O PT não pode, ainda, admitir publicamente. Mas, internamente, os principais líderes — inclusive o próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva — foram avisados de que a batalha para manter o petista como candidato em outubro é inglória. Ainda assim, os planos traçados são de esticar esse réquiem até o prazo máximo, dando tempo para que seja construída uma alternativa. A dificuldade reside aí. Não apenas Lula é maior do que o PT. Os brasileiros e a esquerda, de forma geral, são personalistas e enfrentam dificuldades para substituir ícones políticos por nomes comuns.
A política nacional ainda é extremamente personalista. O risco calculado que o PT precisa dosar é como fazer a substituição sem perder a força. Dois exemplos recentes em partidos do mesmo campo ideológico demonstraram que, sem a cabeça, o corpo definha. O PDT era muito espelhado na força do presidente Leonel Brizola. Ex-governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, defensor da marcha da legalidade para garantir a posse de João Goulart como presidente, Brizola fundou o partido após perder a queda de braço com Ivete Vargas pelo comando do PTB
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