O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, pediu, nesta terça-feira (9), ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o acesso às informações da delação premiada do ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras Paulo Roberto Costa. Na segunda-feira (8), o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, havia enviado solicitação à Polícia Federal para obter o teor da delação, a pedido da presidente Dilma Rousseff. Os dados estão em segredo de justiça. A Petrobras e os parlamentares da comissão que investiga o escândalo também tentam conhecer as denúncias de Costa.
No ofício, Jorge Hage alega que a CGU já tinha obtido autorização do juiz federal Sérgio Moro — responsável pelas investigações — para o compartilhamento de informações do inquérito da Operação Lava-Jato. Hage reitera, porém, ser necessária nova autorização por se tratar de depoimento prestado por acordo de colaboração.
Para o ministro, o teor do depoimento vai poder auxiliar nas investigações em andamento pela CGU, nas suas diversas frentes de atuação relativas à estatal, que incluem auditorias e trabalhos correcionais relativos à aquisição de ativos tanto no exterior – como Pasadena (Texas) e Okinawa (Japão) – quanto no Brasil, como no caso de usinas de biocombustível.
O trabalho da CGU também abrange os contratos com a SBM Offshore (Holanda); contratos de Segurança, Meio Ambiente e Saúde com a Odebrecht; e, ainda, contratos de afretamento de navios; entre outros.
No entendimento da CGU, as declarações do ex-diretor Paulo Roberto Costa, a julgar pelo período em que atuou como dirigente da Petrobras, podem trazer informações relativas a todas essas hipóteses, e não apenas sobre a Refinaria de Abreu e Lima.
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