Os novos vereadores vão estar neste mês de
junho, ás voltas com a apreciação, discussão, votação e aprovação da Lei de
Diretrizes Orçamentárias, a famigerada LDO.
A Lei de Diretrizes Orçamentárias cuja obrigatoriedade
foi criada pela Lei de Responsabilidade Fiscal, é a lei municipal que define as
metas e objetivos da administração municipal para o ano seguintes, nela
estabelecendo a política tributária, de
pessoal, das subvenções e os investimentos derivados do Plano Plurianual que
serão realizados no ano vindouro e a orientação para a elaboração próxima Lei
do Orçamento Anual.
A maioria das câmaras municipais não dão o
tratamento devido á discussão e aprovação dessa importante lei, e mais das
vezes os vereadores a aprovam, sem saber o que estão aprovando.
Não sabem eles, que é na LDO que os edis
têm a oportunidade de criar mecanismos para incluir na Lei do Orçamento Anual,
emendas parlamentares que irão permitir que os vereadores possa indicar obras a serem realizadas nos
seus redutos eleitorais.
Além disso, é na LDO que se garante a
transferência dos recursos para o legislativo em forma de duodécimos, definindo
aí o percentual e as receitas nas quais
ele irá incidir , dando tranqüilidade e certeza á câmara de vereadores, de quanto vão
receber em dinheiro no próximo exercício.
É na LDO que se permite ou não a anistia
ou majoração dos impostos municipais, e se os funcionários receberão aumento no ano que vêm e qual será
o índice de reajuste dos seus salários.
Na LDO se estabelece se o executivo vai
poder realizar subvenções e quais serão os seus destinos. Isso quer dizer que
para o executivo dar a cesta básica, o remédio, o caixão de defunto, as
passagens, e as ajudas em dinheiro para as associações municipais e aos
eleitores em geral, tudo depende de estar autorizado na Lei de Diretrizes
Orçamentárias.
Muitos vereadores alegam não terem
conhecimento técnico para analisar tal lei; no entanto nem deputados e
senadores, em geral possuem esse conhecimento, buscando nos profissionais ou
empresas especializadas o apoio técnico para lhes orientar a discutir, votar,
emendar e aprovar ou rejeitar certos itens da famosa LDO.
A falta de orientação técnica tem trazido
sérios prejuízos aos vereadores e a população em geral, principalmente aos
servidores públicos.
Sem uma LDO bem discutida, emendada e
aprovada, os funcionários municipais, dentre eles os professores poderão ficar
sem reajustes por anos a fio; além das câmaras municipais que não saberão quanto irão receber no
exercício próximo, causando-lhes assim dificuldades em pagar as suas despesas e
executar o seu orçamento.
Os impostos municipais também poderão ser
aumentados em índices insuportáveis para os cidadãos contribuintes, ou o
executivo poderá dar anistias de tributos com fins eleitoreiros e as obras e investimentos previstos no PPA,
poderão não ser realizadas , obras importantes cuja necessidade somente o povo
e seus representantes poderão auferir.
Assim é muito importante que os
parlamentares municipais procurem informar-se sobre como se analisa, discute,
emenda e vota a Lei de Diretrizes Orçamentárias, cuja aprovação deverá se dar
até o ultimo dia de sessão ordinária no primeiro semestre, sob pena do
Legislativo não entrar em recesso. Quem tem o conhecimento tem o poder, e votar
bem a LDO do município é uma obrigação importante a ser cumprida pelos senhores
vereadores..
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