Fotos: Marcelo Camargo / Agência Brasil
Passaram-se mais de dois anos desde a primeira citação ao senador Aécio Neves, presidente do PSDB, nas delações da Lava Jato como beneficiário dos desvios da estatal Furnas Centrais Elétricas. O primeiro a apontar a participação do tucano, ainda em 2014, foi o doleiro Alberto Youssef, um dos principais operadores do esquema de corrupção da Petrobras.
De lá para cá, o senador voltou a ser mencionado nos depoimentos do corrier de propinas Carlos Alexandre de Souza Rocha, do lobista Fernando Moura, do senador cassado Delcídio do Amaral, além de ser lembrado pelo ex-presidente da Transpetro, Sergio Machado, durante uma conversa com o senador Romero Jucá. "Quem não conhece o esquema do Aécio?”
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, aparentemente não conhecia, e levou 28 meses desde o primeiro relato de Youssef para tomar a iniciativa de convocar Aécio para um depoimento. O pedido, protocolado no Supremo Tribunal Federal em 23 de fevereiro, será analisado por Gilmar Mendes, responsável pelo inquérito contra o senador na Corte. Na petição, Janot também pede a oitiva de Delcídio do Amaral, do ex-ministro José Dirceu e do ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira, apontados como copartícipes da trama.
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