Desde o início das especulações sobre uma eventual candidatura do presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, ao Palácio do Planalto, o sinal mais claro de que a postulação é séria foi dado na última semana, quando o partido colocou à disposição os cargos que ocupa no governo federal. A iniciativa de Campos, no entanto, repercutiu também na configuração dos estados. Tanto que a senadora Lídice da Mata, dirigente do partido na Bahia, voltou a falar da candidatura própria, agora, mesmo sem o apoio do governador Jaques Wagner.
“Muita gente fala que Lídice não pode ser a candidata do governo, inclusive, o próprio governador, porque nosso projeto nacional é prioritário, então nós não podemos apoiar Lídice porque ela será candidata de Eduardo. Havendo uma negativa de uma candidatura na base do governo, ainda assim eu posso ser candidata”, pontuou a senadora em entrevista à rádio Metrópole. Segundo Lídice, ela reúne condições para ser candidata, independente da postura do PT ou do governador. “Eu luto para ser a candidata do governo, para ser a candidata do governador, porque eu participo desse projeto, sou senadora pela Bahia dentro desse espectro de forças e creio que tenho contribuído decisivamente para o fortalecimento desse projeto”, defendeu.
A senadora, todavia, reconhece que há dificuldades em tornar esse modelo de aliança viável no cenário político baiano do próximo ano. “Esse argumento é um argumento de peso, porém não é um argumento que crie uma impossibilidade total de uma composição desse tipo. Sei que o PT e o governador pensam diferente, mas, no entanto, acho que as condições para uma resposta definitiva não estão dadas. É uma precipitação essa posição”, sugeriu a presidente do PSB baiano.
Entrega de cargos é cogitada
Cumprindo uma agenda de entrevistas, a senadora Lídice da Mata (PSB-BA) sinalizou não eliminar a hipótese de colocar os cargos do PSB no plano estadual à disposição do governador Jaques Wagner, apesar de não apontar prazos. “É claro que, num limite, no momento em que essas coisas se coloquem como necessárias, nós vamos discutir e vamos tomar a decisão mais coerente com o momento. Não é o caso de agora”, apontou a senadora.
Apesar da agenda política intensa, a senadora indicou possuir um norte específico no exato momento. “Nesse momento estou me concentrando na formação da chapa de deputados federais e deputados estaduais. Eu preciso ter uma chapa com capacidade de disputa, porque claramente eu procurarei alianças”, apontou Lídice.
Nenhum comentário:
Postar um comentário