O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve admitir que tinha dinheiro no exterior, mas sustentará na sua defesa ao processo no Conselho de Ética que os recursos foram obtidos com a venda de carne enlatada para países da África no final da década de 1980 (Cunha comercializava o produto antes de entrar na vida pública). Cunha vai alegar ainda que operou no mercado financeiro como uma espécie de especulador, na década de 1990, onde também teria obtido recursos, mas negará que recebeu propina do lobista João Henriques, delator da Operação Lava Jato que acusou o deputado de receber verbas a partir de contratos com a estatal. A informação é de O Globo.
Eduardo Cunha, que é investigado pela Lava Jato, foi acusado pela Procuradoria-Geral da República de ter mantido contas no exterior depois que a Justiça da Suíça enviou documentos alegando movimentações bancárias do presidente da Câmara no país. A representação protocolada por PSOL e Rede no Conselho de Ética acusa Cunha de quebra de decoro parlamentar porque, em depoimento à CPI da Petrobras, o peemedebista afirmou que não tinha contas no exterior.
O parlamentar afirmará que os recursos estavam em nome de trusts, empresas em nome de terceiros, e que ele não era o titular, por isso não precisava declarar a verba. O Banco Central, no entanto, detaca que beneficiários também devem declarar.
Em depoimento à Polícia Federal, Henriques disse que enviou o dinheiro a pedido do economista Felipe Diniz, filho do deputado, e que não sabia quem era o beneficiário.
Em depoimento à Polícia Federal, Henriques disse que enviou o dinheiro a pedido do economista Felipe Diniz, filho do deputado, e que não sabia quem era o beneficiário.
Eduardo Cunha nega que tenha adiantado a outros parlamentares detalhes da defesa que pretende apresentar.
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