domingo, 8 de julho de 2018

ALVARO DIAS MUDARÁ POLÍTICA DE PREÇOS DA PETROBRÁS

 - O pré-candidato do Podemos ao Palácio do Planalto, senador Alvaro Dias (PR), afirmou nesta quarta-feira que, se for eleito, vai revogar o decreto atual em vigor que autoriza a Petrobras a reajustar diariamente os combustíveis e determinará que, antes, haja uma avaliação da Presidência da República.
"O presidente da República tem de ter a visão dos problemas globais do país", disse, em sabatina com pré-candidatos a presidente promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Alvaro Dias destacou que a Petrobras é uma empresa estatal que deve trabalhar, primeiramente, para a nação e o consumidor brasileiro e, em segundo plano, ao seu principal acionista, a União.
Em entrevista após a sabatina, o senador explicou que a atual política de preços está "matando alguns setores da economia".
"Uma política de preços compatível com a realidade econômica não significa limitar excessivamente os lucros", disse, salientando que é preciso valorizar o petróleo nacional. "Vamos ficar menos dependente da política internacional de preço."
Alvaro Dias defendeu o estímulo de fontes de energia limpa para baratear o preço dos combustíveis no país. Citou ter apresentado dois projetos de lei no Senado, um deles para elevar a adição do biodiesel na composição do diesel vendido.
O senador disse que, se eleito, vai trabalhar pela realização de uma reforma política que leve o país a ter no máximo sete partidos políticos e defendeu a realização de uma agenda de reformas nos 100 primeiros dias de governo.
"As reformas são inevitáveis, não vamos abordar aqui o déficit público", disse. "A refundação da República passa por esse conjunto de reformas que pretendemos colocar sob a mesa do país nos primeiros 100 dias de gestão", disse.
Em entrevista coletiva após o evento, o pré-candidato disse que a realização de uma reforma da Previdência é "essencial", mas há preliminares que devem ser adotadas. Segundo ele, é preciso se mostrar o balanço do sistema previdenciário e ter muita vontade política para se fazer a cobrança dos inadimplentes do setor, que, diz, somam 400 bilhões de reais.
"Não é uma solução, é necessário pensando no futuro", disse. "Há necessidade de reestudar a reforma que está no Congresso, mas não há como evitar a idade mínima e a convergência entre os dois sistemas", completou.
O pré-candidato também disse na entrevista que é preciso um tempo para verificar os acertos e equívocos da reforma trabalhista, aprovada durante a gestão do presidente Michel Temer. Ainda assim, ele a considerou como positiva por ter reduzido o contencioso judicial.
"Temos que verificar os itens que foram assumidos pelo governo como compromissos e não foram executados", disse, ao mencionar que há 27 itens que foram prometidos e não realizados. Para ele, certamente será necessário melhorar a proposta

Nenhum comentário:

Postar um comentário