A psicóloga Eliete Medeiros, que busca parceiras para executivos
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 11 milhões de brasileiros trabalham com prestação de serviços. Para o economista Fernando de Hollanda Barbosa, da Fundação Getulio Vargas (FGV), a tendência é que o setor caminhe, nas próximas décadas, para a absorção de quase a totalidade da força de trabalho do país, sobretudo num contexto econômico em que a indústria avança pouco e o setor agrícola emprega menos, devido à revolução tecnológica que ocorre no agronegócio. “É o movimento natural da economia brasileira. Com o aumento da renda da população, a demanda por serviços muito específicos cresce. Aconteceu nos Estados Unidos há muito tempo e, em menor nível, na Europa. Agora é a nossa vez", afirma Barbosa.
Trabalhos inusitados como passear com cachorros e organizar armários eram impensáveis duas década atrás. Hoje, se tornaram triviais nas metrópoles. O empreendedor paulista Estevan Garcia não pensava em 'criar' uma profissão diferente quando começou a acompanhar reformas de casas de amigos que não tinham tempo para a tarefa. Em 2010, estava desempregado e acabou ajudando um conhecido 'superocupado' a cuidar da reforma de seu apartamento em São Paulo. "Num primeiro momento, não me dei conta. Mas, depois, vi que outras pessoas poderiam precisar disso", afirma. Garcia passou a prestar serviços para amigos de amigos e sua rede de contatos cresceu, dando origem à FazerSP. Ele cuida de obras de donos 'sem tempo', passando relatórios diários dos gastos — até mesmo via Whatsapp. Hoje, presta serviço inclusive para arquitetos que não podem passar diariamente nas obras dos próprios projetos.
As recentes discussões sobre a nova lei das domésticas evidenciam a rapidez da diversificação do setor. Com a lei mais austera para os patrões, empreendedores rapidamente criaram empresas de terceirização de faxinas para os que não querem correr o risco de criar vínculo empregatício com funcionárias diaristas. Empresas como Mr. Limp e Mary Help surgiram nos últimos quatro anos e já têm 120 e 48 franquias, respectivamente. O site de VEJA conversou com cinco profissionais, além de Garcia, que encontraram formas de diversificar suas carreiras para campos, digamos, mais criativos. Confira suas histórias
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