Ex-ministro de Lula, Geddel ficou na vontade. Escaldado, declara: “Não há nenhuma dificuldade de que o palanque do PMDB da Bahia, eventualmente, não corresponda ao que vai fazer o PMDB nacional.” Instado a comentar as pretensões presidenciais de Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB), Geddel recobriu-os de elogios. “São dois quadros de uma nova geração política. Dois quadros extremamente bem-sucedidos. Tanto no campo político quanto no campo administrativo. Elogiou também Marina Silva (Rede), “uma grande mulher.”
Economia vai impactar na eleição
Acha que a economia será uma adversária de Dilma em 2014? Geddel desenvolve um raciocínio que define como “muito prático”. Se a economia estiver bem, Dilma será beneficiada. Disso ninguém discorda, afirma Geddel. Portanto, ele conclui, é razoável supor: se a economia for mais ou menos, a candidata irá mais ou menos. Se for mal, a candidata se sairá mal. Ex-líder de FHC na Câmara, Geddel encaixa o guru tucano em sua prosa. Faz isso de uma maneira que costuma irritar o petismo.
“O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso se elegeu duas vezes cavalgando a verdadeira revolução que patrocinou à época com o Plano Real – controlou a inflação, que era um mal terrível que acometia o país.” Súbito, como que influenciado pelo noticiário econômico de quinta-feira (29), o entrevistado esboça um cenário de pesadelo para Dilma.
“Se você tem um PIB menor do que vinha tendo; se você tem preços entrando numa esfera de elevação; se você tem alta dos juros, que reduz a perspectiva de crescimento da economia; se você começa a ter indicadores macroeconômicos ruins; se esses indicadores se refletem daqui a pouco nos bolsos das pessoas; se vocês que nos ouvem começam a sentir que o emprego já não está tão farto, que o crédito já não é tão grande, que você tinha um poder aquisitivo e a sua renda diminui com a inflação… É claro que isso vai ter efeito eleitoral.”
Como se fosse pouco, Geddel referiu-se ao poder longevo do PT federal em linguagem própria da engenharia de aviação. Acha “natural” que “o PT passe a enfrentar agora o problema que sempre ocorre, que é a fadiga do material”, disse o peemedebista.
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