Depois de ser autorizado a cumprir pena em regime aberto na última terça-feira (4/11), o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT) deixou de trabalhar em escritório de advocacia em Brasília para tentar reestruturar a sua empresa de consultoria. De acordo com a lei, Dirceu tem 90 dias para informar a Justiça sobre o novo trabalho.
O empregador do ex-ministro, José Gerardo Grossi, disse nesta quinta-feira (06/10) que Dirceu não está trabalhando desde terça-feira, quando recebeu a liberação da Justiça para cumprir o restante da pena em casa. "Como ele progrediu para o aberto, cessa o nosso contrato anterior de trabalho", alega Grossi. O advogado confirma que Dirceu tem vontade de voltar à ativa com a própria empresa de consultoria. "Parece que é um plano que ele vai levar adiante."
Considerado o mentor do esquema de compra de apoio político no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dirceu estava preso desde 15 de novembro de 2013. Onze meses e 20 dias depois de ter sido preso, o ex-ministo passou a cumprir o restante da pena de 7 anos e 11 meses, estipulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em casa.
Dirceu foi beneficiado com a chamada progressão de regime, quando o preso cumpre um sexto de sua pena. A previsão era que o ex-ministro deixasse o semiaberto em março do ano que vem. Ao estudar e trabalhar no período em que ficou preso, ele pôde abater 142 dias da pena, antecipando sua progressão para a detenção aberta. A legislação prevê que ele cumprisse a pena em casa do albergado. Como esse tipo de estabelecimento não existe em Brasília, os presos são autorizados a cumprir o restante da sanção em cas
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