Apesar de um cenário de juros mais altos, crédito mais caro e restrito e consumo enfraquecido, a indústria esboçou uma reação e voltou a crescer após dois meses de atividade fraca.
A produção do setor avançou 0,7% em setembro, abaixo das expectativas de mercado (1,2%). Em agosto, a indústria havia ficado estável, após uma forte queda de 2,4% em julho.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (1) pelo IBGE.
O setor vive um ano de comportamento errático, com altos e baixos da produção muito intensos, dizem analistas.
Dois são os motivos: a grande oscilação do número de dias úteis entre os meses e principalmente as idas e vindas das medidas de estímulo do governo, com a redução do IPI (cujo desconto da alíquota foi prorrogado no início do ano, antes de reduzido ou eliminado) e de desoneração da folha de pagamento.
Muitos setores anteciparam a produção e fizeram estoques na expectativa do fim do incentivo principalmente no segundo trimestre, reduzindo o ritmo de produção a partir de junho.
O aumento dos juros e a perspectiva de um fraco crescimento da economia também contribuíram para abalar a confiança de empresários, que pisaram no freio e replanejaram a velocidade de suas linhas de produção diante da expectativa de um consumo mais fraco.
Abaixo das expectativas do mercado, a indústria encerrou o terceiro trimestre com alta de 0,8% na comparação com o mesmo período de 2012, após mostrar uma alta expressiva de 4,4% no segundo trimestre.
Na comparação com os nove primeiros meses de 2012, o setor registra ainda uma pequena melhora e acumula alta de 1,6% em relação ao período de janeiro a setembro de 2012.
Em setembro, a indústria registrou crescimento de 2% em relação ao mesmo mês do ano passado, mantendo a alterando a trajetória desse indicador em agosto (-1,2%). No índice acumulado em 12 meses encerrados em setembro, a produção mostrou ligeiro avanço de 1,1%
Nenhum comentário:
Postar um comentário