contas do prejuízo eleitoral, antes mesmo do início da corrida às urnas. Nos últimos meses, pelo menos cinco viram seus nomes estampados nas manchetes em situações suspeitas com doleiros e empresários investigados em esquemas de lavagem de dinheiro. O envolvimento com essas figuras, além de colocar em risco o atual mandato, ameaça criar ainda mais embaraço devido ao ano ser de disputa eleitoral.
A Operação Lava-Jato, por exemplo, colocou uma interrogação no futuro político dos deputados Luiz Argôlo (SDD-BA) e Cândido Vaccarezza (PT-SP), e do senador Fernando Collor (PTB-AL). Situação pior, no entanto, é a do deputado federal André Vargas. O parlamentar, ex-PT e hoje sem partido, deu adeus à tentativa de reeleição, depois de ser flagrado em grampos com o doleiro Alberto Youssef. Já na Operação Ararath, o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), deve sentir o peso dos relatórios na hora de fazer o sucessor.
No caso de Vargas, as denúncias de que teria ajudado Youssef, preso na Lava-Jato, a conseguir fechar contrato milionário com o Ministério da Saúde complicaram a vida do deputado. Pior, o parlamentar ainda foi flagrado de carona em um jatinho do doleiro. Ao se enrolar nas explicações, renunciou ao cargo de vice-presidente da Câmara dos Deputados e saiu do PT. Sem partido, enterrou todas as chances que teria de concorrer a um novo mandato na disputa deste ano. A denúncia ainda prejudicou a campanha do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha. O pré-candidato ao governo de São Paulo participou das negociações do contrato em questão e teve de se explicar, dando munição aos adversários antes mesmo da largada eleitoral.
Para não ser bombardeado, como o ex-petista foi, Argôlo, agora, estuda se disputará um novo mandato. Ele é acusado de manter relações pessoais com o doleiro e suspeito de o ter ajudado a tramar contra a participação de empresas em licitações. Para o presidente do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva (SDD-SP), uma candidatura como essa pode ser facilmente minada. “É difícil fazer campanha com denúncias de corrupção. Mesmo que não tenha prova, as pessoas vão mencionar o caso, e o impacto é muito grande”, avaliou
Nenhum comentário:
Postar um comentário