O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu cancelar a viagem que faria nesta quinta-feira (1º/10) para a Itália. Segundo Cunha, ele decidiu ficar em Brasília para poder comparecer ao casamento do senador Romero Jucá (PMDB-RR). Veio a público hoje a informação de que Cunha foi denunciado por um banco suíço por lavagem de dinheiro. Ontem, o Ministério Público da Suíça enviou ao Brasil autos da investigação contra Cunha por suspeita de lavagem e corrupção passiva.
O presidente da Câmara negou que tenha adiado sua viagem à Itália por conta das denúncias de que teria contas ilegais na Suíça. "Não tem a ver com nada. Eu estou aqui", disse. Segundo Cunha, ele decidiu na quarta-feira (30/9) que não iria mais viajar por causa do casamento do senador Romero Jucá (PMDB-RR). "Sou muito amigo do Jucá", disse. Cunha afirmou ainda que a viagem não valeria a pena. "Achei que era muito corrida para um evento que não tem o tamanho que justificasse uma corrida tão grande", disse.
No roteiro inicialmente previsto, Cunha e uma comitiva iriam para Milão e Roma. Na capital italiana, o deputado participaria do Primeiro Fórum Parlamentar Itália - América Latina e Caribe. A agenda de Milão não foi informada. Seria a terceira viagem internacional desde que Cunha assumiu a presidência da Câmara. Há pouco mais de um mês, Cunha foi a Nova York participar da quarta edição da Conferência Mundial de Presidentes de Parlamentos, na sede da ONU.
As viagens de Cunha tornaram-se alvo de críticas por causa de um tour diplomático realizado no primeiro semestre pela Rússia e Oriente Médio. A viagem de sete dias do presidente da Câmara e outros 13 deputados por Israel, pelo território palestino e pela Rússia, em junho deste ano, custou cerca de R$ 395 mil aos cofres públicos. As despesas foram com passagens aéreas, taxas de embarque e diárias para hospedagem e alimentação.
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