O agora ex-deputado, que está inelegível até 2027, prometeu escrever um livro contanto todos os bastidores do impeachment de Dilma Rousseff, incluindo conversas com diversos agentes públicos e políticos. Negou que vá fazer delação premiada, como tem sido ventilado, há tempos, por aliados. “Só faz delação quem é criminoso e eu não cometi crime nenhum.” Cunha citou nominalmente o secretário do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), Moreira Franco, como um dos seus desafetos. “Ele é sogro de Rodrigo Maia”, lembrou. Questionado se era uma ameaça ao Planalto, o peemedebista foi lacônico. “Eu não sou homem de fazer ameaças veladas”, pontuou. Rodrigo Maia não participou da votação, conforme previsto no Artigo 17 do Regimento Interno da Câmara.
O peemedebista também ironizou a decisão de Rodrigo Maia de não ter aceitado o requerimento apresentado pelo deputado Carlos Marun (PMDB-MS), que deixava uma brecha para um abrandamento da pena. “Curiosamente, o Senado fatiou o impeachment da ex-presidente Dilma com base em um artigo da Câmara. E Maia, que preside a Casa, recusou-se a aceitar o pedido”. Duas questões de ordem foram apresentadas.
Conforme já havia sido combinado, Marun pediu a votação um projeto de resolução, que, passível de emendas, permitiria a sugestão de uma pena mais branda a Cunha, como a suspensão do mandato. Maia recusou a questão e Marun entrou com recurso pedindo efeito suspensivo, que poderia retardar ainda mais o processo, mas não teve o apoio de nem um terço do plenário para colocar a proposta em análise
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