O ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que o diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, "chegou ao cargo para frear a investigação sobre políticos na operação Lava-Jato." As declarações foram feitas à agência Reuters, em uma entrevista em Brasília, publicada nesta sexta-feira (1º/12).
Janot deixou o cargo em setembro deste ano e foi responsável por enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) três pedidos de abertura de inquérito contra o presidente Michel Temer. O presidente da República foi o responsável pela escolha de Segóvia para o comando da Polícia Federal. "Segovia foi nomeado para completar uma missão - desviar o foco das investigações", afirmou Rodrigo Janot.
Após sair de um evento no Rio de Janeiro, o diretor da PF afirmou que "ainda não avaliou as declarações de Janot e não pode pré-julgar".
Além de Segóvia, a reportagem ainda acusa a procuradora-geral Raquel Dodge de pedir a procuradores do Ministério Público que "evitem falar a palavra corrupção". Dodge também teria pedido que os eles dessem menos declarações públicas sobre as investigações.
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