O copiloto Alexandre José de Oliveira Junior, preso após levar cocaína num
helicóptero da família do senador Zezé Perrella (MG), mantém escola de aviação
em situação irregular em São Paulo.
A JR Helicópteros Escola de Aviação Civil, localizada no Campo de Marte, teve
sua autorização de funcionamento revogada por uma portaria de julho da Anac
(Agência Nacional de Aviação Civil).
A reportagem visitou ontem a escola, e o negócio funcionava normalmente. A
empresa foi constituída pelo copiloto e uma sócia em 2011 com capital de R$ 144
mil.
Segundo depoimento do piloto Rogério Antunes à PF, o helicóptero parou para
abastecer no Campo de Marte após ser carregado com quase meia tonelada de
cocaína na região de Avaré (SP).
Alexandre disse à PF que foi contratado por uma pessoa chamada Harley para
levar a carga de São Paulo a Afonso Cláudio (ES) por R$ 60 mil, mas que não
sabia que se tratava de cocaína.
Questionado sobre o local onde a droga foi carregada e como ela entrou no
aeroporto, ele não respondeu. A JR não respondeu sobre o motivo de a firma atuar
sem autorização nem sobre o abastecimento no Campo de Marte.
Segundo a Anac, a autorização de funcionamento da JR foi revogada porque a
empresa não apresentou o contrato de uso da área do aeroporto. A Anac afirmou
que já havia recebido denúncia sobre funcionamento irregular da JR e que apura o
caso.
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