A dez meses das eleições presidenciais, o Brasil só tem duas certezas: a esquerda é de Lula e a direita é do deputado e ex-militar Jair Bolsonaro.
No meio, está uma ampla avenida de centro, que muitos veem como potencial opção para vencer em outubro de 2018, e pela qual o PSDB, do duas vezes ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), tenta transitar.
Esse vasto espaço político por ora não tem definido um nome de peso, em grande parte devido à impopularidade do governo do presidente Michel Temer, que, com seu PMDB, costurou uma aliança de mais de dez forças que compartilham de uma visão liberal no aspecto econômico e conservadora em termos sociais, o popular "centrão".
O PSDB manteve uma prudente distância desse grupo, que liderou o impeachment da presidente Dilma Rousseff (2011-2016), em meio a uma grave crise econômica, mas teve um papel-chave na construção do governo que se instalou depois.
Agora se prepara para abandonar o gabinete de Temer e elaborar uma estratégia própria pensando nas eleições.
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