quinta-feira, 11 de setembro de 2014

CPI MISTA VAI CONVOCAR DEPOIMENTO DE PAULO ROBERTO COSTA

    
Empenhados em obter o teor da delação premiada do ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, integrantes da CPMI do Congresso decidiram enviar uma petição ao ministro relator Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os parlamentares também insistem em serem recebidos pelo ministro do STF e também agendaram para a próxima quarta-feira (17/9) uma oitiva para ouvir Costa na CPMI da Petrobras.

É a segunda tentativa dos parlamentares de conseguir as informações do depoimento desde o vazamento de que o ex-executivo citou nomes de políticos no esquema de corrupção. Na segunda-feira, parlamentares enviaram um ofício ao STF pedindo o acesso às informações. Investigadores não encaminham os dados sob justificativa que o caso está em segredo de justiça e o vazamento prejudicaria as investigações.  A saída encontrada pelos integrantes da CPMI na reunião da manhã desta quarta-feira é oficiar a petição ao Supremo como parte do processo. “A CPI quer ser parte nesse processo”, enfatizou o presidente da comissão mista da Petrobras, senador Vital (PMDB-PB). Após a reunião, os congressistas também defenderam o desejo de serem recebidos pelo ministro Zavascki ainda hoje. Vital disse entender que da agenda do relator está cheia devido à posse do presidente Ricardo Lewandowski no STF, mas “insistiu” na audiência.


Vital também anunciou para a próxima quarta-feira (17) a oitiva para ouvir Paulo Roberto Costa na CPMI da Petrobras. O requerimento de convocação do ex-executivo da estatal está aprovado desde 3 de junho, três meses atrás. A demora em agendar as oitivas descreve o ritmo de trabalho dos congressistas na investigação o escândalo da Petrobras.

Paulo Roberto Costa já depôs no Congresso antes. Em 10 de junho, o ex-diretor prestou depoimento à CPI do Senado. À época, ele negou que a estatal fosse “casa de negócios”. Para ser ouvido novamente, o ex-diretor precisa ser liberado pelo juiz da 13ª Vara Federal de Justiça de Curitiba, Sérgio Moro. O magistrado pode negar a autorização para Costa comparecer ao Congresso, mas terá de justificar judicialmente a negativa

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