Eike Batista, CEO do Grupo EBX, durante cerimônia em comemoração do início da produção de petróleo da OGX, de Batista e gás da empresa, no Complexo Industrial do Superporto do Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro (Ricardo Moraes/Reuters)
Fontes ouvidas pela agência de notícias Reuters afirmam que a empresa se prepara para entrar com pedido de recuperação judicial a partir desta terça-feira. Representantes da OGX não estavam disponíveis para comentar o fato. A coluna Radar, de Lauro Jardim, informa nesta terça-feira que o “dia D” da empresa de Eike não será hoje, mas que não passa desta semana.
Os campos de exploração da OGX se mostraram sobreavaliados. Primeiro, Tubarão Azul, que era o principal deles, deixará de produzir em 2014 e será devolvido ao estado, devido à sua baixa capacidade de exploração. No final de setembro, o campo de Tubarão Martelo também desapontou: sua capacidade, atualmente, é de um terço da estimativa inicial.
Uma das fontes ouvidas pela Reuters disse na segunda-feira que a OGX planeja excluir do pedido de recuperação judicial sua unidade de gás natural OGX Maranhão, que estruturou um acordo com a E-ON, controladora da Eneva, ex-MPX Energia, para os bancos credores poderem vender a ela as ações que detêm da petroleira de Eike. O acordo prevê que, em caso de inadimplência da OGX Holding, a Eneva terá a opção de comprar, por 200 milhões de reais, 66,7% das ações emitidas pela OGX-M.
Se confirmado, o processo de recuperação judicial da OGX será o maior da história de uma empresa latino-americana, segundo dados da Thomson Reuters. O pedido não seria só um indicativo do tamanho da queda de Eike, mas também forneceria um duro teste à lei de recuperação judicial do Brasil, aprovada há oito anos, sobre se ela oferece a proteção adequada aos credores. As ações da OGX terminaram a segunda-feira estáveis na Bovespa, cotadas a 0,29 real
Nenhum comentário:
Postar um comentário