O áudio integra a investigação sobre as fraudes cometidas pelos fiscais.
Editoria de arte/Folhapress |
Luis Alexandre Cardoso Magalhães, único dos fiscais a deixar a prisão após decidir colaborar com as investigações, inicia a conversa dizendo: "Ideal mesmo é estar os três juntos".
Um interlocutor não identificado pelos investigadores continua: "A esperança é o Kassab ganhar a eleição no ano que vem".
Magalhães endossa: "Pois é. Aí está todo mundo bem".
Seu interlocutor prossegue: "É a única chance de a gente continuar junto no ano que vem".
O fiscal responde: "Mas acho que ele não ganha não. [A eleição] Para governador é muito difícil".
Magalhães menciona três pessoas porque o grupo original, formado por quatro, teve um racha, segundo a Folha apurou. Além de Luis, integram o grupo Ronilson Bezerra Rodrigues, Eduardo Harle Barcellos, Carlos Augusto di Lallo Leite do Amaral.
Os três últimos se indispuseram com Ronilson, apontado pelo Ministério Público e pela controladoria da prefeitura como o líder da organização. As razões da cisão não são estão claras.
Noutra gravação, Ronilson comemora ter sido bem tratado na festa de aniversário de 53 anos de Kassab, em 12 de agosto, na sede do PSD. Ele fala com Paula Nagamati, sua amiga na prefeitura.
"Você foi aí na festa do Kassab, o pessoal te abraçou", diz ela. Rodrigues responde: "Fui tratado como subsecretário, é outro papo, é outra coisa. Não fui tratado mais como auditor, como porra nenhuma."
Kassab afirma em nota que sua festa reuniu 500 pessoas e que não mantém relação pessoal com os servidores. O ex-prefeito não comentou a conversa em que o fiscal fala em voltar sob seu governo
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