As sucessivas gafes cometidas por Barros já fizeram com que a substituição dele fosse assimilada pelo principal comandante partidário, o senador Ciro Nogueira (PP-PI). O titular da Saúde já falou mal do Sistema Único de Saúde (SUS), propôs a criação de um plano pago para atender a população carente e afirmou que os homens vão menos ao médico porque trabalham mais que as mulheres. Nogueira enfrentou a ira de setores da legenda por ter apoiado um nome que não era, inicialmente, favorável ao impeachment. Concorda agora em promover a troca, mas não abre mão de que a pasta continue na cota do partido.
O PP, inclusive, entrou em uma disputa aberta com o PSC, do líder do governo André Moura (SE), pelo segundo escalão da Caixa Econômica Federal. “O PSC é uma legenda que tende a crescer em espaço em uma futura administração de Temer. O partido começa a ocupar um espaço de centro-direita que está vago. E tem ideologia, diferentemente do PMDB”, afirmou o coordenador do MBA Relações Institucionais do Ibmec/DF, Márcio Coimbra.
Coimbra é um dos que apostam que, passado o impeachment, o antigo centrão, que deu apoio a Cunha durante a gestão à frente da Câmara, terá de ser atendido com mais cargos. “É inevitável que essas legendas ganhem mais visibilidade e prestígio para que o governo Temer tenha estabilidade congressual”, explicou o coordenador do Ibmec. A primeira mudança, inclusive, já foi confirmada, com a volta do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). A pasta, que foi fundida ao Ministério do Desenvolvimento Social, comandado por Osmar Terra, voltará a ter uma estrutura própria e será administrada pelo Solidariedade, partido presidido pelo deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SP
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