Em um dia mais difícil para o Palácio do Planalto do que o enfrentado na primeira denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o presidente Michel Temer se livrou mais uma vez de um processo de investigação. Com o apoio de menos da metade dos deputados — 251 votos favoráveis ao arquivamento, 233 contrários, 25 ausências e 2 abstenções —, o peemedebista se mantém no governo.
A rebeldia de parte dos aliados dificultou a vida do presidente, que chegou a se sentir mal ontem com uma obstrução urinária e passou a maior parte do dia internado no hospital (leia mais na página 4). Diferentemente da última denúncia, quando o quórum para a votação foi atingido no início da tarde, parte da base se uniu à estratégia da oposição de não marcar presença. A intenção era pressionar o presidente até o último minuto para ter demandas atendidas. Alguns foram flagrados ao telefone em plenário esperando a confirmação de pedidos para registrar presença. “Essa será a sessão mais cara da história”, comentou um governista que ligava aos ausentes dizendo: “Cadê você? Estou com saudades!”
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