uma Corte Arbitral, venha impor a eles um acordo comigo", escreveu o italiano.
Lavitola lamenta, porém, que, naquele momento, o ex-presidente brasileiro não estaria mais ajudando. "O calor do processo judiciário está determinando um compreensível, mas odioso, ostracismo em minha relação. Ninguém quer assinar nada que tenha a ver comigo e infelizmente o presidente Lula (que se confirmou como um verdadeiro amigo) já não conta quase nada", escreveu.
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